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29 de outubro de 2010
Mercados Futuros – 01/11/10
3 de novembro de 2010

Como impedir que frigorífico que não paga ágio pelo boi europa exporte sua carne

No Estado do Mato Grosso do Sul, os produtores revoltados com o não pagamento de ágio pelo boi europa por parte de alguns frigoríficos se uniram e pressionaram o IAGRO para não carimbar as GTAs e assim garantirem que a carne de animais de sua propriedade não sejam exportadas.

No Estado do Mato Grosso do Sul, os produtores revoltados com o não pagamento de ágio pelo boi europa por parte de alguns frigoríficos se uniram e pressionaram o IAGRO para não carimbar as GTAs e assim garantirem que a carne de animais de sua propriedade não sejam exportadas.

As informações são da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    É justo que o produtor, que investiu e se empenhou para rastrear seu rebanho e se enquadrar nas normas do SISBOV, seja recompensado caso a carne de seus animais seja exportada pelos frigoríficos.

    O que não é razoável é que o frigorífico se beneficie com a exportação da carne e não repasse ao menos parcela do ganho auferido ao produtor.

    Mas algumas poucas vezes o produtor nada recebe pelo investimento e esforço feitos sob alegação dos frigoríficos de que naquele momento não estão exportando.

    Mas nestes casos não há como os produtores saberem se a alegação dos frigoríficos é verdadeira, o que pode causar um conflito desnecessário entre ambos.

    A solução adotada no MS é extremamente simples, não gera qualquer não – conformidade com o SISBOV, elimina este tipo de conflito e, ao meu ver, deveria ser replicada pelos demais estados habilitados pela UE.

    Att,

  2. Fernando Luiz Pracidelli disse:

    MUITO BOM!!

    EXCELENTE! modelo a ser implantado pra todos..

  3. José Pio Westin Lemos disse:

    Atitudes como essa, merecem todo o apoio, pois é por aí que a classe (pecuarista)começa a se integrar na cadeia, junto com frigorífico e varejista.
    Até então o pecuarista faz parte, mas não influencia em nada, apesar de ser o elo mais importânte.

  4. Edson Borges de Freitas disse:

    Excelente trabalho realizado por MS, que esse trabalho seja feito em todo o pais.

  5. ricardo lima carvalho disse:

    Ë DE GRANDE VALIA, ESTA MATERIA, ESCLARECENDO AOS PECUARISTAS COMO PROCEDER JUNTO AO ORGAO DE DEFESA, QUANDO O FRIGORIFICO NAO QUISER PARAR PELO AGIO DO BOI LISTA TRACER.

  6. Carlos Roberto de Oliveira Jr disse:

    Boa tarde amigos.
    Será que os produtores não deveriam saber que os preços da carne na Europa está bem abaixo do que está pagando o nosso mercado interno ? Como é que os frigorificos podem pagar um ágio no boi Europa, sendo que conseguem vender a carne no nosso mercado por um preço melhor e sem ter que se utilizar do boi Europa ?
    Depois de recorde atrás de recorde de alta de preços, será que ainda se reclama dos preços do boi ? Só se forem aqueles que reclamam de quanto está caro.
    Como já disseram antes, a saida é a importação de carne. A carne da Europa está bem mais barata que a nossa, e o cambio atual ajuda.

    Uma das principais causas do preço da nossa carne é o preço do boi aqui, um dos mais altos de todo o mundo.

  7. George Danielides disse:

    Parabéns aos Produtores e ao Iagro.
    Que esta iniciativa se estenda a todos os Estados como forma de proteger um segmento da cadeia produtiva, as fazendas habilitadas a exportar a U.E., que tem muito trabalho e dedicação para produzir um produto diferenciado. Aqui no MT torcemos para que a Acrimat e a Famato façam o mesmo gerenciamento no Instituto de Defesa Agropecuária – INDEA.

  8. Osmar Pereira da Fe disse:

    TEM SIM COMO SABER POR PARTE DOS PRODUTORES,SE OS ANIMAIS ESTÃO INDO PARA O MERCADO EXTERNO OU INTERNO,POIS OS MESMOS PASSAM POR UMA RASTREABILIDADE.ENTENDEMOS QUE SE SÃO CONTROLADOS,LOGO SE DEDUZ QUE DENTRO DE CAMINHÕES OU CONTAINERES DEVE SEGUIR ALEM DOS DOCUMENTOS FISCAIS E CERTIFICADOS,TAMBEM,A LISTAGEM DOS LOTES.PARA SE EVITAR ISTO,ANTES DE SEREM COMPRADOS,DEVERÃO SER ACORDADOS ENTRE AS PARTES,QUE TIPO DE ANIMAIS ESTÃO SENDO COMPRADOS,SE RASTREADOS OU NÃO.AÍ SIM.POIS CADA UM TEM SEU PREÇO.ASSIM PENSO.

  9. Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

    Srs,

    Se o preço da carne no mercado interno está mais alto que na Europa, por hora não há motivo dos frigoríficos irem contra essa exigência dos produtores.

    Abs, Miguel

  10. Renato Galindo disse:

    Senhores,
    Um velho ditado diz que: “O pasto do vizinho sempre parece mais verde”. Na polemica acima é exatamente isso que está acontecendo, pois antes de se preocupar qual o destino final da carne vendida pelos frigoríficos, quais as margens de lucro, e que tipo de rentabilidade existe porteira a fora, deveriam primeiro levar em consideração que temos o boi mais caro do mundo e com a velocidade de informações disponíveis atualmente, fica claro que qualquer produtor bem informado sabe que os preços na Europa, Estados Unidos, Austrália, Argentina, Uruguai, Paraguai estão abaixo dos praticados no Brasil, e nessa escassez mundial de proteína bovina, “nuestros hermanos” tem mais rapidez e agilidade na retenção de matrizes e taxa de desfrute, recuperando com certa velocidade nichos de mercados hoje ocupados pela carne brasileira. Hoje vejo um enorme contra senso nessa atitude de alguns produtores querendo ágio numa carne brasileira que hoje está mais cara que bacalhau norueguês (em alguns casos) . A pergunta é; Onde estamos e onde queremos chegar? Até quando vamos conviver com um nível de negócio como esse, onde a desconfiança começa na forma de pesar o animal (peso vivo ou balança do frigorífico), passa pela forma de pagamento (produtores iniciam as vendas a vista, mas logo caem na “tentação” de vender à prazo, por alguns reais a mais por @), e terminam querendo saber onde os frigoríficos comercializam a carne, quais margens praticam e porquê não remuneram o produtor quando a operação é rentável. Desafio aos colegas a me relatarem qual indústria que compra matéria prima e transforma num produto final passa por situação parecida. Senhores, porque que ao invés da preocupação com o destino da carne, olhem para o seu negócio como uma grande oportunidade nesse momento atual onde preços da arroba ultrapassando U$65,00 tornam o produtor eficiente bastante competitivo, pois a moeda de troca (boi) nunca esteve tão valorizada. Porque ao invés de pressionarem as indústrias (pequenas ou grandes) por preços ainda mais caros não verifiquem quantos quilos de carne se produz por hectare/ano e comparem com produtores eficientes de outros países ou mesmo aqui no Brasil já temos índices bastante satisfatórios? Será que as experiências com várias empresas de grande, médio e pequeno porte fechando as portas nos últimos anos causando enormes prejuízos (aos produtores) foram somente por má administração? Acredito que uma reflexão mais profunda seria prudente antes de tomar atitudes que não levam a lugar nenhum, onde não existem ganhadores.
    Não estou querendo com isso defender as industrias e/ou criticar produtores, mas somente constatando que esse “modelo de negócio” baseado em desconfiança em primeiro lugar não leva a lugar nenhum, pois enquanto criamos dificuldade internamente nesse eterno cabo de guerra entre pecuaristas e frigoríficos, os nossos concorrentes mundo afora só esperam um deslize nosso para a oportunidade cair de bandeja no colo deles.
    O “pasto melhor e mais verde tem que ser o nosso”
    Sds

  11. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Produtores e frigoríficos não determinam o preço da arroba. Quem faz isto é o mercado (demanda & oferta).

    Mas enquanto rastrear o rebanho continuar um ato voluntário do produtor que implica em custos de produção adicionais será necessário um diferencial compensador para motiva-lo. Ou seja um diferecial em relação ao preço recebido por quem não incorreu nestes custos.

    Os produtores e frigoríficos também não determinam este diferencial de preços entre animais não-rastreados e animais rastreados. Quam faz isto é novamente o mercado (demanda & oferta).

    E mercado já faz este ajuste considerando o preço da arroba e os preços dos cortes exportados.

    Imagine porém uma determinda praça, onde exista uma única planta frigorífica habilitada a exportar para a UE. Esta planta frigorífica poderá não pagar qualquer diferencial aos produtores que rastrearam seus animais, pois não terá que competir com outros frigoríficos da região pelos animais rastreados. E poderá alegar, apesar de não necessariamente verdadeiro, que não paga diferencial porque no momento não esta exportando.

    Lógico que a médio e longo prazos a manutenção desta política pelo hipotético frigorífico levará ao abandono da rastreabilidade pelos produtores da região. Mas enquanto isto não ocorrer este frigorífico, caso de fato esteja exportando carne para a UE, estará, ao meu ver, se “beneficiando” indevidamente dos investimentos feito pelos produtores da região em rastreabilidade.

    O que se implantou no MS simplesmente dá maior transparência no processo ao permitir que produtores ajustem mais rápido a oferta a demanda de animais rastreados.

    Não elimina absolutamente o risco de uma eventual oferta real de animais rastreados acima da demanda em uma região. Este é um risco inevitável e típico do capitalismo. Mas elevando a velocidade do ajuste de oferta e demanda a medida implantada certamente reduz o risco de prejuízos dos produtores.

    E se o hipotético frigorífico de fato não esta exportando carne naquele momento a medida é absolutamente neutra. Mas se por acaso ele estiver exportando carne para a UE, mesmo que sem uma outra planta habilitada na região, será obrigado a pagar um diferencial suficiente ao menos para que os produtores não cortem no curto prazo a oferta de animais rastreados.

    Outro aspecto completamente diferente é a situação dos traders independentes no comércio internacional de carnes com a consolidação de grandes grupos internacionais, como JBS, Marfrig e BRFoods. Realmente estes operadores devem estar enfrentando dificuldades cada vez maiores, pois seu espaço se reduz a cada dia.

  12. JOSE FRANCISCO SOARES ROCHA disse:

    AMIGOS,CUIDADO COM O ANDOR QUE O SANTO É DE BARRO!HOJE TA MAIS PARA IMPORTAR CARNE DO QUE EXPORTAR COM O PREÇO DO DOLAR ATUAL.QUEM É ANTIGO SABE QUE JA ENFRENTAMOS SITUAÇÃO PARECIDA.NOS MERCADOS A CHIADEIRA JA COMEÇOU.A DEMANDA NÃO SERÁ ETERNA.COM O PREÇO DO BEZERRO E BOI MAGRO,A RETENÇÃO DE MATRIZES JÁ COMEÇOU.NECESSITAMOS SIM,VENDER A VISTA! E APROVEITAR O MOMENTO,PARA CONSOLIDAR NOVAS PRÁTICAS.

  13. Aline Rohr disse:

    Bom dia,

    Faço parte da comissão que esta lutando pelos interesses dos produtores que tem suas propriedades habilitadas para UE. Realmente para o produtor foi uma grande conquista conseguirmos que a observação para exportação seja opcional, mas nosso trabalho não termina por aqui, estamos nos reunindo toda semana para formarmos um bloco de vendas para conseguirmos um preço melhor. Nosso único problema está sendo em unir os produtores mas devagar acreditamos que vamos conseguir. Qualquer informação que precisarem entre em contato que ajudaremos com o maior prazer.

    Abraços
    Aline Rohr

  14. Rafael Roman Henares disse:

    Senhores

    Um excelente trabalho dos produtores de MS, buscando recompesar seus esforços realizados, que sirva de exemplo para os demais estados exportadores de carne.

    Att. Rafael R. Henares

  15. JOÃO ABADIO PEREIRA disse:

    Srs: Tem que ser agregado valor ao gado certificado, esta medida tem que ser estendida a todo terrtório nacional, inclusive por medidas adotadas pela MAPA

  16. Rodrigo Pessoa disse:

    acho que deveria ser determinado no gado eras um ágio mínimo de 5% para premiar o produtor de despesas, grande trabalho e suportar essas vistorias do ministério que ao invés de serem parceiros procuram uma maneira de penalizar o produtor.

  17. Péricles Pessoa Salazar disse:

    Sei que opinar sobre este assunto é como se fosse mexer em vespeiro. Nada contra as opiniões dos produtores, afinal cada um tem o direito de se manifestar da forma como bem entender. Respeito todas as manifestações aqui favoráveis, mas peço desculpas a todos por discordar completamente desta medida adotada pelo IAGRO. Não faz o menor sentido este órgão se envolver em temas que não lhe dizem respeito, visando defender o produtor de uma suposta perda na sua relação comercial com o frigorífico.
    A propriedade rural cadastrada no SISBOV e hablitada na Lista Traces vende para o mercado interno e o externo. Alguém que vende alguma coisa a outrem deixa de ter a posse e propriedade legal do objeto comercializado, neste caso o boi. Como querer que a carne procedente de um animal que não mais lhe pertence tenha o destino desejado por aquele que o vendeu ? Não faz o menor sentido o vendedor dizer ao comprador o que ele deve fazer com o objeto comercializado.
    Claro que o argumento do ágio do preço do “boi europa” está embutido nesta intromissão do IAGRO. Mas, por que o ágio ? O produtor é livre para decidir se habilita ou não para a Europa; sabe que o mercado é regido por mecanismos de riscos em cujo seio se debatem as forças da oferta e a procura, sendo estes preços arbitrados e definidos livremente por esta regra universal, sem que ninguém, absolutamente ninguém, seja do lado do produtor, seja do lado da indústria, consegue manipulá-los de acordo com a sua conveniência.
    Por definição, ágio é o sobrepreço pago quando no mecanismo de mercado a demanda por bois supera em muito a sua oferta, elevando o preço de forma artificial para aqueles que pagam um valor superior ao que o mercado opera no momento.
    E o que está acontecendo agora no mercado ? Preços do boi em alta, remunerando de forma bastante adequada e justa o produtor rural. E isto é bom para todos os agentes do mercado, pois o produtor fica satisfeito, faz retenção de matizes e a oferta de bois terminados no longo prazo aumenta.
    E sobre os preços da carne na Europa ? Não faz nenhum sentido levar esta variável em conta ? Ou se deve apenas levar em consideração os interesses dos produtores habilitados ? E o câmbio, deve ficar de fora desta equação ?
    Se hoje não há incentivo para se pagar ágio e por estar o preço linearmente lucrativo para todos os produtores, por que razão forçar a barra e induzir para uma distorção perversa e contrária aos interesses coletivos da cadeia produtiva ?
    Como Presidente da ABRAFRIGO tenho sempre defendido preços justos e adequados para todos, embora saiba que nem sempre é possível otimizar os nossos interesses, pois que flutuam independentemente de nossas vontades individuais e coletivas.
    Temos, porém, um adversário comum quase pouco comentado e falado : as grandes redes de supermercados representam 70% da comercialização de carnes no varejo brasileiro, com margens de lucro que oscilam entre 60% e 120% dependendo do corte e da conjuntura.

  18. Humberto de Freitas Tavares disse:

    ABIEC para União Europeia:

    — Tchau, otários. Se quiserem nossa carne vão ter de implorar. Câmbio final.

    http://bit.ly/9OgSdg

  19. Francisco de Assis F. Rodrigues disse:

    Caro amigo George Danielides,
    Boa tarde, realmente nos temos que fazer em MT o mesmo que fizemos em MS, e os outros Estados exportadores deve nos imitar. Como ja foi dito, o dificil e conseguir união de todos os produtores da Lista TRACE, ta sendo dificil, mas aos poucos vamos conseguir adesão de um grande numero de produtor. Assim como em Campo Grande, vamos trabalhar em conjunto em beneficio de nossos clientes, formando uma comissão da qual eu fasso parte, representada pelas Certificadoras as lideranças Sindicais e produtores da Lista TRACE. Vamos valoreizar nossos produtos.
    Abraços
    Assis

  20. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Sr Pericles Pessoa Salazar,

    Concordo que o assunto seja polêmico, mas é importante o enfrentarmos, debatermos.

    Em primeiro lugar gostaria de esclarecer que a medida adotada pelo IAGRO não elimina absolutamente o risco dos produtores. Se de fato não houver demanda pelo boi europa eles nada receberão pelo investimento feito em rastreabilidade e certificação no momento da comercialização dos animais para abate. Simples assim.

    Tão pouco contestam-se os direitos de posse / propriedade ou de destinação da carne após aquisição dos animais pelo frigoríficos. São prerrogativas dos frigoríficos.

    Mas no meu entendimento a aplicação da medida adotada pelo IAGRO deve ser entendida um pouco antes da aquisição em si dos animais de abate pelos frigoríficos.

    Na verdade a medida se aplica ao meu ver ao momento da negociação comercial entre as partes, cliente e fornecedor. É neste momento que se define o preço e eventual diferencial em relação ao preço ordinário corrente.

    E a única coisa que a medida permite é que o produtor não forneça de “graça” para o frigorífico a rastreabilidade de seus animais. Se o valor da arroba do boi europa é exatamente igual a do boi não-rastreado o produtor pode optar por entregar boi não-rastreado, sem cometer uma não-conformidade que o impeça de continuar habilitado.

    Concordo com o Sr que tal medida pode implicar numa destruição de valor para os frigoríficos, mas ao restringir a oferta de animais rastreados momentaneamente o produtor esta contribuindo para a volta mais rápida do diferencial e assim procurando preservar o investimento feito no restante do rebanho.

    Como o Sr disse o produtor é livre para aderir ou não ao SISBOV, mas quando o faz, mesmo com os riscos apontados, conta com o diferencial no preço. Só que para aderir ao SISBOV o produtor arca com investimentos pesados e que demandam um bom tempo. E não é factível entrar e sair do sistema rapidamente e sem prejuizos.

    É preciso visão de médio e longo prazos. Os frigoríficos precisam motivar os produtores via preços se desejam que eles atendam exigências adicionais. Só que cada frigorífico individualmente está mais preocupado em reduzir seus custos do que em fomentar seus fornecedores.

    Quanto há concorrência em uma praça a competição se incumbe de ajustar o diferencial. Mas quando não há concorrência os frigoríficos muitas vezes optam por políticas de curto prazo de geração de caixa em detrimento das políticas de médio e longo prazo de organização da cadeia de fornecedores e eliminam completamente o diferencial.

    O atual patamar de preços do boi não-rastreado ser ou não atraente não tem nada a ver com isto. Da mesma forma em momentos de baixa de preços num vi um frigorífico pagar mais por saber que o preço era insuficiente para cobrir os custos dos produtores. Só reduziremos ou superaremos estes conflitos com um nível de integração da cadeia que ainda não temos. Já no produtor que investiu mais em rasteabilidade e certificação simplesmente quer receber mais

  21. Renan Aires de Alencar disse:

    Hora, se o preço no mercado interno está melhor que o externo, por que tanto preocupação dos frigoríficos? será que devemos entregar carne de graça a união européia? Se eles querem carne vao ter que pagar

  22. Péricles Pessoa Salazar disse:

    Caro José Ricardo Skowronek Rezende

    Gostei da sua manifestação educada, ponderada e inteligente , embora não concorde integralmente com ela. É assim que se discute o contraditório, com lucidez e equilibrio.

    Para que o Sr. e os demais leitores do Beeefpoint compreendam o que eu quero dizer é que, ao contrário de sua observação sobre o frigorífico tomar individualmente a decisão de pagar mais ou pagar menos na arroba do boi, rastreado ou não, visando tão somente os seus próprios interesses de curto prazo não se preocupando com os efeitos no médio e longo prazos, é que, e aqui reside o cerne das minhas reflexões, quem faz o preço não é a empresa ou o produtor, e sim o mercado. Não apenas no preço do boi, mas da carne e de todos os sub-produtos oriundos do abate. Isto vale para o mercado interno como também nas exportações.
    Nenhum frigorífico com larga atuação no mercado internacional ou doméstico tem a intenção deliberada de prejudicar o produtor, tomando ele a decisão de pagar menos porque deseja reduzir custos. Todos os agentes que militam neste mercado, do boi, da carne ou dos sub-produtos, são tomadores de preços e não fazedores de preços.
    Quem em sã consciência deseja reduzir a lucratividade do produtor, sabendo que sem ele o seu negócio não prospera no longo prazo ?
    Concordo com o fato de que em algumas regiões do país o grau de concorrência entre as empresas na disputa pelo boi não é tão acirrada. Mas em todas estas regiões existem certas especifiidades que explicam, por exemplo, o porquê que os preços do boi não são uniformes em todo o país. E o espaço aqui é pequeno para discorrer sobre isto.
    Já sugeri ao pessoal do Beefpoint em outro tema que comentei que realize seminários periódicos para que estes assuntos sejam discutidos por todos, com transparência e seriedade. Até agora não tive resposta.
    De qualquer forma, reafirmo a minha decepção com a atitude demagógica do IAGRO, e cumprimento o Sr. e os demais pela beleza desta discussão.

  23. Paolo Velasques Perez disse:

    Srs. Carlos Roberto de Oliveira Jr e Renato Galindo, ótimo que a nossa carne é a mais cara do mundo hoje e as exportações tem crescido conforme acompanhamos em dados publicados neste site mesmo, a lei da oferta e demanda é quem manda nos preços, porém se a carne vai para o mercado interno, que diferença faz para a indústria se os produtores documentarem a não autorização de exportação de sua carne ? Ou se vai para exportação, que paguem as indústrias pelos serviços realizados pelos produtores de rastreabilidade e certificação de seu rebanho, pois só quem lida diarimente com este serviço dentro da propriedade sabe da dificuldade de mante-lo em ordem e dentro das exigências do MAPA, principalmente quando se fala em fazendas com grande número de animais, pois qdo um animal perde o brinco ou boton ele não vem na porta do curral avisar, por isso o rebanho é mantido sob cuidados e vigilia 365 dias por ano, absorvendo tempo e trabalho do produtor e de seus colaboradores dentro da propriedade.

  24. Paulo Westin Lemos disse:

    Parabéns ao companheiro José Ricardo pelo seu comentário. Concordo plenamente e no meu entender matou a charada. Penso também que a instrução do Iagro permite que o produtor habilitado para UE ofereça ao frigorífico dois tipos de animais: habilitados ou não. Simplesmente o boi Europa custa mais. Assim como o produtor é livre para se habilitar ou não, o frigorífico também é livre para comprar boi habilitado ou não.
    Quando compramos um carro com opcionais a mais, pagamos a mais por isso, claro. Da mesma maneira, carne com carimbo do SIF vale mais que carne clandestina e assim, boi Europa tem um valor agregado pois vale mais no mercado internacional e não simplesmente porque ele tem custos.
    O frigorífico sempre teve a opção de pagar o adicional ou não mas o produtor não tinha essa opção de entregar habilitado ou não. Penso que a instrução do IAGRO deu mais transparencia e liberdade ao mercado. As partes podem escolher agora qual mercadoria querem negociar e seu preço. Ninguém fica obrigado a nada, o mercado continua soberano na fixação dos preços.

  25. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Em sua tosca intervenção, o IAGRO colobora para acelerar a morte daqueles que tenta proteger.

  26. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Prezado senhor Péricles Salazar,

    O que o senhor expõe como resposta ao senhor Ricardo,faz parte sim,de uma verdade do passado,não mais atual.

    A concentração determina o mercado sem sombra de duvidas,porque quando uma empresa é maior detentora de plantas em um estado ou região,ela sem sombra de duvidas faz o preço da @.

    A forma de negociação com as grandes redes também premia negativamente o valor da @,as redes compram nas semanas de maior oferta,quando normalmente os consumidores estão menos ávidos pelo consumo,na semana de vendas boas,quando o consumidor vai às compras eles jogam no mercado cortes que tem atrativos para consumidor,muitas vezes a baixo do custo.Esta atitude regula o preço da carne nas semanas seguintes,por conseqüência,também do valor da @.

    Como eles conseguem fazer isto?Simples.

    As margens das grandes redes são compostas em cima do valor de face da nota fiscal,porém o valor de face da nota fiscal trás embutidos nos preços os descontos financeiros,que nas grandes redes variam de 10 a 22%.Ou seja descontos financeiros,mais margens reais,financiam os cortes promocionais e a manutenção dos valores das @s.Porque nas semanas que vendas são boas quase sempre as redes fazem apenas pequenas reposições.

    Mais eles estão errados?

    É claro que não.Eles apenas se locupletam da ineficiência dos frigoríficos e do modelo de gestão ultrapassado,onde primeiro se faz as escalas e depois vão atrás das vendas.Hoje é muito mais importante saber como andam as escalas do que saber a tabela de preços deste ou daquele frigorífico.

    Os grandes frigoríficos não têm saída,eles precisam desovar o grande volume de carnes deles nas grandes redes,a negociação entre os grandes frigoríficos e as grandes redes são ferrenhas,vivem se mordendo e se acariciando,um não gosta do outro,mais um precisa,e muito,do outro.Desta forma quando frigoríficos menores entram nas redes negociar,oferecer,sabem que vão para o sacrifício.
    Este é modelão das commodities,onde só tem lucro quem gira mais.

    E ai entra outro fator,se não posso ganhar mais na venda,preciso ganhar mais na compra.

    E o pecuarista,alimenta esta oportunidade dos frigoríficos,oferece animais no modelo bica corrida,com hematomas,recém vacinados,animais bons (bem acabados) junto com salameiras,vacas prenhes,em fim….e frigorífico não tem interesse de fazer classificação de compras,nivela tudo por baixo.A classificação é apenas para definição comercial de vendas.

    Ou seja,quem financia os frigoríficos,no datidão das commodities?

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  27. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Pericles Pessoa Salazar,

    Também respeito sua opinião, apesar de não concordar com ela, e a maneira educada e ponderada de defende-la. Sinceramente espero que com o tempo consigamos, produtores e frigoríficos, chegar a um denominador comum.

    Um amigo, com mais poder de síntese do que eu, resumiu bem o que penso:

    “Não quero que o frigorífico pague pelo que não vai usar, mas não quero que use o que não pagou”

    Continuo acreditando na nossa vocação exportadora e portanto que encontraremos soluções para impasses como este.

    Att,

  28. Péricles Pessoa Salazar disse:

    Prezado Sr. Evandro Samtos

    Este passado a que o Sr. se refere como verdadeiro, cabe muito bem para as empresas que sucumbiram e as que ainda sucumbirão como resultado de seus modelos de gestão ultrapassados. Com exceções, evidentemente, dentre as quais os casos do Frigol e do Frialto, empresas sérias que enfrentaram conjunturas econômicas adversas, mas que, com certeza, retornarão ao mercado.
    Alguém desconhece o fato de que o potencial produtivo do parque industrial brasileiro é superior a demanda por parte dos consumidores e que, portanto, as empresas operam com capacidade ociosa ? E que capacidade ociosa faz parte do custo fixo ? Neste contexto, e aí concordo, quem ainda estiver neste passado onde imperava a ineficiência, não tem futuro promissor. É melhor procurar fazer outra coisa do que insistir e continuar sendo massacrado pela realidade da atual conjuntura da pecuária brasileira.
    Antigamente, o custo de produção determinava o preço, hoje é o preço de venda que determina o custo. Esta regrinha, numa estrutura de mercado transparente e permeável ao ingresso e saída de novos atores, vale para todos simultâneamente, para alguns com maior e para outros com menor intensidade, devido às diferentes estruturas de gestão. O exemplo citado pelo Sr. sobre os supermercados, onde os contratos são draconianos, efetivamente, acabam por contribuir na determinação do custo da arroba para o produtor, pois é perda de receita para o frigorífico que causa automaticamente pressão de custo. Mas não somente para uma, duas ou dez empresas. Mas para todas, indistintamente, refletindo no mecanismo de formação de preços do boi terminado para o abate.
    Como diz o José Serra : ” não se deve usar a própria régua para medir os demais”. O mundo mudou, a realidade é outra, a eficiência e a gestão são ferramentas indispensáveis para enfrentar as diversas e inúmeras contradições de um mercado em permanente evolução.
    No mais, continuo contra a posição adotada pelo IAGRO. E a sua posição, como frigorífico, qual é ?

  29. Júlio César Vieira disse:

    Temos diversos parceiros com as propriedades certificadas, dia desses fomos vistoriados pelo mapa, e deu uma não conformidade leve, o que nos entristece, é que não há piedade nenhuma por parte do mapa e do ima, todo o trabalho realizado em 02 anos, em 3 horas os representantes do mapa/ima, jogam por agua abaixo, no meu ponto de vista o mapa/ima tem que andar lado a lado com a certificadora e com o produtor rural, dando um prazo para que o mesmo ajuste a documentação e apresente ao Orgão Sanitario mais proximo, mas ao invez disso simplesmente assinam uma não conformidade e entrega ao produtor (ou representante) como se estivesse fazendo um grande favor à União Europeia, repito à União Europeia. Devemos unir força. Hoje são poucos que querem rastrear e os que estão, permanecem por questão de gestão de suas propriedades. O Mapa deveria cobrar mais dos frigorificos, porque quem garante que os bois rastreados sem diferencial de preço não estão sendo exportados e os Frigorificos recebendo o premio almejado pelos produtores? Fica aqui nossa indignação pela metodologia usada nas vistoria. E quanto a enviar documentos de bois rastreados, achei muito louvavel a união dos produtores de MS. E que os produtores de Minas Gerais possam se tomar este exemplo e vender realmente o que os Frigorificos compram “bois rastreados” ou “Bois sem ser rastreados”. O que não podemos vender para os produtores é que rastreabilidade é questão de gestão e controle. Isso se faz com um brinco de controle mais barato, e um bom programa de Gestão. Abço a todos.

  30. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Senhor Péricles Salazar,

    Fico feliz que senhor tenha concordado comigo em muitos pontos.

    Insisto apenas que o numero muito maior de plantas de uma mesma empresa também determina o preço da @,isto me parece de uma obviedade enorme.

    Relativo aos novos modelos de gestão a que o senhor se refere,não tenho conhecimento de nada diferente ao que foi feito até hoje.

    Os frigoríficos citados,e que diversas vezes defendi,como sendo de pessoas serias e bem intencionadas,também precisam verificar,que,o que os trouxe a atual situação,foi o mesmo modelo de gestão que todos,ainda se utilizam.

    Os frigoríficos não quebraram,no Brasil,por causa da crise financeira global.já cambaleavam desde o evento da aftosa em 2.005,aliado a impossibilidade de aritméticas financeiras suigeneres,que todos no passado recente de nosso ramo se utilizavam.

    O modelo de gestão a que o senhor se refere só premiava aquela situação.Aliada,a grande oferta de animais e preços de @s bem baixos,em relação aos preços das @s no mundo.

    Estão todas as empresas do setor,até onde tenho conhecimento,fora novas empreitadas,já com modelos de gestão e propostas diferenciadas,no mesmo balaio.Ou seja,quem não quebrou,esta em recuperação,ou na bicicleta.

    Nosso setor,sabemos,sempre foi grandiosamente alavancado,e agora que não tem mais esta possibilidade,porque os agentes financeiros,com exceção do BNDEs,entendem que o modelo de gestão deste setor faliu.E entidades financeiras privadas não acendem vela nova para defuntos velhos.

    O senhor é um empresário esclarecido e o admiro.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  31. Luiz Simões Garuze disse:

    Prezado Humberto de Freitas Tavares,

    A atitude de se expressar usando outros “pessoas ou entidades” é um ato abominável e de …. O mesmo demonstra como em determinados momentos agimos pela emoção e/ou interesse próprio ao invés da razão. Temos que ter cautela ao usar palavras de baixo nível, principalmente pessoas que representam entidades, esse tipo de discurso inflamado só prejudica os produtores de verade.

    O citado por você acima usando o nome da ABIEC (a que sr. deveria respeitar) fazendo mensão a UE, com certeza não procede, o link informativo demonstra uma movimentação de mercado e tenho a plena convicção que a ABIEC sempre respeitou e sempre continuará respeitando o mercado EUROPEU, haja visto ser básico a qualquer negócio nunca desprezar um fornecedor do passado, do presente e com certeza do futuro.

    Tosco é um produtor, empresário do agronegócio e representante de associação achar a ação do IAGRO erronea. O certo é o frigorífico não pagar e o produtor ter que entregar o animal rastreado???

    É impressionando, com tão poucas palavras o sr. tenta ser tão negativo e destrutivo. Essa fase de discurso inflamado já passou companheiro.

    Sr. Péricles,

    Descordo do Sr., se o frigorífico optou por não pagar pelo animal europa, logo se conclui que para o frigorífico o animal europa não será exportado ou não terá diferença. Assim nada mais justo que o produtor também tenha a opção de ACORDO COM A NEGOCIAÇÃO em fornecer o animal rastreado ou não.

    A gestão citada pelo Sr. deve ser o caminho, caminho este que já vem sendo trilhado pelos produtores a algum tempo, onde a atividade premia os que são mais ágeis, eficientes, que usam tecnologia e etc, exatamente o que fazem no SISBOV. Estes esperam ter algo em troca, ter remuneração diferenciada.

    Toda essa movimentação do mercado interno, maior abate de fêmeas no passado, falta de animais atualmente, câmbio e um animal mais caro a ser exportado também é entendido.

    Isto serve para os frigoríficos verem que as atitudes tomadas no presente, refletem no futuro. Ou seja, o presente é o reflexo do passado 2008 e 2009.

  32. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Representantes das Federações de Agricultura do Rio Grande do Sul, Parana, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goias e Espirito Santo poderiam informar como estão encaminhando esta questão. União é vital na defesa dos interesses da categoria.

  33. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Sr. Garuze,

    Não retiro nem uma vírgula do que escrevi, mas vou detalhar melhor.

    Otimista incorrigível que sou, na aspereza do seu comentário eu não vislumbrei maldade, mas talvez incompreensão.

    Quando, no artigo http://bit.ly/9OgSdg o presidente da ABIEC manifesta sua intenção de “concentrar esforços na busca de novos mercados que substituam a blindagem colocada no setor pela União Européia”, como, “Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Estados Unidos” para mim fica muito claro que ele está dando uma banana para a UE. Ou não?

    Quando ele comenta que “em outros países produtores as regras são feitas por produtores e pelas indústrias, com o governo exercendo o controle para que elas sejam cumpridas” não há como não ver uma crítica direta ao SISBOV, imposto aos brasileiros por burocratas de Brasília.

    Juntando tudo isso, não há como não intuir que os ERAS não vão mais conseguir sobrepreço nenhum, e que se tentarem fazer a pressão sugerida pelo IAGRO, receberão uma solene esnobada. Pior, poderão ser discriminados no futuro.

    É isso aí, companheiro.

  34. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Humberto de Freitas Tavares,

    Leio a mesma matéria que indicou em seu post de maneira completamente diversa da sua.

    Se os frigoríficos simplesmente não querem o boi rastreado porque tanta “chiadeira” com a medida adotada pelo IAGRO? Por nada?

    E procurar novos mercados é uma atitude permanente de quem atua no comércio. Especialmente aqueles que melhor remuneram. E não é de hoje que a ABIEC tenta abrir os mercados do Japão, Coréia do Sul, Taiwan e Estados Unidos.

    Mas sem perguntar aos seus associados e representantes tenho a certeza que a ABIEC não vai dar um “tchau otários” a UE. O que a ABIEC esta é tendo dificuldades de ampliar o volume de seus fornecedores habilitados aliado a uma recessão econômica na UE e uma crise cambial que afeta a todos os setores exportadores.

    Att,

  35. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Para aqueles que ainda não conhecem a IN 01 / 2011 do INDEA segue abaixo:

    Instrução Normativa INDEA Nº 1 DE 01/03/2011 (Estadual – Mato Grosso)

    Data D.O.: 01/03/2011

    Dispõe sobre os procedimentos para emissão da Guia de Trânsito Animal – GTA com a finalidade abate de bovinos cujos proprietários não queiram que a carne obtida dos animais envolvidos seja exportada.

    Considerando o disposto no ofício nº 036/11-SSA/SFA/MT de 01 de fevereiro de 2011;

    Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos referentes à emissão de GTA para as propriedades da lista TRACES, em que os proprietários não queiram que a carne obtida do abate dos animais envolvidos no referido trânsito seja destinada a exportação,

    Resolve:

    Art. 1º. O proprietário de propriedade apta a exportação, ou seu representante legal, que não se interesse em exportar a carne proveniente do abate de seus animais, poderá solicitar a Unidade Local de Execução (ULE) emitente da GTA para não inserir no campo 17 da mesma (campo observação) informação referente ao ingresso de animais provenientes de área não habilitada.

    Art. 2º. Para que a ULE possa atender a solicitação de que trata o art. 1º, o proprietário ou seu representante legal deverá fazer uma declaração conforme modelo constante no anexo – I.

    Art. 3º. Uma cópia da declaração deverá ser anexada à GTA destinada ao frigorífico e outra deverá ser arquivada na ULE emitente.

    Art. 4º. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogando todas as disposições em contrário.

    Publique-se, Registra-se, Cumpra-se

    MED. VET. VALNEY SOUZA CORRÊA

    PRESIDENTE DO INDEA/MT

    ANEXO I

    Eu, __________________________________________________, Portador do CPF/CNPJ nº ___________________________________, responsável pela propriedade rural de nome __________________________________, de inscrição estadual nº ________________________, declaro para os devidos fins que não tenho interesse de que a carne produto do abate dos animais constantes na(s) GTA(s) nº ____________________________ seja exportada a União Européia.

    Declaro ainda que o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso – INDEA/MT está devidamente autorizado por este documento, a não inserir no campo observação da(s) referida(s) GTA(s) as informações referentes ao ingresso de animais de área não habilitada para exportação em minha propriedade.

    Local, ________________________, ____/____/____.

    _______________________________________

    Assinatura do responsável.