Índices e Indicadores econômico-financeiros – (parte II)
21 de março de 2003
Saldo da balança chega a US$ 3,1 bi
25 de março de 2003

A cara do nelore – comentário

As críticas feitas pelo distinto criador Tibery Jr concentram-se no ambiente de pista que sempre nos pareceu mal correlacionado com a produção comercial de boas carcaças em regime de pasto.

As pequenas diferenças de GPD entre 1.3 ou 1.5 kg são irrelevantes face aos demais fatores a analisar, como o artificialismo da cocheira, da ama leiteira, da superalimentação para monogástricos e dos hormônios indutores de crescimento.

Em ambiente de pasto, ao natural, o rápido ganho de peso é importante, desde que acompanhado de boa conformação da carcaça, precocidade de acabamento e de índole dócil, traços esses mascarados pelo regime de nutrição intensiva, em contínuo contacto com o tratador.

Por outro lado, entre duas novilhas de 18/24 meses, criadas no mesmo ambiente de campo, a melhor é a que concebe primeiro, pois essa precocidade tem valor econômico, tanto quanto a fertilidade e a longevidade, esta muito bem lembrada.

Concordo que as características raciais são importantes para identificar a raça, sem exageros de descartar um bom animal por pequenos senões permissíveis. Quanto à admissão de animais LA, devíamos, pelo menos, seguir a regra de 3 ou 4 gerações prévias de fêmeas superiores, sempre filhas de touros PO provados.

O grande mérito da crítica do Orestes é re-abrir a discussão em torno dos verdadeiros critérios para melhoramento visando à produção de carne vermelha em larga escala. Nosso Nelore é imbatível pela adaptação às condições tropicais de calor e de escassez alimentar periódica. Pode e deve ser melhorado, sem que venha a perder essa característica fundamental.

Os comentários estão encerrados.