Argentina: número de animais confinados recua

Os estabelecimentos de engorda da Argentina têm apresentado queda nas taxas de ocupação em 2010 para somente 900 mil cabeças, ou 56% da capacidade total, à medida que os preços dos animais aumentaram e as margens declinaram. Em 2009, o setor de confinamento da Argentina forneceu cerca de 40-50% dos animais abatidos, operando com capacidade de 88%.

Nos últimos anos, a indústria de confinamento da Argentina sofreu um boom à medida que o Governo subsidiou o aumento nos custos dos grãos, visando impulsionar a oferta de carne bovina para o mercado doméstico. Entretanto, com o atual aumento nos preços dos novilhos e os menores custos dos grãos, o Governo parou de fornecer subsídios.

Como resultado das escassas ofertas de gado alimentado com grãos e a pasto depois da liquidação do rebanho ocorrida entre 2007 e 2009, a produção de carne bovina argentina durante os primeiros nove meses de 2010 está 22% menor do que no período correspondente de 2009.

De acordo com as análises locais, a produção deverá se recuperar para os níveis anteriores de cerca de 2,8-3 milhões de toneladas até 2013-14. A recuperação na produção deverá ser resultado de um aumento no número de bovinos de cria, um aumento de 3-5% nas taxas de desmame e um aumento nos presos médios das carcaças (atualmente em 227 quilos por cabeça).

Ao mesmo tempo, os preços da carne e do gado da Argentina deverão continuar em níveis historicamente altos, enquanto o consumo permanecerá historicamente baixo em cerca de 58 quilos por pessoa por ano – menos que os 68 quilos por pessoa por ano de 2009. Além disso, os processadores continuam operando com margens negativas.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.