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Análise Semanal – 10/09/03

Após semanas trabalhando em alta, o ambiente agora é de estabilidade no mercado físico do boi gordo, por conta, principalmente, do avanço das escalas paulistas.

As programações de abate em São Paulo atendem, em média, 5 dias. A chegada dos animais de confinamento e o fim da greve dos funcionários da CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária), que voltaram a emitir as GTA’s (Guias de Transporte Animal), explicam o fato.

Diante dessa relativa tranquilidade, algumas unidades que vinham ofertando R$60,00/@, a prazo, livre de Funrural pelo boi gordo, passaram a descontar o imposto.

De toda maneira, os negócios à vista correm em R$58,00/@ livre de funrural, o que, nominalmente, equivale a pouco mais de R$61,00/@ no prazo, para descontar o imposto.

Diante da evolução dos abates, a disponibilidade de carne no atacado paulista aumentou, tirando a sustentação dos preços. O equivalente físico (48% traseiro +39% dianteiro + 13% ponta de agulha) recuou 4% ao longo da semana.

Mesmo com o pagamento dos salários não foi registrada nenhuma melhora significativa na demanda pela carne bovina. O fraco desempenho do mercado atacadista dificulta ainda mais a valorização do boi gordo no curto prazo.

Já em outras praças, como Rondônia e Rio de Janeiro (gráfico), a situação é bastante diferente. As programações de abate atendem 2, ou no máximo 3 dias, pressionando os compradores.


Na média, as escalas de abate são formadas para 4 ou 5 dias adiante, insuficientes para sustentar um movimento de baixa, porém já não pressionam tanto os compradores. Assim, poucas alterações são esperadas no curto prazo.

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