Os grandes desafios do Brasil para ganhar mais mercado para a sua carne são a padronização, a organização do sistema de rastreabilidade, o desenvolvimento de novos produtos e a modernização do transporte. Esse foi o tema do painel “O Panorama das Exportações Brasileiras de Carnes”, que abriu a Feira Internacional de Tecnologia Agropecuária (Agromix) ontem (27), na Federação das Indústrias Exportadoras do RS (Fiergs), em Porto Alegre.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec), Jorge Camardelli, disse que a inclusão de mais dez países na União Européia e a conquista do mercado estadunidense pelo Brasil mudarão as relações comerciais da carne no mundo. Adiantou, porém, que o acesso aos EUA não se dará em 2004.
Ingressar nesse mercado significa passaporte direto para o Japão e outros países que seguem as mesmas exigências sanitárias. Camardelli lembrou que o grande concorrente do Brasil é a Austrália, dona das maiores cotas nos mercados estadunidense e canadense.
O Brasil tem na União Européia seu principal mercado, mas precisa aumentar a participação em carnes industrializadas.
No primeiro semestre deste ano, os embarques brasileiros cresceram 68,08% em comparação aos de igual período de 2002. Foram exportadas 295,8 mil toneladas contra 176 mil entre janeiro e julho do ano passado. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em receita, houve aumento de 37,64%, com movimento de US$ 48 milhões.
Fonte: Zero Hora/RS e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint