Era preciso criar uma linha de cortes com foco para a nova classe média que está emergindo. Mas o que quer essa nova classe média afinal de contas? "Estamos constantemente nos adaptando, ouvindo o que as pessoas querem."
Sylvio Lazzarini certa vez olhou para o outro lado da rua de sua Intermezzo – loja especializada em cortes especiais de carnes – e viu que todos os prédios que estavam brotando ali na Mooca tinham como destaque a tal da “varanda gourmet”. Fornecedor de alguns dos principais restaurantes de São Paulo – e dono do Varanda Grill, para muita gente a melhor casa do gênero na capital paulista -, Lazzarini viu então um nicho cheio de potencial.
Era preciso criar uma linha de cortes com foco para a nova classe média que está emergindo. Mas o que quer essa nova classe média afinal de contas? “Estamos constantemente nos adaptando, ouvindo o que as pessoas querem.”
Uma peculiaridade, por exemplo, foi a exigência de muitos dos consumidores, que ligavam perguntando pela picanha argentina. Não aceitavam prime ribs ou outros cortes. Aí foi criada a linha Especial, puxada evidentemente pela picanha argentina, mas também com bife de chorizo, o ancho e a maminha – com preços de R$ 49,90 a R$ 32.
Essa linha mais “básica” se junta às outras da Intermezzo: Superior, Premium e Superpremium. A diferença entre elas é basicamente a maior cobertura de gordura e a chamada marmorização – a gordura entremeada. Quanto maiores esses fatores, mais alto na escala de classificação.
“As carnes da linha Especial seguem o mesmo padrão mantido pela Intermezzo em todas as suas linhas de produtos.” Lazzarini acredita que o futuro de seu negócio direto com o consumidor passa por duas vertentes: os pedidos pela internet e a expansão dos empórios mais sofisticados.
Está aí um ponto importante: ele tem confiança num crescimento sustentado do Brasil. E quer estar pronto para participar dele.
0 Comments
Porque sera que as pessoas não pedem logo um sistema de tipificação de carcaça que identificasse a carne jovem e tenra do nosso gado ao inves de ficar buscando ,pessoas, marcas etc que servem apenas uma região ou classe social definida?
Vamos pensar grande pessoal!
Vamos retomar esta bandeira!
abraços
Olá Modesto,
O tema tipificação de carcaças muito interessa ao BeefPoint.
Vamos retomar o projeto do webseminário sobre o tema, para debater a fundo o assunto.
Um grande abraço, Miguel
Bom pessoal,
Seria ótimo se fizesse isso que o Modesto esta falando, porem não é bem assim que acontece nos frigorificos, tem muita burocracia e muita gente envolvida nisso. Portanto para que isso aconteça temos que mostrar financeiramente para as industrias que é viavel, pois eles vão ter que mobilizar seus colaboradores da pesquisa, custos para desenvolver uma linha diferente de produto, portanto precisamos ter certeza que temos clientes fixos e que paguem bem.
Miguel esse assunto de tipificação de carcaça também me interessa sou certificador de carne para o Chile, e trabalho com tipificação de carcaçs diariamente.
Um abraço, Bruno
Ola Bruno,
Obrigado pelo seu comentario.
Minha ideia de um sistema de tipificação de carcaça seria o de envolver uma area oficial do MAPA para chancelar.Alias este sistema ja foi desenvolvido por pessoas que estão por la. O que precisa é de coragem politica para fazer isto.
Alem do mais, seria uma ferramenta poderosa para promover a melhoria da pecuaria nacional. Quem produzisse com maior tecnologia(nutrição e manejo), melhores animais(genetica), menor impacto ambiental (Boas praticas e recuperação areas degradadas), seria melhor recompensado.
O bonus seria daquele que evolui portanto beneficiaria toda a cadeia produtiva da carne.
O Miguel, agora dedicado exclusivamente ao Beefpoint;Parabéns pelo feito; acho que ja entendeu o potencial desta ferramenta para tôda a cadeia.
Um abraço
Modesto
Modesto,
Muito boa sua idéia, podemos discutir mais sobre o assunto com mais tempo
Um abraço
Bruno Biondi