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Austrália: exportações de carne bovina aumentaram em 4% em 2010-11

As exportações de carne bovina e de vitelo da Austrália em 2010-11 totalizaram 937.298 toneladas - um aumento de 4% com relação ao não anterior. Apoiando o crescimento durante os últimos 12 meses esteve os volumes recordes vendidos à Rússia, Oriente Médio, China e Cingapura, à medida que o volume de carne bovina indo aos mercados que não são Japão, Estados Unidos e Coreia alcançaram o recorde dos últimos 32 anos.

As exportações de carne bovina e de vitelo da Austrália em 2010-11 totalizaram 937.298 toneladas – um aumento de 4% com relação ao não anterior. Apoiando o crescimento durante os últimos 12 meses esteve os volumes recordes vendidos à Rússia, Oriente Médio, China e Cingapura, à medida que o volume de carne bovina indo aos mercados que não são Japão, Estados Unidos e Coreia alcançaram o recorde dos últimos 32 anos.

Depois de um período muito difícil em 2009-10 (898.962 toneladas), principalmente devido à fraca demanda por causa da crise financeira global, a demanda global por carne bovina acelerou durante a segunda metade de 2010 e início de 2011 – com os preços acentuados pelas ofertas globais muito escassas, incluindo as da Austrália. Apesar de o mercado global de carne bovina ter atingido um nível estável durante maio e junho, no geral, 2010-11 pode ser avaliado como um ano positivo para a demanda globalmente, apesar dos dois anos difíceis de 2008-09 e 2009-10.

Para os exportadores australianos de carne bovina, o aumento do dólar australiano foi o principal impedimento para o comércio durante 2010-11, acentuado pelos meses finais do ano, quando os mercados de exportação desaceleraram, especialmente no Japão. O dólar australiano ficou em média 13% maior que o dólar dos Estados Unidos em 2010-11, em US$ 1,00, enquanto também aumentou em 13% com relação ao Euro, 8% com relação ao won coreano, 6% com relação à rupia indonésia e 2% com relação ao iene japonês.

No lado da oferta, os envios australianos no ano passado foram influenciados pelas condições muito úmidas do clima nos estados no norte e leste, que prejudicaram as movimentações dos animais, principalmente de novembro a janeiro. Embora as ofertas tenham sido impactadas durante o ano, à medida que os produtores buscaram reconstruir os rebanhos reduzidos pela seca apoiados pela melhor estação, enchentes durante os meses de verão atrasaram o transporte e inspeção. O impacto mais notável ocorreu em janeiro de 2011, quando as enchentes no sudeste de Queensland levaram a uma queda mensal nos abate para seu menor nível em 22 anos.

Apesar das atuais condições difíceis que os exportadores australianos estão enfrentando no Japão, os envios no último ano fiscal aumentaram em 0,4% com relação ao ano anterior, para 351.388 toneladas – representando 37,5% de todas as exportações de carne bovina da Austrália. Entretanto, um aumento com relação ao ano anterior nos envios para 2010-11 foi somente registrado em cinco dos 12 meses, com os maiores volumes enviados em agosto, novembro e fevereiro. A situação dos exportadores australianos em 2010-11 foi provavelmente melhor demonstrada pela queda nos retornos, com os preços mensais indicativos para a carne bovina australiana caindo de 4-19% entre janeiro e junho de 2011.

Contribuindo para as piores condições no comércio com o Japão em 2010-11 esteve o aumento nos negócios com produtos dos Estados Unidos, junto com a depressão economia e menor demanda após uma série de desastres que acometeram o país no meio de março. As importações japonesas de carne bovina dos Estados Unidos aumentaram em 39% nos primeiros 11 meses de 2010-11, para 98.921 toneladas, com uma moeda muito fraca assistindo a competitividade de preços do produto norte-americano.

Uma vez o maior mercado de carne bovina australiana, o mercado dos Estados Unidos se contraiu novamente em 2010-11, caindo em 24% com relação ao ano anterior, para 160.003 toneladas – o menor volume anual total desde 1965-66. O declínio nas exportações australianas aos Estados Unidos foi devido a uma combinação de fatores, incluindo: enfraquecimento da demanda norte-americana, alto dólar australiano, maiores barreiras administrativas em acessar o mercado, enquanto a competição por carne bovina processada australiana aumentava globalmente mais notavelmente na Rússia.

As exportações australianas de carne bovina e de vitelo à Coreia do Sul aumentaram em 12% em 2010-11, para 139.197 toneladas, à medida que a demanda por carne bovina importada na Coreia aumentou durante o ano. A forte demanda de consumo, combinada com uma menor produção doméstica, impulsionou um aumento nos produtos da maioria dos fornecedores, mas mais notavelmente, dos Estados Unidos.

A importância dos mercados de carne bovina fora de Japão, Estados Unidos e Coreia aumentou em 2010-11, com as exportações totais a outros mercados alcançando 286.700 toneladas ou 31% do total dos envios no ano. Esse foi o maior volume desde 1978-79 e a maior proporção dos envios desde 1982-83. Em contraste, as exportações para outros mercados representaram somente 7,6% das exportações totais em 2004-05 e foram em média 16% para a década passada.

A Rússia foi um mercado com grande crescimento em 2010-11, aumentando em 200% com relação ao ano anterior, alcançando um recorde no ano fiscal de 71.418 toneladas. As maiores exportações à Rússia foram facilitadas pelas menores ofertas de fornecedores tradicionais da América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina, enquanto a demanda dos consumidores aumentou após as condições ruins do ano anterior.

Também foram registrados recordes nos envios de carne bovina australiana para o Oriente Médio (29.118 toneladas), China (7.169 toneladas) e Cingapura (8.257 toneladas) em 2010-11, aumentando em 50%, 66% e 16%, respectivamente, com relação ao ano anterior. Também foram registradas maiores exportações com relação ao ano anterior para União Europeia (UE), aumentando em 52% com relação ao ano anterior, para 12.346 toneladas – o maior volume em um ano fiscal desde 1998-99.

Junto com a forte contração dos Estados Unidos, as exportações australianas também declinaram para Taiwan (queda de 1%, para 31.491 toneladas), Canadá (queda de 28%, para 6.928 toneladas) e Hong Kong (queda de 27%, para 5.759 toneladas).

Apesar de as exportações para a Indonésia terem caído em 9% com relação ao ano anterior, para 45.065 toneladas, foi ainda o segundo maior volume em um ano fiscal registrado, ficando 52% acima da média dos últimos cinco anos.

A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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