A estratégia do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Seder), para a imunização do rebanho bovino e bubalino do Estado, na etapa de novembro já está definida. A campanha de vacinação contra a aftosa será realizada de 1 a 30 de novembro, com exceção do baixo pantanal mato-grossense, onde o período se estende até 15 de dezembro.
Considerando o crescimento do rebanho bovino em Mato Grosso nos últimos nove anos, a perspectiva do Indea é vacinar cerca de 22,5 milhões de cabeças. “Se não vacinarmos, podemos perder todo o esforço desenvolvido até aqui”, ressaltou o presidente do Indea, Décio Coutinho. Mato Grosso é área livre da doença com vacinação desde janeiro de 2000.
No dia 24 de outubro, o lançamento da campanha acontece em São José do Xingu, que pertence à regional de São Feliz do Araguaia. Na regional de Barra do Garças, acontece no dia 25, e nas regionais de Alta Floresta e de Sinop, será no dia 31.
Segundo a diretora técnica do Indea, Maria Auxiliadora Rocha Diniz, foram solicitadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 25 milhões de doses de vacina. “Em reunião com as empresas distribuidoras de vacina no Estado, na quarta-feira (15/10), obtivemos informações sobre o estoque e o preço médio do produto no Estado. Estas são informações importantes que deverão ser repassadas aos produtores. Tivemos a garantia de que o produto não vai faltar em Mato Grosso”, disse.
O preço médio do produto também é considerado acessível, em torno de R$ 1, dois centavos a mais do que o preço médio da etapa de maio, de R$ 0,98.
Uma medida que, de acordo com o presidente do Indea, será fundamental para que o Estado atinja o índice de 100% de vacinação é a criação de Comitês de Sanidade Animal em Assentamentos Rurais. O primeiro comitê será oficializado, na semana que vem, em Tangará da Serra no assentamento Antonio Conselheiro. Formado por representantes das famílias assentadas, que serão treinados para realizar a vacinação, o comitê terá a responsabilidade de receber a comunicação do procedimento.
“O agricultor familiar, geralmente, tem dificuldade em vacinar porque tem poucas cabeças de gado e é complicado comprar um frasco para imunizar duas ou três cabeças e depois ter que ir até a cidade para comunicar a vacinação. O comitê será orientado pelos técnicos do Indea para realizar todo o procedimento”, explicou Coutinho.
Fonte: Diário de Cuiabá/MT, adaptado por Equipe MilkPoint