A indústria da recuperação judicial e a prisão dos donos do Frigol

A recuperação judicial se tornou uma indústria para acobertar empresários irresponsáveis, quando não criminosos. A justiça deve proteger a sociedade destes tipos de empresários, incriminando-os, do contrário vamos continuar assistindo a "indústria da recuperação judicial" transformando os criminosos donos de frigoríficos em vítimas e nós pecuaristas em bandidos.

A recuperação judicial se tornou uma indústria para acobertar empresários irresponsáveis, quando não criminosos.

Frigoríficos em crise, muito bem assessoradas pelos advogados da “indústria da recuperação judicial”, planejam com meses de antecedência o golpe que será dado à sociedade. Contando como certa a aprovação do pedido de recuperação, o frigorífico trabalha até o último minuto, como se tudo estivesse normal, com isto conseguem manter a confiança dos fornecedores. De forma sorrateira, do dia para noite, paralisam as atividades, alegando que foram pegos pela crise e que por isso não podem pagar os fornecedores. Esta estratégia permite ao frigorífico fazer um bom caixa, já que parte das compras eram realizadas a prazo.

Da mesma forma instantânea e surpreendente quanto foi a paralisação é o pedido de recuperação judicial, que logo é aprovado e simultaneamente colocado em execução o plano de recuperação. O frigorífico que fez um bom caixa, agora tem as condições que lhe são convenientes para pagar os credores.

Esta é uma boa maneira para enfrentar a crise, à custa do sofrimento de milhares de pecuaristas e trabalhadores. É por isto que não se vê nenhum dono de frigorífico, mesmo em recuperação, deixando de andar no seu jatinho particular.

A justiça de Rondônia ao decretar a prisão temporária dos empresários Djalma e Devaldo do grupo Frigol, um dos mais recentes a pedir recuperação, abre importante precedente no país, entendeu que o empresário deve ser punido pelos seus atos, agir de forma irresponsável, arriscar a sorte e colocar a economia popular em risco é crime.

Em Rondônia ainda existe um legado dos tempos dos garimpos, da irresponsável ilusão da obtenção da riqueza fácil. Por isto, muitos quando não têm mais aonde recorrer, resolvem vir para o Estado, como última cartada.

Dentre estes, recorrentemente assistimos o caso de alguns frigoríficos, operaram durante um período, paralisaram suas atividades, não honram com o pagamento aos pecuaristas, deixam milhares de trabalhadores sem emprego, entretanto, os bois se vão e com eles a riqueza do estado. Rondônia se tornou território fértil para este tipo de empresário.

É de conhecimento público que desde o final de 2008 o setor frigorífico vem passando por dificuldades. Entretanto, mesmo diante da crise, o grupo Frigol resolve inaugurar em janeiro de 2010 uma unidade arrendada em Pimenta Bueno, Rondônia.

O Grupo Frigol, ao abrir uma planta em plena crise em Pimenta Bueno, trabalhar durante um período, paralisar suas atividades, não pagar os credores, ingressar com pedido de recuperação judicial, conforme vem sendo apurado pelo inquérito policial instaurado contra o Frigol agiu de forma criminosa.

A justiça deve proteger a sociedade destes tipos de empresários, incriminando-os, do contrário vamos continuar assistindo a “indústria da recuperação judicial” transformando os criminosos donos de frigoríficos em vítimas e nós pecuaristas em bandidos.

0 Comments

  1. francisco eduardo de queiroz pereira calças disse:

    parabéns, a justiça de rondônia, tem mais donos de frigorificos que deveriam estar atraz das grades

  2. mauro gualberto da silva disse:

    prezado OBERDAN,

    por essas e por outras que o no Brasil, as coisas nao vao bem, veja que hoje sao mais de 33.000 ex empregados, que nao tiveram seus acertos trabalhistas realizados, suas contribuicoes sociais e demais pleitos legitimos, simplismente deixados de lado.
    quero expressar a minha indiguinacao, minha repudia e meu descontentamento com o que voce enfatizou ,(INDUSTRIA DA RECUPERACAO JUDICIAL), o governo nao tem pulso forte e ai vamos nos, maior produtor mundial de carne bovina,mas com um seguimento que nao se sustenta,
    diz um velho ditado ( uma corrente e tao forte, quanto o mais fraco de seus elos) acho que noa e necessario dizer mais nada….
    boa tarde e parabens pela mensagem…

  3. Denio Altivo de Oliveiro disse:

    Parabéns ao “Dr.”Oberdan Pandolfi,pelo artigo em que coloca todos os “donos”de frigoríficos no mesmo balaio,como se fôssemos todos pessoas da mesma índole,lembrando-o que existem empresários incompententes em todos os ramos e também consultores que nada sabem e mesmo assim tem o direito de generalizar sem primeiro conhecer da causa.Lembro ao digníssimo professor que existem sim no nosso ramo empresas com mais de 20 anos de atuação no mercado e que ás vezes são largadas de lado talvêz pela oferta digamos de 0,50 a mais pelo preço de mercado e que nessa hora o produtor não olha cadastro,não olha parceria,não olha estabilidade empresarial,como quem só faz conta de margem,vende sua mercadoria sem a menor cerimônia para esses eventuais aproveitadores de mercado.Vai uma dica aí para saber separar o jôio do trigo:venda á vista,valorize seu parceiro de anos,não aja como mercenário e por último,consulte a vida da empresa,veja se os preços estão no patamar das empresas de renome no mercado,e fique de olho naquele velho ditado,quando a esmola é demais,o santo tem que desconfiar! Se o santo não desconfia,vira próxima vítima.Espero ter contribuído.
    Abraços.

  4. Giancarlo Netto Herter disse:

    OK! ótima publicação. Se não dermos um basta neste tipo de situação teremos mais e mais frigoríficos atuando na máfia da recuperação judicial, temos um grande exemplo do Independência que acabou de suspender os pagamentos e volta a pagar sua renegociação só daqui a dois meses. Isto tem que acabar…

  5. Marcos de Azevedo Teixeira Gomes disse:

    É dificil julgar as situações das empresas, a recuperação judicial é um mecanismo prevista em Lei.

    E no caso do Frigol, depois de quarenta anos trabalhando do açogue a edificação das unidades de abates com recursos próprios, acredito que não iriam jogar pelo ralo uma vida inteira de luta.

    Porem, atividade de frigorificos deveriam ter uma fiscalização mais intensa das operações pelo Governo, realmente para evitar estes constangimentos do não recebimento de nossas mercadorias, e, venda para a industria somente à vista.

  6. jose airton schiabel junior disse:

    puxa vida !!!!

    e triste isso…..

  7. Ernesto Guimarães disse:

    Como credor do Frigol, NÂO compartilho da opinião de Oberdan P. Ermita.
    Vendemos gado p/ o Frigol a quase 20 anos e eles SEMPRE foram pontuais em seus compromissos. Essa situação ao nosso ver é fruto da política do nosso governo federal, de financiar somente os grandes Frigorífcos em detrimento dos médios e pequenos.
    Isto sim pode ser considerado um crime contra o livre comércio e a economia popular pois incentiva o OLIGOPÓLIO.
    Esta medida extremada e sem fundamento deste juiz só vai piorar ainda mais a situação, pois irá causar uma grande impacto econômico e social na medida em que o frigorifico corre o risco de ir a falência.
    Ficaríamos assim a merce dos “grandes” frigoríficos ditando o preço a seu bel prazer e convenência.

  8. Oberdan Pandolfi Ermita disse:

    Hoje um ponto muito observado pelos agentes financeiros para a concessão do crédito refere-se a gestão da empresa. Empresas antigas, que possuem uma gestão familiar, onde vários parentes ocupam cargos, é visto com muito receio pelo agente financiador. A literatura aponta que há grande risco neste tipo de organização. É preciso saber até que ponto empresas que se dizem “vítimas” e não tem acesso ao crédito, possuem efetivamente uma gestão profissional.
    É verdade que tudo aponta que o BNDES tem uma política de crédito que vem beneficiando alguns grupos, entretanto isto não deve servir como justificativa para empresários em plena crise (principalmente aqueles que estão sem crédito) se aventurarem abrindo novas plantas, já que justamente porque estão em dificuldades poderão colocar em risco a economia de uma determinada região.
    A justiça de Rondônia ao decretar a prisão temporária dos empresários Djalma e Devaldo do grupo Frigol, abre importante precedente no país, entendeu que o empresário deve ser punido pelos seus atos, agir de forma irresponsável, arriscar a sorte e colocar a economia popular em risco é crime.

  9. guilherme woiciek disse:

    Caro Oberdan,

    Artigo muito bem formulado,expressando a indignação,creio que de todos os pecuáristas e profissionais ligados a área,não julgando esse ou aquele empresário,mas se revoltando com a principais ferramentas dos “desonestos” em nosso País,que é a IMPUNIDADE,e a conivência do nosso governo!

    Abraços

  10. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Senhor Oberdan Pandolfi Ermita,

    Em sua resposta fica clara a sua total ignorância sobre o setor,bem como sobre as situações que ensejam problemas como os que o FRIGOL vem passando.

    O senhor com o seu infeliz texto,que só poderia ter sido publicado neste meio,por ser realmente democrático,esta chamando a todos os empresários do setor que estão em dificuldade de irresponsáveis,e isto é a mais absoluta inverdade,tem de fato um ou outro empresário se valendo do artifício da Recuperação Judicial,mas em absoluto isto da direito a quem quer que seja de generalizar,pelo contrario,isto é a grandiosa minoria de um ou dois empresários.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  11. adilson aparecido frassato disse:

    Senhores o caso é muito serio ate quando carne carne no atacado sera vendida em arrobas mais barata do que o pago no boi, hoje por exemplo araçatuba paga 92,00 na arroba e a carne e vendida em São Paulo a 90,60, a mais tem subproduto, mas não cobre custos industriais, a mas em Alta Floresta o boi e 85,00, mas e para trazer essa carne para São Paulo, tem custo. Ate quando os dois lados da cadeia vão fechar os olhos para essa situação. Abraços a todos.

  12. Oberdan Pandolfi Ermita disse:

    Senhor Evándro d. Sàmtos.
    Me desculpa se o texto deu a entender que todos os empresários são irresponsáveis, o que não é verdade, realmente existem pessoas sérias e honradas no meio.
    No caso do Frigol, a justiça está apurando a responsabilidade dos empresários em Rondônia, já que mesmo diante da crise do setor eles abriram uma unidade em Pimenta Bueno, trabalharam apenas 6 meses e entraram como o pedido de recuperação.
    Saudações,
    Oberdan Pandolfi Ermita.

  13. carlos adriano nantes albino disse:

    Trabalho em Frigoríficos a mais de 12 anos. Tem casos e casos. Tem muita gente séria neste ramo que empreende, supera expectativas e trabalha com métodos de controle altamente eficazes para garantir a efeciência do setor e buscar a rentabilidade do investimento.
    Dito acima, é difícil realizar um julgamento prévio em cima de um artificio que a lei oferece a quem de uma forma ou outra não soube gerenciar melhor o seu investimento.

  14. Oberdan Pandolfi Ermita disse:

    Senhores,

    Em nenhum momento fiz qualquer julgamento em relação ao caráter e idoneidade dos donos do Frigol. Se alguém interpretou desta forma, o fez de forma equivocada, porque o texto não tem este objetivo. Tampouco acredito que todos os empresários do setor são irresponsáveis, fato que já havia esclarecido em resposta ao senhor Evandro.
    O único fato concreto e que relato no texto é que existe um inquérito policial apurando a responsabilidade dos empresários do Frigol.
    No meu entendimento, a apuração da responsabilidade dos empresários no episódio é legitima e abre importante precedente no País em relação à problemática da recuperação judicial, vejamos:
    1) Considerem uma indústria automobilística que venha a pedir recuperação. Ela tem com os seus fornecedores um relacionamento de longo período. Nos tempos do “just in time” estes fornecedores são quase que extensão da empresa.
    2) Totalmente diferente no caso de um frigorífico. Um pecuarista que antes nunca havia fornecido ao frigorífico, no seu primeiro fornecimento, pode ser surpreendido com um pedido de recuperação. Ou ainda, uma empresa já em dificuldade, por exemplo, pode alugar uma planta em outro estado, trabalhar durante alguns meses e pedir recuperação.
    3) Vejam que tanto o pecuarista que forneceu o animal pela primeira vez, quanto no caso daqueles da nova unidade arrendada, nada tinham que ver com o passado da empresa, entretanto, serão eles unicamente os penalizados com o pedido da recuperação.
    4) Nenhuma empresa entra em dificuldades do dia para noite, é um desencadear de fatos e de acontecimentos. Alguns podem afirmar que é a política de crédito do Governo, outros a escassez de animais, outros a concorrência desleal (…) mas independente dos motivos que levaram a empresa a entrar em dificuldades, no caso do setor frigorífico, o mecanismo da recuperação judicial se torna um mecanismo muito perverso.
    5) É justamente para impedir este tipo de injustiça que o Deputado Ronaldo Caiado está propondo alteração na lei de recuperação: “somente permite a inclusão na recuperação judicial das dívidas com vencimento superior a 30 (trinta) dias, contados da data do pedido” (PL-5089/2009).
    6) A justiça de Rondônia ao instaurar inquérito contra o Sr. Djalma e o Sr. Devaldo, busca apurar a responsabilidade dos empresários, já que a unidade de Pimenta Bueno foi aberta já em um cenário de crise do setor, operou durante poucos meses e com o pedido de recuperação colocou pessoas em dificuldades, que nada que tinham que ver com a história do Frigol.
    7) Portanto, abre importante precedente, o empresário deve ser responsabilizado pelos seus atos, inclusive se ficar comprovado que ele agiu de forma irresponsável e causou prejuízo. (Observação: não estou afirmando ou julgando que os empresários do Frigol são irresponsáveis, cabe a Justiça fazer este julgamento).

  15. Oberdan Pandolfi Ermita disse:

    Senhor Evándro d. Sàmtos – II
    Quanto a sua ofensa em me considerar uma pessoa ignorante, é apenas a sua opinião, vou respeitá-la, vivemos em um ambiente democrático, onde podemos expressar nossas opiniões.
    Já tive experiência do outro lado, quando participei da implantação do Frigorífico da Cooperocarne. Sei das dificuldades e dos desafios pelas quais passam a indústria.
    Justamente por ter participado deste projeto, posso lhe assegurar que em um frigorífico, assim como em qualquer outra atividade, existe uma ferramenta universalmente empregada chamada fluxo de caixa, onde é possível saber com elevado grau de precisão e antecedência as condições da empresa em honrar com os seus compromissos. Na nossa experiência, enfrentamos inúmeras dificuldades, chegando a um ponto em que sabíamos que se continuássemos não teríamos mais condições em honrar todos os compromissos. De forma prudente, no momento correto, a atividade foi paralisada, de forma a não gerar inadimplemento, finalmente optamos por vender a indústria.
    Portanto, pela experiência que tive, posso afirmar que é uma opção totalmente conhecida da administração de um frigorífico continuar operando, comprando animais, mesmo sabendo que não terá condições de pagar os seus fornecedores.
    No meu texto, essencialmente quero chamar atenção para a problemática da recuperação judicial dentro do contexto da atividade frigorífica e, finalmente, chamar atenção do importante precedente que se abriu quando a polícia de Rondônia resolveu apurar a responsabilidade dos donos do Frigol.
    Pelas peculiaridades da atividade frigorífica, acredito ser consenso que a Lei da recuperação como está é muito conveniente para os frigoríficos e muito perversa para os produtores.
    Como relatei anteriormente, tanto o pecuarista que fornece o animal pela primeira vez, quanto no caso daqueles de uma nova unidade arrendada, nada tinham que ver com o passado da empresa, entretanto, serão eles unicamente os penalizados com o pedido da recuperação. Em minha opinião, devem ocorrer modificações na Lei, para evitar este tipo de constrangimento e, principalmente, proteger os produtores e trabalhadores.
    O inquérito instaurado leva a tona justamente a problemática da recuperação e da necessidade de melhor apurar a responsabilidade dos empresários quando ingressam com pedido de recuperação, sem distinção a este ou aquele empresário, principalmente no caso de plantas recém arrendadas, já que acredito ser uma opção conhecida da administração de um frigorífico continuar operando, comprando animais, mesmo sabendo que não terá condições em pagar os seus fornecedores.

  16. Frantz R. Voss disse:

    O artigo em referência é bastante oportuno. O assunto é sério e a justiça deve ser mais eficiente contra esse tipo de “saída empresarial” quando eles não acabam “mamando nas tetas do BNDES” partem para esta estratégia ou vão achar “laranjas” para continuar suas futuras operações. É lamentável ainda vermos esse tipo de empresário agindo no meio e sujando toda uma classe que luta com dificuldades e muitos impostos. Deve haver um equilíbrio para o setor especificamente falando. Parabéns à justiça de Rondonia.

  17. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Prezado senhor Oberdan Pandolfi Ermita,

    Considero sua indignação.Entretanto,se faz necessário conhecimento,muito mais do que paixão.Por outro,afirmo-lhe eu mesmo um apaixonado pelo que faço há anos.

    Estes senhores,como afirmei em cartas anteriores,até onde sei,ao longo dos muitos anos em que trabalham como empresários,nada os desabona.

    Poderemos eu ou o senhor ter a infelicidade de um momento difícil na vida?

    O senhor consegue perceber o desmonte do setor que o BNDEs esta fomentando?

    O senhor,acaso sabe que frigoríficos escorados no digníssimo BNDEs,compram bois,pagando até mais pelas @s,depois colocam as carnes provenientes destes animais,se cortes primários até R$0,20 / kg,se desossados até R$1,00 / Kg,por corte,mais barato do que o pretendido e aceitado pelo mercado?

    Acaso o senhor sabe que na conta dos impérios 2+1=4 (que os 50% restantes para compor o correto resultado da conta,advêm do maravilhoso BNDEs.),o senhor sabe disso?

    Senhor,para se fazer total juízo,com real capacidade de julgar caso,acaso,ou mesmo pessoas,necessário,se faz,ter conhecimento da cadeia como um todo,e não apenas de parte da cadeia.Apenas elo da corrente!

    Saliento que ainda assim procuro me abster de juízos preconcebidos,somos todos suscetíveis de maus e traidores juízos,todo cuidado é pouco!

    Vivemos um momento em que qualquer jurista desavisado ou com um pouco mais de intenção de aparecer,se caso não tenha uma melancia e uma lata de tinta vermelha,faz este tipo de coisa.

    Quantos mais,então,que encontran-se em situação idêntica ou similar são empresários desonestos?

    Quantos mais deveriam ser presos?

    Quantos mais deveriam sofrer esta desmoralização?

    Outro sim pergunto-lhe também,se pecuarista fosse,não sei se o é,o senhor,gostaria de ter apenas um,dois,meia dúzia de frigoríficos para vender seus bois?

    Acha o senhor,que pessoas de bem cospem em suas historias desrespeitando suas famílias com alegria?O senhor o faria?

    Se tinham construído uma planta em seu estado porque não operá-la?

    E o Frialto,o Independência.o Margen?

    E a quebra dos pesos (nos abates) que muitos impõem ai neste estado aos pecuaristas?

    Senhor atente a maturidade e ao equilíbrio das palavras conseqüentes.Não se diga consultor e deposite em veiculo como este tese imatura,de total demonstração de desconhecimento.

    Concordo com suas colocações concernentes as questões de cunho econômico,e de modos operandis para concessão de empréstimos do BNDEs,embora sejam corretas suas palavras relativas a este tema.Saiba que não é apenas assim que funciona neste banco,a corrupção espreita aquela casa.Matérias em jornais recentes corroboram o que digo.

    No mais não tenho do que desculpá-lo.

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  18. Sebastião Soares de Oliveira disse:

    Senhores,

    A coisa é complicada. O pessoal do Frigol pode estar bem intencionado, entrentanto a tal Recuperação Judicial na verdade não passa de um calote legal. Observem que a maioria das indústrias frigoríficas que se utilizaram dela estão paralizadas e assim não conseguem se recuperar e pagar as contas, o que na verdade pagar não é o interesse dos sócios, que protegidos pela justiça ganham o tempo necessário para se “desfazerem” dos ativos pessoais. A lei de falências é muito falha, as empresas apresentam um plano de recuperação é não o cumprem, paralizam as operaçõs, demitem os empregados e não pagam os direitos. São milhares de pessoas prejudicadas e os processos vão se arrastando por um longo tempo embora a “justiça” saiba que nunca irão se recuperar.

  19. carlos anastacio r. moura disse:

    situação complicada ,quem compra deve pagar caso contrario a justiça entra em ação.olho com uma certa preocupação a manifestação do senhor Evandro e gostaria de saber a opinião dele a respeito dos pecuaristas que não receberam,sera que este senhor sabe o quanto custa para levar um boi até o ponto de abate .ele parou pra pensar nos compromissos financeiros destes.
    Seu Evandro o senhor acha justo com os frigorificos que honram seus compromissos os quais como o senhor mesmo falou possuem os mesmos problemas .antes de ofender alguem procure olhar o outro lado e use melhor o bom senso.
    aqui no sul temos um ditado que serve bem pra este caso.
    ANDE BEM COMIGO QUE ANDO BEM CONTIGO.
    abraços.

  20. gustavo rodrigues leite disse:

    se o BNDS não tivesse emprestado dinheiro para SADIA, PERDIGÃO , FRIBOI , BERTIM e outros , estariam todos presos? . O que da para entender é , que , quem tem o emprestimo (BNDS) consegue sobreviver . comprando o boi mais caro e vendendo mais barato para fazer o fluxo de caixa , e aqueles que não tem ficam brigando com o mercado e quaze sempre não conseguindo cobrir os custo .
    Quem dos senhores hoje abririam um frigorifico matadouro? , se não contar com o emprestimo do BNDS. Hoje o preço do boi está valorizado , mais até quando ?
    quando tiver apenas 2,3 compradores como ficaria o preço do boi ? será que vai cubrir os custos do pecuarista , que só vem aumentando.
    Eu sei que aqui em casa se eu gastar mais doque ganho , vam cortar a luz, vão retomar meu carro financiado , meu filho vai ficar sem escola e vou comer arroz e ovo. Será que eu poderei pedir uma (recuperação judicial familiar), o Seu Manuel da padaria ia entender meu caso e continuar fornecendo meu cafe da manha ?..
    acho que vou ligar para o BNDS , pode ser que eles me emprestem um dinheirinho , ai eu compro um carro novo , meu filho vai estudar na Europa e eu arrumo até uma nova mulher .

    boa tarde , BRASIL

  21. Sivaldo Barbosa Goes disse:

    Parabens OBERDAN, tem que falar mesmo, não só como pessoa que tem conhecimento de causa, mas também como pecuarista – visto que é tempo de dar um basta “nos comportamentos” de alguns setores da indústria frigorífica, e chamar à atenção para a classe pecuarista neste país (totalmente sem união), que produz a matéria prima, e na maioria das vêzes é mau remunerado, quando não acontece de entregar o seu produto (boi gordo) para a indústria e receber em 10 anos (somente o capital). É hora de agir como um setor produtivo de grande importância para a economia deste país, e não brincar de fazer de conta. Levantando a voz e lutando pelos nossos direitos e não somente obrigações!

    ATS

    Sivaldo Goes

  22. ROGERIO AVEZUM DE MORAES disse:

    Senhores. Não adianta discutir, o resumo da história é o seguinte: O que o Frigorífico paga pela matéria prima não é recuperado com o valor de venda dos produtos, ou seja a conta não fecha, o prejuízo é certeiro, e a quebradeira vem desde a época do Bordon, Swift, Kaiowa, Mouran. A história é sempre a mesma, é um ciclo. Primeiro os frigóríficos equilibravam as contas através de “planejamentos tributários”, depois começaram a equilibrar com empréstimos bancários, depois com abertura de capital na CVM e agora com participação do BNDES. Quantos sobraram??? Três: JBS, Marfrig en Minerva. Todos tem capital aberto na CVM, e o JBS e MARFRIG possuem participação do BNDES. Quantos quebraram????

  23. Eugenio Mario Possamai disse:

    É um assunto bastante sério este, e devemos olhar com bons olhos o que a justiça de Rondonia esta fazendo, não sei se é o caso dos proprietários do Frigol, de serem desonestos, porém as recuperações judiciais até agora aprovadas não estão sendo honradas, de que adianta. Agora onde estava em nossa região funcionando o Independência, veio o IFC e já esta atrasando os pagamentos como é o nosso caso, na primeira venda para os mesmos estão atrasando e não sei o dia que receberemos, e temos que pagar por nossos compromissos, ou seja nos disfazemos de outros bens para isso. O que eu fico indignado é de que procurei onde eu achei que poderia receber informação sobre a situação do IFC, Sindicato, Federação, e nada me foi informado, realizei a venda, e surpresa no vencimento, não podemos pagar, so Deus sabe o dia, que até agora nada me foi informado. Esse tal fluxo de caixa não acontece do dia para a noite, e se não posso comprar, paro e não dou o calote em ninguén, mas como a nossa justiça é muito falha, continuam comprando e nos dão o calote e nada acontece. Mas se os donos fossem responsabilizados por seus atos, pensariam muito antes de no darem o calote.
    Um abraço.

  24. Durval Martins da Silveira disse:

    Acho que está mais do que na hora da clase produtora brasileira se unir e assumir todas as etapas da cadeia produtiva da carne, ñ é mais possível continuar numa atividade,onde um dos ramos do seguimento,representa total insegurança e ñ é de hoje! Até que enfim o judiciário se manifestou de maneira a inibir os aventureiros de plantão,esperamos que vire uma regra em todo o país.
    Os pecuaristas brasileiros,na sua grande maioria são muito competentes da porteira p dentro,da porteira pra fora ñ entendem nada;e hoje na verdade o profissionalismo tem que estar a frente p que a competencia gere eficiência.

Mercado Físico da Vaca – 14/09/10
14 de setembro de 2010
Mercados Futuros – 15/09/10
16 de setembro de 2010