O comitê de cientistas da ONU que avalia a mudança climática, o IPCC, concordou nesta quinta-feira (14/10) em mudar suas práticas como reação aos erros apontados no relatório publicado em 2007. Seu presidente, o indiano Rajendra Pachauri, descartou as sugestões para que renunciasse. Numa reunião realizada ao longo desta semana da Coreia do Sul, o comitê de 130 países concordou em reforçar a checagem dos fatos que entram em seus relatórios, elaborados para ajudar na condução das políticas climáticas e energéticas do mundo, e em estabelecer uma "força-tarefa" para definir reformas ainda mais amplas.
O comitê de cientistas da ONU que avalia a mudança climática, o IPCC, concordou nesta quinta-feira (14/10) em mudar suas práticas como reação aos erros apontados no relatório publicado em 2007. Seu presidente, o indiano Rajendra Pachauri, descartou as sugestões para que renunciasse.
Numa reunião realizada ao longo desta semana da Coreia do Sul, o comitê de 130 países concordou em reforçar a checagem dos fatos que entram em seus relatórios, elaborados para ajudar na condução das políticas climáticas e energéticas do mundo, e em estabelecer uma “força-tarefa” para definir reformas ainda mais amplas.
“Mudança e aperfeiçoamento são vitais para o IPCC”, disse Pachauri. O painel dividiu o Prêmio Nobel da Paz de 2007 com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore.
O IPCC se viu sob ataque depois que erros em seu relatório de 2007 levaram à previsão de que o aquecimento global poderia extinguir as geleiras do Himalaia até 2035 – séculos antes do previsto no pior cenário.
O Conselho Inter-Academias (IAC), que reúne especialistas de academias nacionais de ciências, pediu, em 30 de agosto, “reformas fundamentais” na forma como o IPCC é gerenciado, e disse que os líderes do comitê deveriam ter um mandato único de seis anos, sem reeleição. Pachauri, que foi reeleito em 2008, disse que o limite valerá, se adotado, apenas para futuros presidentes. “Tenho toda a intenção de continuar até completar a missão que aceitei”, disse ele.
Pachauri acrescentou que a alegação central do relatório de 2007 – de que há pelo menos 90% de certeza de que as atividades humanas, principalmente o uso de combustíveis fósseis, são a principal causa do aquecimento global recente – não foi tocada pelos erros.
Ele também rejeitou a ideia de o IPCC emitir relatórios a intervalos menores. O próximo, após o de 2007, deve sair em 2014. “O conhecimento avança rapidamente, mas não tão rápido a ponto de permitir a produção de relatórios com maior frequência”, disse ele.
O IPCC adotou novas normas para aperfeiçoar a checagem dos dados, bem como regras para a correção de erros e para administrar material que não tenha seguido o protocolo científico de revisão pelos pares.
A força-tarefa analisará questões como o gerenciamento do secretariado do IPCC, baseado em Genebra e que tem orçamento de US$ 5 milhões anuais. Entre as recomendações do IAC estão a indicação de um secretário executivo e de mais funcionários para cuidar da comunicação.
Pachauri disse que o próximo relatório lançará um olhar mais atento para questões como a geoengenharia, que engloba propostas de manipulação deliberada do ambiente para reduzir o aquecimento global, como o uso de espelhos no espaço para refletir a luz do Sol.
Especialistas buscam novas formas de desacelerar o aquecimento global, depois que a cúpula de Copenhague do ano passado fracassou em obter um acordo internacional com força de lei para cortar as emissões de gases do efeito estufa.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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De uma coisa estou certo: é possível combater o aquecimento global desde que discutamos o financiamento das ações necessárias. Com recursos disponíveis surgirão as melhores alternativas.