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Frigoríficos do RS podem ter sigilo bancário quebrado

Depois de mais de nove horas de sessão, ontem (18), a CPI das Carnes reforçou o pedido da relação dos financiamentos públicos destinados a frigoríficos instalados no RS. As empresas que não responderem terão os sigilos bancários quebrados. Segundo o presidente da CPI, deputado Jerônimo Goergen (PP), os dados são fundamentais para que se possa investigar denúncias de má utilização dos recursos.

A comissão convocará o Grupo Macri, do Frigorífico Chapecó, de Santa Rosa, para depor na próxima segunda-feira, dia 25. Segundo o presidente da Comissão Jerônimo Goergen (PP), os deputados querem apurar a denúncia de dumping por parte do grupo, que recebeu recursos do BNDES, e causou prejuízos a toda a cadeia produtiva do Estado. O investimento do BNDES representa cerca de 30% do capital do frigorífico.

Os parlamentares ouviram nove depoimentos de representantes de indústrias de carne bovina e suína. Mais uma vez, as empresas afirmaram que as grandes redes de supermercados represam mais da metade dos lucros de toda a cadeia. Denunciaram ainda a pressão que sofrem na hora de negociar o preço da carne com o varejo.

Para Goergen, trata-se de abuso de poder econômico. Outro problema apontado foi a política tributária do RS, que impediria a concorrência com outros estados. “Grande parte das churrascarias da Região Metropolitana é abastecida com carne do Centro-Oeste”.

Para o vice-presidente da CPI, deputado Elvino Bohn Gass (PT), os depoimentos das indústrias de suínos comprovaram os motivos que provocaram a instalação da comissão: falta de controle pelos produtores e ausência de negociação na formação dos preços e imposição da cobrança de valores extra-preços repassados aos produtores para sustentar as promoções no comércio.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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