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Acrimat: abate clandestino precisa ser combatido

O abate clandestino de gado em Mato Grosso é uma preocupação antiga do governo do estado e dos produtores. Segundo o secretário da Casa Civil, Eder Moraes, "hoje o abate clandestino chega a 2,5 milhões de cabeças por ano e queremos acabar com isso definitivamente". O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que os números são realmente preocupantes, "pois representam 50% do abate anual de Mato Grosso".

O abate clandestino de gado em Mato Grosso é uma preocupação antiga do governo do estado e dos produtores. Segundo o secretário da Casa Civil, Eder Moraes, “hoje o abate clandestino chega a 2,5 milhões de cabeças por ano e queremos acabar com isso definitivamente”. Para montar uma força tarefa estiveram reunidos no final da tarde de segunda-feira (28/02) na Casa Civil, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), do Comando da Policia Militar, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e da Secretaria de Acompanhamento das Políticas e Programas de Desenvolvimento.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que os números são realmente preocupantes, “pois representam 50% do abate anual de Mato Grosso”. No ano de 2010 os abates oficiais de mato-grossenses atingiram 4,33 milhões de cabeças, segundo o Indea e o valor bruto da produção – VBP – foi de R$ 4,95 bilhões, segundo levantamento do Imea. Para a Acrimat, caso esse número anunciado pela Casa Civil se comprove, isso coloca em risco toda imagem do setor. “Vamos fazer um levantamento minucioso do impacto desse abate clandestino no que se refere aos impostos e empregos”, salientou Vacari. Outro ponto observado é o de roubo de gado “que pode diminuir bastante com o fim dos abates clandestinos”.

O abate clandestino além de gerar prejuízos aos cofres públicos, devido à sonegação de impostos, também coloca em risco a saúde da população, pois não seguem as normas da vigilância. Sendo assim, a força tarefa montada vai contar com a participação de diversas secretarias, como a de Saúde, com a Vigilância Sanitária, de Fazenda, a Sedraf, Policia Militar, Indea e outros. A fiscalização vai contar com unidades móveis e atuar em todo estado. “O abate clandestino é um risco sem precedentes para a saúde e se for preciso vamos envolver a Policia Federal e o Ministério Público nessa ação conjunta, pois é uma questão de Estado já que oferece riscos à toda sociedade de Mato Grosso”, disse o secretario, Éder Moraes.

As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Excelente iniciativa,
    porém a educação é mais eficaz do que punição.

  2. ricardo campeiro disse:

    É o cumulo ouvir dizer que autoridades estão tão preocupadas com os tais abates “CLANDESTINOS” dizendo que isso gerar prejuízos aos cofres públicos, ao invez de estarem muito mais preocupados com os riscos que esse tipo de abate pode trazer para a população uma vez essa carne consumida… Esse é o cenário de nossas autoridades Brasileiras.

  3. Helcio Antonio Nalesso Junior disse:

    A situaçao realmente e alarmante,
    mas esses 2,5 milhoes está totalmente equivocado.

  4. Helcio Antonio Nalesso Junior disse:

    Parabéns pela reportagem,
    tal noticia também foi veiculada no bom dia mato grosso da rede globo,é uma excelente iniciativa,mas os numeros levantados do abate clandestino,sao equivocados.
    imaginemos 2,5 milhoes de cabeças ano=208.333 cabeças mês=6.944 cabeças dia,o estado de mato grosso nao consome este volume de carne,se for verdadeiro os numeros,tá saindo boi do estado sem nota,tem frigorifico matando sem documento ou boi que nao existe no físico e só existe no papel.

  5. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é… alguém já se interessou realmente em verificar os motivos dos tais abates clandestinos?

    A quantidade é realmente verdadeira? E se os tais 2.500.000 animais estivessem a disposição dos frigoríficos, o valor pago pela @ seria o mesmo?

    Quem sabe os tais “abatedouros clandestino” pagam um valor mais justo pelo animal… quem sabe também pagam pelo peso vivo na balança da propriedade… a inexistência da faca de “maquiagem” cortando parte do ganho do produtor, arrancando as pseudo-contusões provocadas pelo transporte do próprio frigorífico… e as balanças que fazem a mágica de desaparecer com parte do peso da carcaça… e as perdas por cisticercoses que tem que engolir sem a devida comprovação… tudo isso além do risco de um calote, que nunca se sabe quando vem…

    Pois é… ir a luta em vez de reclamar… transparência na relação com os produtores, esquecer um pouco a “Lei do Gerson” e distribuir o tal “Vila Rica”, de forma proporcional a todos os elos da cadeia… ajudaria muito!

  6. Felipe George de Oliveira de Lima disse:

    Bacana a reportagem, muitas pessoas tem uma visão idônea do abate clandestino, é uma pena que não conhecem os prejuizos que causam aos consumidores que pagam por produtos seguros, algumas regiões isso tem “funcionado”, mas já em cidades que fica mais distante da capaital, não se vê órgão nenhum fazendo monitiramento, visitas e interditações de matadouros. A matéria foi publicada no dia 02/03, vamos aguardar os resultado.

    Um Grande Abraço

    e sucesso nas Operações.

  7. Luiz Henrique da Silva Mussio disse:

    Bem comentado José Manuel de Mesquita. As negociações precisam ser pensadas pra proporcionar ganho pra todos os envolvidos. Os frigorificos nos momentos de grande oferta chegavam a suspender o abate pra pressionar os preços da @ pra baixo e hoje assistem seus fornecedores arrendando suas terras pra cana de açucar e pagam caro pelo boi, ou seja, ação gerando reação por falta de planejamento e visão de longo prazo.