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Tombini: missão é assegurar poder de compra do real

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, concedeu nesta quinta-feira (6), sua primeira entrevista coletiva no comando da autoridade monetária destacando que tem como missão assegurar o poder de compra da moeda brasileira, tarefa operacionalizada por meio do regime de metas de inflação. Ele destacou que, com 11 anos de vida, o sistema está consolidado, testado e possui credibilidade.

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, concedeu nesta quinta-feira (6), sua primeira entrevista coletiva no comando da autoridade monetária destacando que tem como missão assegurar o poder de compra da moeda brasileira, tarefa operacionalizada por meio do regime de metas de inflação. Ele destacou que, com 11 anos de vida, o sistema está consolidado, testado e possui credibilidade.

Segundo Tombini, o suposto dilema entre inflação e crescimento já foi superado no Brasil. “Essa troca (inflação por crescimento) não existe. A inflação baixa e controlada é condição para o crescimento”, afirmou. O presidente da autoridade monetária afirmou que o regime de metas tem como virtudes ser de fácil aferição pela sociedade e também bastante transparente.

Para 2011, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 4,5%. Este parâmetro, que tem como referência a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), será perseguido pelo BC.

Juros

Questionado sobre se valeria a pena subir os juros, como o BC indicou que iria fazer, para obter um ganho relativamente pequeno em termos de redução de inflação, Tombini evitou a polêmica. Ele se limitou a dizer que o BC não decide antecipadamente a Selic, que será definida em duas semanas a partir de uma análise de todos os dados disponíveis. E ponderou que não “parecem ser comparáveis” os cenários de mercado e de referência, que são baseados em pressupostos diferentes.

Ambiente externo

Tombini avaliou que o ambiente internacional apresentou melhora, mas o quadro externo ainda é volátil. Nesse quadro, a recuperação econômica dos países avançados tem sido mais lenta e a reação tem levado à adoção de políticas econômicas “acomodatícias”.

O presidente do BC destacou que esse cenário tem gerado grande liquidez internacional, “que procura outras economias”. “Temos alguns desafios e sabemos como endereçá-los”, afirmou Tombini. Ele destacou que o Brasil não é passivo nesse cenário e está atento para levar as suas preocupações e contribuições para que haja uma saída suave desse processo.

A matéria é de Fabio Graner, publicada na Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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