O confinamento de gado em Goiás deve chegar a 265 mil cabeças, dez mil a mais que no ano passado. O tímido crescimento, de 3,92%, é atribuído a uma entressafra de clima mais ameno, estabelecendo-se assim uma concorrência maior com o boi criado exclusivamente a pasto. Também pesou o aumento expressivo dos custos de produção, apesar do preço do milho ter registrado queda de mais de 40% desde o mês de março.
A entrada dos animais do confinamento foi adiada pelos pecuaristas, que esperavam pela definição de preços mais remuneradores da arroba. Fazem isso para aproveitar a alimentação disponível na fazenda e economizar diárias, justificou o diretor técnico da FNP Consultoria, José Vicente Ferraz. A decisão de adiar o fechamento dos animais foi possível pelo regime de chuvas favorável no verão e porque o frio não foi tão rigoroso.
Este ano, muitos confinamentos fecharam os animais com 30 dias de atraso, o que causou a redução da disponibilidade de bovinos prontos para o abate nos meses de julho e agosto. O pico da oferta, que normalmente acontece no mês de setembro, será adiado para outubro.
Em seu quarto ano de confinamento, a Cotril Agropecuária quer atingir a marca de 70 mil bois terminados na Fazenda Mirante, no município de Nerópolis (GO). A produção anual, dividida em três etapas de aproximadamente 70 dias, começou como de costume, no mês de março. O fluxo de entrada e saída de animais é intenso, quase todos os dias da semana, em razão da grande quantidade de reses e da diversidade dos lotes, com peso, idade e acabamento de carcaça diferentes.
Fonte: O Popular/GO (por Evandro Bittencourt), adaptado por Equipe BeefPoint