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Preço do boi deve chegar a R$2/kg no RS

As perspectivas para a cotação do boi no Rio Grande do Sul nos próximos meses são positivas. A avaliação é do presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Fernando Adauto. Ele acredita que até o final do ano o preço do quilo do boi chegue a R$ 2 no mercado gaúcho.

A previsão deve-se à possível diminuição da oferta e à expectativa quanto às exportações. “Os preços melhoraram muito nos mercados internacionais para os cortes tradicionais e para os miúdos”, destacou. A redução na oferta é creditada ao final das vendas realizadas para a liberação das áreas de plantio da soja e às condições desfavoráveis das pastagens.

Enquanto não conquistar R$ 2 para o quilo do boi, a pecuária gaúcha não estará satisfeita, disse Adauto. “Só assim poderemos trabalhar com rentabilidade”.

Da mesma forma pensa o presidente do Núcleo Brangus Sul-Riograndense, Cláudio de Souza Caldas, lembrando que o custo de produção dos criadores é de R$ 1,70 por quilo. “Os insumos sofreram reajustes, assim como o transporte. O interessante é que o consumidor paga cada vez mais pela carne no supermercado”, ressaltou.

Nos últimos meses o preço apresentou melhora no Estado, com o quilo valendo cerca de R$ 1,75. No primeiro semestre, entretanto, os produtores recebiam R$ 1,45. “A ocorrência da aftosa fragilizou a cadeia produtiva do Rio Grande do Sul, causando sérias dificuldades financeiras”, afirmou Caldas.

A medida do governo estadual para extinguir os benefícios fiscais da carne comprada do Centro-Oeste deve ajudar a alavancar os negócios e colaborar para a reestruturação das indústrias, concluiu o produtor. “Hoje apenas o frigorífico Mercosul está exportando, o que é pouco para o Estado”.

Para os remates e feiras da primavera as expectativas também são favoráveis. “Os produtores estão interessados em investir em genética e agora os gaúchos podem receber os compradores do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que certamente estarão aqui para a realização de negócios”, apontou Adauto.

Fonte: Jornal do Comércio/RS (por Denise Sauressig), adaptado por Equipe BeefPoint

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