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Marfrig: oferta de animais confinados deve crescer

O diretor operacional da divisão de bovinos e food service do grupo Marfrig, James Cruden, espera um maior volume ofertado de bois de confinamento neste ano em relação ao ano passado, mesmo com a valorização das cotações dos grãos, como milho e soja.

O diretor operacional da divisão de bovinos e food service do grupo Marfrig, James Cruden, espera um maior volume ofertado de bois de confinamento neste ano em relação ao ano passado, mesmo com a valorização das cotações dos grãos, como milho e soja.

“O preço para confinamento está mais atrativo e não vejo problema com a alta dos preços do milho e soja, já que ainda teremos safras e safrinhas”, afirmou o executivo.

Segundo ele, os preços da arroba do boi gordo continuarão firmes até maio, já que o cenário ainda é de oferta restrita de animais de pasto e podem ficar estáveis no segundo semestre, com a entrada dos confinados. “O que temos observado é que não há regiões que têm aumento de oferta, isso em pleno período de safra. Podemos ver, somente no segundo semestre, uma oferta e demanda equilibradas e preços estáveis”, disse.

Cruden ressaltou que mesmo com uma alta no custo de produção, com o aumento da arroba do boi, a Marfrig está protegida de uma pressão maior em suas margens. “Nossa estratégia não é commodity. Temos mais exposição em produtos de maior valor agregado, o que nos traz uma proteção contra essa alta da arroba”, afirmou.

Questionado sobre as vendas da companhia para o Oriente Médio, o diretor da Marfrig disse que mesmo com os conflitos nos países da região, as vendas não foram afetadas e estão normais. “Na área de bovinos, o país com maior representatividade para a Marfrig no Oriente Médio é o Irã e está tudo habitual com eles. Mesmo no Egito tudo seguiu normal”, afirmou.

Com relação a uma oportunidade de reajustes de preços dos produtos ante uma alta do petróleo, Cruden disse que normalmente com o incremento nas cotações do petróleo, a renda da população na região aumenta e o consumo segue esse movimento. Mas, segundo ele, não dá para dizer que isso realmente vá ocorrer. O executivo ainda lembrou da China, mercado que se mostra uma boa oportunidade para a carne bovina. “Nossos miúdos bovinos, por exemplo, estão indo num volume grande para lá e eles têm um aproveitamento de 100% dessas peças”, explicou.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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