O abate de bovinos em Mato Grosso, no acumulado entre janeiro a julho de 2011, chegou a 2,706 milhões de cabeças, o maior volume no período desde 2007. Com isso, o número de abate neste início da entressafra registrou o número de 407,0 mil cabeças em julho, um aumento de 6,6% em relação a junho, quando foram abatidas 381,8 mil cabeças, segundo o Indea.
O abate de bovinos em Mato Grosso, no acumulado entre janeiro a julho de 2011, chegou a 2,706 milhões de cabeças, o maior volume no período desde 2007. Com isso, o número de abate neste início da entressafra registrou o número de 407,0 mil cabeças em julho, um aumento de 6,6% em relação a junho, quando foram abatidas 381,8 mil cabeças, segundo o Indea.
Esse grande volume ficou apenas 4,1% abaixo do pico de maio, quando foram abatidas 424,5 mil cabeças no Estado. Apesar da expressiva elevação da oferta, o mercado se manteve firme no mês de julho, enfrentando uma maior pressão de baixa a partir de agosto.
Desse modo, no mês de julho, que marca o início das entregas de animais terminados de confinamentos, o volume desses animais enviados aos frigoríficos, aparentemente, foi a origem do aumento da entrega de animais.
Segundo dados do Secex, no mês de agosto, as exportações de carne bovina, em equivalente carcaça, de Mato Grosso, apresentaram uma recuperação em seus números na comparação com o mês anterior, com os embarques apresentando acréscimo de 46,0%, 4,8 mil toneladas a mais que julho, chegando a 15,4 mil toneladas. Mesmo com essa variação positiva em agosto deste ano, o volume ainda é 36,3% inferior que em agosto de 2010.
Apesar do viés negativo, em razão do embargo russo e a consequente queda de 44,0% no volume total exportado pelo Estado no mês de julho, o número apresentou melhora, com as exportações evoluindo para destinos como Oriente Médio, Venezuela, Hong Kong, e principalmente para a União Europeia. Somente o bloco europeu aumentou suas importações do Estado em 141,4% no mês, passando de 0,8 mil tonelada para 1,92 mil tonelada.
Oferta e demanda
Segundo dados do Indea, o abate de bovinos acumulado de janeiro a julho de 2011 chegou a 2,706 milhões de cabeças, o maior volume no período desde 2007, quando foram abatidas 3,207 milhões de cabeças. O aumento no número de animais encaminhados aos frigoríficos do Estado em 2011 foi possível devido à maior participação de fêmeas, somando 1,328 milhão de cabeças, representando 49,1% do contingente, contra a média de 35,8% e 39,4% de 2010 e 2009, respectivamente.
O número de abate em julho de 2011 é superior em 9%, 11%, e 15% ao mesmo mês dos anos de 2010, 2009 e 2008, respectivamente. Desse modo, a elevação dos números de abate ano após ano revela uma lenta recuperação da cadeia após os efeitos da crise no setor, a partir de 2008, no Estado.
A arroba do boi gordo comercializado no Estado finalizou a semana a R$85,93 à vista, com recuo de R$0,30, variação negativa de 0,34% em relação à semana passada. Entretanto, a vaca gorda encerrou em alta e fechou negociada a R$ 78,57/@ à vista, leve valorização de 0,09% na semana.
Noroeste: O boi gordo na região noroeste fechou a semana com a arroba sendo cotada a R$86,31, queda de 0,60% na semana, obtendo negócios em Brasnorte a R$89,00 à vista na sexta-feira.
Norte: Com desvalorização de 0,93%, o norte do Estado encerrou a semana com preço médio de R$ 86,85/@, com máxima de R$ 87,20/@. Houve registros de negociações a R$87,00/@ à vista na cidade de Alta Floresta.
Nordeste: Foi registrada na região nordeste precificação à vista de R$82,54/@, 0,11% a menos que o registrado na semana anterior, com negociações deR$85,00/@ à vista na cidade de Canarana.
Médio-Norte: O boi gordo foi cotado na região médio-norte a um preço médio de R$86,45/@, baixa de R$ 0,72 na semana. Houve negócios a R$88,00/@ à vista, na cidade de Sinop.
Oeste: A arroba do boi gordo, na região oeste, encerrou a semana sendo comercializada a R$86,92, obtendo recuo de R$0,27, ou seja, 0,31% em relação à média da semana anterior. Houve indicações de preços a prazo de R$88,00/@ em Mirassol D´Oeste, na terça-feira.
Centro-Sul: Na região centro-sul a arroba do boi gordo terminou a semana com o preço de R$ 87,64, incremento de 0,11% em relação à semana passada. Houve registros de negociações na cidade de Tangará da Serra a R$ 89,00/@ à vista na última sexta-feira.
Sudeste: O boi gordo obteve valorização de 0,03% na região sudeste em relação à média da semana anterior, encerrando a semana com a arroba cotada a R$ 85,76. Negócios ocorreram na cidade de Rondonópolis a R$ 86,00/@ à vista, no dia 8.
Reposição
Em pleno período de entressafra, observa-se o mercado firme de algumas categorias do gado para reposição, dentre eles a vaca solteira. Em agosto, a vaca magra foi negociada com média de R$ 827,02/cab, valorização de 0,52% em relação ao mês anterior.
Na comparação com o período semelhante do ano anterior, a alta acumulada fica em 13,71%. Alta sustentada pela valorização da arroba da vaca gorda, que em agosto registrou incremento de 0,97%, cotada na última semana a R$ 78,36/@ à vista, e que no acumulado de 12 meses obteve um acréscimo de 27,37%.
A maior remuneração pelos animais terminados, em relação aos anos anteriores, tem feito com que os preços pagos pelo gado magro em geral tenham se sustentado em níveis superiores.
Relação de troca
Neste último mês de julho, o preço de alguns produtos utilizados pelo pecuarista na manutenção de sua fazenda se mantiveram estáveis, como, por exemplo, o arame liso utilizado em cercas para demarcação da fazenda e separação de pastos para o gado. Em comparação com junho o preço desse produto variou apenas 0,15%, se mantendo com valor médio de R$ 302,95/km.
Nesse mesmo período a arroba do boi variou positivamente em 1,35%, terminando julho com média de R$ 86,37. Esse movimento de ambas as precificações resultou numa pequena diminuição na relação de troca entre esses produtos, passando de 3,55@/km para 3,51@/km. No mês de agosto a arroba encerrou cotada a R$ 87,07, registrando valorização de 0,81% em comparação com julho.
Mercado futuro
O fraco compasso das cotações no mercado físico tem feito com que os contratos futuros apresentem queda. O contrato de primeiro vencimento, para setembro, após trabalhar durante toda a semana na casa dos R$ 100,00/@, encerrou o pregão de sexta-feira abaixo dos R$ 100,00, negociado a R$99,25/@, aproximando-se assim do indicador financeiro do mercado físico, que registrou durante toda a semana valores abaixo dos R$ 100,00, e ao final de sexta-feira indicava o valor de R$ 99,21/@.
Com a aproximação da liquidação dos contratos, cresce a influência do desempenho dos preços do mercado físico nos contratos futuros, e persistindo a pressão baixista pode acarretar nova queda nos vencimentos futuros.
As informações do IMEA-MT, adaptadas pela Equipe BeefPoint.