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RS perde R$ 126,7 milhões com abate clandestino

Ao mesmo tempo em que o Brasil conquista espaço no mercado internacional de carne bovina, o Rio Grande do Sul calcula os prejuízos gerados pela desestruturação da cadeia produtiva. Entre os números negativos que fazem parte da pecuária de corte do Rio Grande do Sul, está uma perda anual de R$ 126,7 milhões com a sonegação provocada pelo abate clandestino de gado.

O dado faz parte de um relatório divulgado ontem (10) pela CPI das Carnes da Assembléia Legislativa. O documento considera o abate irregular de um milhão de cabeças a cada ano. O trabalho apresenta a distribuição da carga tributária sobre a carne bovina, somando impostos estaduais e federais. “Além das perdas tributárias, alertamos as autoridades para o fato mais grave, que é a saúde pública e a falta de segurança alimentar”, salientou o presidente da CPI, deputado Jerônimo Goergen (PP).

O documento também detecta a falência da estrutura estadual de fiscalização sanitária. Nos últimos dez anos, houve uma redução de 50% no quadro pessoal do Departamento de Produção Animal (DPA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura. Há dez anos, eram 360 veterinários e 1,8 mil auxiliares rurais. Hoje, são 172 veterinários e 600 auxiliares rurais com a responsabilidade de inspecionar 440 empresas.

Em depoimento à CPI, a diretora do Departamento de Produção Animal da Secretaria da Agricultura, Ildara Vargas, fez um alerta. “Se não houver a imediata reestruturação da defesa sanitária, o Rio Grande do Sul corre sérios riscos de permitir a entrada de outras enfermidades e perder mercados para exportação em virtude das deficiências estruturais”. Ildara confirmou a defasagem no quadro de servidores: “Precisaríamos de mais 250 veterinários para o trabalho de defesa e outros 200 no setor de inspeção”.

Fonte: Jornal do Comércio/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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