Entenda como o tipo de animal pode influenciar a qualidade da carne
1 de novembro de 2010
Mercados Futuros – 03/11/10
4 de novembro de 2010

MS: Mataboi dá férias coletivas para 250 empregados

A falta de gado para abate levou o frigorífico Mataboi S/A a dar férias coletivas para os 250 funcionários, do dia 1 de novembro até o dia 20.

A falta de gado para abate levou o frigorífico Mataboi S/A a dar férias coletivas aos seus mais de 250 funcionários, do dia 1 de novembro até o dia 20. A informação é de Rinaldo de Souza Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins Campo Grande, Três Lagoas e Região.

O sindicalista teceu duras críticas aos produtores de Mato Grosso do Sul que estariam, segundo ele, segurando boi no pasto para conseguir aumento de preço da arroba que já passou de R$ 100,00. “Não temos dúvida de que é pura especulação dos pecuaristas para conseguir preço da arroba”, comentou.

Rinaldo Salomão sugeriu intervenção do governo do Estado para regular o mercado de carne em Mato Grosso do Sul. Ele pede para que sejam liberadas as importações de gado, principalmente do Paraguai. “O Brasil já ajuda aquele país vizinho fornecendo boa parte das vacinas contra febre aftosa, sem ter retorno algum a não ser a sanidade animal na faixa de fronteira. É preciso avançar mais e num momento como este, de desequilíbrio de estoque, podemos perfeitamente recorrer ao plantel paraguaio para o abastecimento interno do Brasil e também para cumprirmos acordos internacionais”, comentou o sindicalista.

Outra “prova” de que os pecuaristas estão segurando gado no pasto, segundo Rinaldo, diz respeito ao fato de que somente este ano foram contratados mais de 2 mil empregados para empresas de fabricação de ração animal, principalmente para gado. “São dezenas de empresas especializadas na fabricação de alimentos para o gado na seca. Então, não é verdade que gado passa fome em Mato Grosso do Sul e que por isso não tem oferta para abate”, critica o sindicalista.

A reportagem é do MS Notícias, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Claudio R. Ayala de Castro disse:

    mais um sindicalista enfiando o nariz aonde nao lhe convem , quando o pecuarista , precisa vender seus animaisa um preço baixo , para saudar seus compromissos esse sindicalista , que vive as custas de imposto sindical , nao vem a publico defender o produtor rural ……

  2. Eugenio Mario Possamai disse:

    É claro que as empresas de ração aumentaram seus quadros de servidores, pois não temos pastagem de qualidade para fornecer aos animais, temos que dar ração. Essas pessoas que não conhecem como se produz um animal, dão seus palpites de forma aleatoria, e ainda vai faltar muitos animais, pois não temos o volume de bois que o mercado precisa, pois a tres anos atraz houve uma debandada de matrizes para o abate, os bezerros dessas vacas seriam os bois de hoje que estariam indo para o abate, e isto ainda vai demorar um bom tempo para a normalização, se é que isto vai acontecer. Pois até agora o campo foi que sustentou todos os planos economicos do governo, chega uma hora que a corda estoura.

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    É importante esclarecer que a importação de outros paises de animais, bem como de carne processada, é permitida no Brasil. Somos um mercado aberto. Basta atender as exigências sanitárias. Espero apenas que a eventual importação de carne processada não prejudique os empregos dos filiados do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins Campo Grande, Três Lagoas e Região.

  4. Marcelo Ferreira de Almeida disse:

    Caro Salomão , suas duras criticas foram para o alvo errado, deveria é reclamar com Deus e seu encarregado São Pedro.

  5. Estêvão Domingos de Oliveira disse:

    Impressionante a falta de visão de nosso amigo sindicalista. Não compreeende que o agente causador dessa falta de animais prontos para abate é um grupo de fatores. Uma seca de quase 180 dias aliada à falta de bezerros em quantidade devido ao abate de matrizes podem ser indicados como itens principais.
    Não se pode tapar o sol com a peneira, os produtores não estão segurando boi no pasto, estão tentando sobreviver há quase 12 anos de medidas econômicas que sufocam o setor produtivo.
    Quer regularizar a oferta?? Reze amigo, você não vai encontrar boi nessa época do ano fácil em nenhum local da América do Sul. Tente importar, vai ficar mais caro.

    Sucesso para todos.

  6. Carlos Magno Frederico disse:

    Prezado Rinaldo,

    Informo que sua visão sobre o plantel paraguaio é totalmente equivocada. Boi no Paraguai também esta em falta e os preços lá para a realidade deles também estão bem caros, haja vista que, passou pelos mesmos problemas que o Brasil passou e esta passando. Paraguai não é a melhor saída para resolver nossos problemas, pois em primeiro lugar o Paraguai tem bom consumo interno de carne para uma população em 2007 estimada em torno de 6,1 milhões de pessoas e com plantel de 11 milhões de cabeça e nós somos uma população de 185 milhões e com plantel quase que superior a isso, sendo assim acredito melhorar sua reflexão. Morei e trabalhei no Paraguai por 02 anos e atuando nesse setor.
    Sugerir intervenção do Estado para regular preço creio eu que no atual cenário e comprar briga sem motivo e procurar culpados para problema que advem de uma conjuntura de fatores.

    At.
    Carlos M. Frederico

  7. JOÃO BATISTA DE PAULA CARDOSO disse:

    Concordo com o Dr. Claudio de Cascavel. Sómente uma correção. Não é saudar ( de saudações) e sim saldar ( pagar, quitar ).