RS: Canchim participa com 155 animais na Expointer
18 de agosto de 2003
China tem interesse na carne bovina brasileira
20 de agosto de 2003

Pecuária de corte registra recuperação de 4,09% em julho

Julho foi um mês que trouxe recuperação de renda para o criador de gado de corte brasileiro. Em tendência sazonal gerada pela entressafra, houve aumento de 4,09% no preço do boi no mês passado. Além disso, a boa notícia para a pecuária de corte foi a leve redução dos custos de produção, em 0,19%. A combinação dos dois fatores garantiu ao produtor uma melhor remuneração.

O resultado de julho, entretanto, é pontual, pois no acumulado entre janeiro e julho há indicação de perda de renda, com queda de 2,86% nos preços pagos pelo boi e aumento de 7% dos custos operacionais efetivos. Esses dados fazem parte de pesquisa realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP).

O estudo da CNA e Cepea/USP considerou os sistemas de produção de seis Estados (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e São Paulo), que concentram 52,49% do rebanho nacional. Em todas as regiões pesquisadas houve aumento do preço pago pelo boi, desde a tímida elevação de 0,52%, registrada em Rondônia, até a alta de 7,31%, no Pará.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, entretanto, somente no Pará há registro de aumento do valor pego pelo gado, de 2,97%. Nos cinco demais Estados pesquisados o resultado acumulado indica queda do preço pago ao produtor.

A queda média dos custos de produção foi gerada, principalmente, pelo recuo dos preços do sal mineral. Em Rondônia, o insumo representa parcela de 32,6% dos custos efetivos de produção e em Mato Grosso do Sul 20%. Em julho, os preços da suplementação mineral caíram 2,06%, embora ainda registrem alta de 9,55% no acumulado de janeiro a julho.

Entretanto, a queda dos preços da suplementação mineral no mês passado não foi registrada em todas as regiões pesquisadas. Houve aumento do preço do produto em Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, com alta de até 5% na comparação com os valores praticados em junho. O calcário apresentou aumento de 2,35% em julho, com alta acumulada de 17,83% no ano.

Para o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, apesar de julho ter apresentado bons sinais para o setor, ainda não é possível projetar um cenário positivo para todo o ano. A recuperação de preços do mês passado não compensou as perdas dos meses anteriores e, quanto ao futuro, há quadro de menor vigor da economia, com potencial impacto de redução de consumo.

Fonte: Departamento de Comunicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil/CNA, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.