Em outubro, as exportações brasileiras totalizaram US$ 7.566 milhões e as importações, 5.023 milhões, resultando em superávit de US$ 2.543 milhões. O valor das exportações no mês é recorde histórico mensal, superando o anterior, US$ 7.280 milhões, registrado em setembro de 2003, e mantendo, nestes dois meses, as exportações em patamar mensal acima de US$ 7 bilhões.
Na comparação com outubro de 2002, as exportações cresceram 16,9%, pela média diária. Sobre o mês anterior (setembro/2003), apresentaram-se estáveis, pela média diária, com redução de apenas 0,6%. Esse desempenho deveu-se às vendas de produtos básicos, com US$ 2.387 milhões, e de manufaturados, com US$ 4.014 milhões, valores que também são recordes mensais. É a primeira vez que as exportações de manufaturados chegam à faixa de US$ 4 bilhões mensais. Sobre outubro de 2002, os produtos básicos cresceram 24,8% e os manufaturados, 19,0%.
Quanto a mercados, além do crescimento para países não-tradicionais, as economias dos três principais países de destino das exportações brasileiras – Estados Unidos, China e Argentina – têm apresentado expansão, o que contribui para o aumento da demanda por produtos brasileiros. De acordo com dados recentes, as economias estadunidense e chinesa cresceram, respectivamente, 7,2% e 9,1% no 3º trimestre/2003 em relação ao 2º trimestre/2003, enquanto a Argentina apresentou expansão de 6,4% entre janeiro e agosto, comparado com igual período de 2002.
No mês, as importações também apresentaram expansão, ao totalizarem US$ 5.023 milhões, o maior valor mensal registrado desde agosto de 2002. Sobre outubro de 2002, o aumento chegou a 17,3%, e 4,2% acima das de setembro de 2003.
As categorias de produtos que mais cresceram, na comparação com outubro/2002, foram bens de capital, matérias-primas e intermediários, combustíveis e lubrificantes, e bens de consumo duráveis. Sobre o mês anterior, cresceram bens de capital (18,3%) e combustíveis e lubrificantes (5,4%), enquanto as compras de matérias-primas e lubrificantes permaneceram estáveis.
No acumulado janeiro/outubro, as exportações somaram US$ 60.356 milhões e as importações, US$ 40.016 milhões, resultando em superávit de US$ 20.340 milhões. Tanto o valor das exportações quanto o superávit comercial são recordes históricos para os dez primeiros meses do ano.
As exportações até outubro somam o valor exportado durante todo o ano de 2002 – US$ 60,4 bilhões -. Na comparação com os mesmos meses de 2002, as exportações evoluíram 20,7%, enquanto as importações apresentaram ligeiro crescimento – 0,2% -, invertendo o sinal em relação à taxa negativa de 1,9%, no comparativo do acumulado do mês anterior (janeiro/setembro-2003/2002).
No período de doze meses, compreendendo novembro/2002 a outubro/2003, as exportações totalizaram US$ 70.726 milhões e as importações, US$ 47.311 milhões, com superávit de US$ 23.415 milhões. Em comparação com equivalentes meses do período anterior (novembro/2001 a outubro/2002), as exportações ampliaram-se 20,2% e as importações decresceram 0,7%, taxa esta menor do que a de -3,2%, ocorrida no comparativo do acumulado de doze meses de setembro.
O valor das exportações e o superávit comercial são recordes históricos para períodos de doze meses, sendo que é a primeira vez que as exportações alcançam o patamar de US$ 70 bilhões em doze meses.
Na exportação por fator agregado, no grupo dos básicos, as taxas mais relevantes, na comparação com outubro/2002, pela média diária, ficaram por conta das exportações de algodão (130%), minério de ferro (87%), carne bovina (74%), milho em grão (43%), soja em grão (37%) e carne de frango (7%).
As exportações brasileiras, no comparativo outubro-2003/2002, pela média diária, cresceram para a maioria dos blocos econômicos, com exceção dos Estados Unidos e África. Destacou-se o desempenho das exportações para o Mercosul, com expansão de 96%, motivada principalmente pelas vendas para a Argentina, que se elevaram 119,8%, ao passarem de US$ 232 milhões para US$ 510 milhões.
Outros blocos também apresentaram crescimento nas compras de produtos brasileiros: União Européia (29,4%); Ásia (16,7%); Aladi, exceto Mercosul (12,7%); Europa Oriental (12,6%); e Oriente Médio (1,5%). Com relação aos Estados Unidos e África, houve decréscimo de 6,0% e 4,1%, respectivamente. Os principais mercados de destino das exportações brasileiras em outubro foram, pela ordem, Estados Unidos, China, Argentina, Países Baixos e Alemanha.
Por mercados fornecedores, houve aumento das compras de todas as regiões, com exceção do Oriente Médio e Europa Oriental. As taxas mais expressivas, comparando-se os períodos outubro de 2003 e de 2002, ocorreram nas aquisições oriundas da África, Ásia, Estados Unidos e ALADI – do Mercosul, o aumento alcançou 12,5% – e União Européia.
De janeiro a outubro de 2003, com relação a exportações por fator agregado, as vendas das três categorias de produtos em janeiro-outubro/2003 – manufaturados (US$ 32.293 milhões), básicos (US$ 17.910 milhões) e semimanufaturados (US$ 9.053 milhões) – apresentaram valores recordes históricos para o período.
Na comparação com janeiro/outubro de 2002, os básicos cresceram 25%, tendo como principais produtos: soja em grão (45%), minério de ferro (17%), farelo de soja (14%), petróleo em bruto (20%), carne de frango (23%), café em grão (13%), fumo em folhas (12%), carne bovina (47%) e carne suína (11%).
Quanto aos semimanufaturados, o crescimento chegou a 23,6%, destacando-se, entre outros produtos, couros e peles, com aumento de 14%. No grupo dos manufaturados, que representa 54% da pauta, houve aumento de 19,3%.
Por mercados de destino, as exportações se ampliaram para todas as principais regiões, no comparativo janeiro/outubro-2003/2002. Por países, os principais mercados compradores foram Estados Unidos, China, Argentina, Países Baixos e Alemanha.
As importações, no mesmo período comparativo, mantiveram-se estáveis. Houve retração nas aquisições de bens de capital (-14,9%) e bens de consumo (-7,1%), compensadas pelo aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes (9,6%) e matérias-primas e intermediários (7,2%). Por mercados de origem, as importações se ampliaram para África, Europa Oriental, Oriente Médio, Ásia e Mercosul. Houve decréscimo nas importações dos EUA, Aladi, exceto Mercosul e União Européia.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, adaptado por Equipe MilkPoint