A Assembleia Geral dos Credores (AGC) do frigorífico Independência, convocada para esta segunda-feira (31), foi novamente interrompida, tendo sua continuidade agendada para o dia 15 de fevereiro de 2011, em São Paulo. Segundo o assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Carlo Daniel Coldibelli, que acompanhou a assembléia, o motivo da suspensão foi a não aceitação tanto por parte dos credores como dos bancos da proposta de pagamento apresentada pela empresa.
A Assembleia Geral dos Credores (AGC) do frigorífico Independência, convocada para esta segunda-feira (31), foi novamente interrompida, tendo sua continuidade agendada para o dia 15 de fevereiro de 2011, em São Paulo. Segundo o assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Carlo Daniel Coldibelli, que acompanhou a assembléia, o motivo da suspensão foi a não aceitação tanto por parte dos credores como dos bancos da proposta de pagamento apresentada pela empresa.
Com a suspensão, ficou acordado que entre os dias 4 e 6 de fevereiro, uma nova proposta apresentada pelo frigorífico esteja disponível para consulta e aberta para sugestões dos credores. No próximo dia 8, esse novo plano deverá ser consolidado tendo como base as sugestões apresentadas pelos credores, seguindo então para a aprovação em assembléia no dia 15 do mês que vem.
O parcelamento aos credores do Independência, proposto no plano de recuperação judicial, havia sido suspenso nos meses de setembro e outubro do ano passado, com a promessa do frigorífico de retomada em novembro, o que acabou não acontecendo. Mato Grosso do Sul ainda tem 94 credores com valores a receber do grupo Independência. Dos cerca de R$ 42 milhões devidos inicialmente aos pecuaristas pela indústria, R$ 17 milhões ainda não foram pagos.
Durante a assembleia, Alfredo Chang, que representa um grupo de investidores interessados na empresa, apresentou uma proposta de reestruturação para o Independência, que seria feita no caso de aquisição dos ativos do frigorífico.
Representantes dos credores consideraram as propostas “superficiais”. “Os credores não gostaram. [O Independência] não promete pagar nada”, disse o advogado de um banco credor.
Pecuaristas também reclamaram da proposta feita pela empresa para quitar os débitos que ainda faltam com a categoria. “É ridícula, fora de qualquer padrão”, disse Armando Biancardini, assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Apesar do descontentamento de seu cliente com a proposta do Independência, um advogado disse que tal oferta de reestruturação é “menos pior do que a falência”.
As informações são da Famasul e do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Como pecuarista e credor do Independência mais uma vez conclamo a todos pares que NÃO ACEITEM o verdadeiro furto proposto pelos “NOVOS INVESTIDORES” do frigorífico.
Se não houver pecuarista e boi, não existe VELHO OU NOVO INDEPENDÊNCIA. Eles que se acertem com as INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS e paguem imediatamente nós, os pecuaristas, que aliás, somos de longe os menores credores.
O pagamento de pecuarista tem que ser na forma aprovada no plano de recuperação aprovado no ano passado, inclusive com o pagamento imediato das parcelas inadimplidas a partir de Setembro 2010.
Tenho que alertar aos pecuaristas que a falência do Frigorífico Independência de fato é o pior dos cenários, mas, nos submetermos a estes absurdos, é ultrajante.
Certamente, no caso de decretação de falência, temos que nos unir e pedir a PRISÃO dos controladores e “executivos” do Frigorífico Independência, pois não tenho dúvidas da existência de vários “CRIMES FALIMENTARES”.
Espero que todos nós estejamos unidos na defesa desta classe tão desrepeitada e maltrada pelos maiores beneficiários de nossa atividade!
Estivemos presente mais uma vez à Assembléia Geral de Credores do Frigorífico Independência ontém em São Paulo, e o cenário nebuloso de antes nada mudou.
O esboço de uma proposta, leviana e indecente por sinal, de pagamento aos pecuarístas em cento e vinte (120) meses, uma década de prazo a mais do que já fora concedido antes, sequer foi oficialmente apresentada, ante a resistência imediata da classe pecuarista ali presente.
O tal ´investidor´, que estaria interessado em adquirir ativos, mais uma vez não teve a sua identidade revelada.
Pelo menos de uma coisa serviu a assembléia de ontém, para ficar mais uma vez firmada a convicção de que:
A classe produtora, pecuaristas, não teme de forma alguma a FALÊNCIA das recuperandas, entendendo ao contrário, que quem deve realmente se preocupar com as consequências seríssimas que advem da quebra, são os próprios sócios proprietários das mesmas, e ninguém mais.
Aguardamos com serenidade a apresentação da tal nova proposta a ser divulgada no site da recuperanda, e dia 15 de fevereiro próximo, votaremos CONTRA, sem o menor receio, se esta efetivamente não atender os nossos interesses.