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28 de outubro de 2010
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1 de novembro de 2010

A nova pecuária brasileira

Em 2005 mandei um texto para o BeefPoint (A tar da crise da pecuária), neste texto eu dizia que a pecuária não estava em crise. O que estávamos vivendo naquela época era uma crise de preços e mercado. E coloquei um gráfico que tenho, sistematicamente, atualizado mostrando o enorme aumento no abate de fêmeas no país. Conclui, então, que com aquele cenário, cedo ou tarde, as coisas mudariam. Pois é, mudaram, e o valor da @ anda aos redores dos R$100,00. Com este cenário novo, gostaria de fazer algumas observações, que acredito serem importante para a indústria da pecuária brasileira.

Em 2005 mandei um texto para o BeefPoint (A tar da crise da pecuária), neste texto eu dizia que a pecuária não estava em crise. O que estávamos vivendo naquela época era uma crise de preços e mercado. E coloquei um gráfico que tenho, sistematicamente, atualizado mostrando o enorme aumento no abate de fêmeas no país. Conclui, então, que com aquele cenário, cedo ou tarde, as coisas mudariam. Pois é, mudaram, e o valor da @ anda aos redores dos R$100,00. Com este cenário novo, gostaria de fazer algumas observações, que acredito serem importante para a indústria da pecuária brasileira.


Fonte: Site do IBGE

Primeiro, acima, mostro o gráfico de abate de bois e vacas atualizados até junho de 2010. Podemos ver claramente duas coisas, entre outras, é lógico. Até dezembro de 2002 abatíamos aproximadamente 350 mil vacas por mês. Este valor foi linearmente aumentando até atingir o pico de 1 milhão em 2007. Depois disso, ele abaixou, mas parece ter estabilizado em 700 mil vacas por mês. Conclusões, o rebanho seguramente diminuiu, e podemos estar entrando em um nível de estrutura de rebanho de paises que já têm seus rebanhos razoavelmente estáveis, ou que permitem somente um pequeno crescimento.

Quero dizer com isso que nosso rebanho não crescerá mais a passos largos como fazia antes. A principal causa disto é o fato de não termos mais fronteiras agrícolas. A última era a Amazônia e pelo que tudo indica, poucas serão as fazendas que se abrirão por lá.

Portanto, como todo rebanho estável tem que abater bastante fêmeas, acredito que nosso abate de fêmeas ficará próximo destes valores atuais. E, CONSEQUENTEMENTE, não teremos mais aumentos tão significativos na produção de carne, pois o rebanho está estável. Com estas informações, me parece, que o rebanho brasilerio amadureceu e estabilizou. Única e exclusivamente, porque parou o aumento dos hectares de pastagens que vimos anualmente nos últimos 60 anos.

Da figura do abate de machos, vemos que a quantidade mensal cresceu linearmente e parece que está estabilizando em 2009. Isso mostra que estamos abatendo animais cada vez menos velhos (ou mais jovem) e é outro elemento para concluir que o rebanho diminuiu.

Temos visto nos últimos 10 anos grandes mudanças no uso da terra. Isto é, a redução drástica da abertura de novas fazendas e a troca dos pastos (não só, mas principalmente) por soja, cana e eucalipto. E, como a única forma de aumentarmos a pecuária é aumentando a quantidade de vacas, que tem ocorrido exatamente o oposto, acredito, de novo, que nosso rebanho e nossa pecuária estão maduros e estáveis.

Isto significa que vamos estagnar??!!

Não, mas, feliz ou infelizmente, dependendo do ponto de vista, chegou a vez da tecnologia. Os avanços que daremos na pecuária daqui para frente serão baseados fortemente na tecnologia. A integração lavoura pecuária (da qual sou grande admirador) é um ótimo exemplo do que a tecnologia pode fazer para a agropecuária.

No congresso mundial da carne de 2006 na Austrália, já tínhamos visto todas estas informações de aumento de demanda da carne pelos emergentes e relativa estagnação mundial da produção (uns aumentando outros diminuindo, portanto, estagnado).

Acredito que este cenário não mudará a médio prazo (salvo catástrofes). Consequentemente, a pecuária continuará bem valorizada como está. Vale lembrar que ela está valorizada no mundo inteiro. Portanto, agora é a hora de fazer os investimento que ficaram represados durante vários anos.

Só existe pecuária sólida e sadia onde há solo e pastos bem cuidados.

0 Comments

  1. LEANDRO CUNHA BASTOS disse:

    E bom saber que existem outros que pensam como eu.

  2. Pedro Eduardo de Felício disse:

    Prezado amigo J.R. Puoli, gostei muito do raciocínio desenvolvido por você nesse artigo, porque fico na torcida para que este rebanho pare de crescer e que os investimentos venham a ser feitos como você sugere, nas pastagens e, claro, na genética e no manejo. Não precisamos produzir mais, precisamos vender mais caro, é o que eu acho, entretanto o que tenho visto nos frigoríficos é carne de touro, muita carne de touro, de maturidade óssea B e maturidade da cor da carne C. Isso não é nada alvissareiro. Se voltarmos a exportar como antes para a União Europeia, imagino que precisaremos de carne de novilhos. Fique à vontade para dizer se estou equivocado, porque eu acredito que quem investir no crescimento e terminação de novilhos (bovinos machos jovens castrados) a pasto vai agregar valor pela qualidade da carne . Para assegurar maciez será preciso um trabalho da indústria, mas o acabamento das carcaças e o sabor da carne virá da fazenda que castrar os machos e investir nas pastagens, não acha?
    Grande abraço

  3. José Roberto Puoli disse:

    Grande Pedro,
    Boa tarde.
    Concordo 832 % com você. Sempre acreditei neste caminho. Ou seja, produzimos alimento, e boi inteiro na média não é o alimento que acredito que devemos produzir. O caminho que tenho usado é o oposto do que você está vendo nos frigoríficos, isto é, castramos os animais no NASCIMENTO. Recebi muitas críticas por isso e continuo recebendo, mas as pessoas que realmente estão envolvidas comigo nisso estão muito satisfeitas. Existe um suposto ganho de peso a mais nos animais inteiros, mas a realidade quando consideramos o sistema todo é outra.
    Já tive algumas discuções bem aquecidas sobre este assunto (boi inteiro), pois na minha opinião, deveria ser agora, quando tem muito pouco boi e as industrias estão mais abertas a conversa (na realidade mais vulnerável), que deveríamos falar com elas e reinvidicar peso vivo, rendimento e classificação de carcaça. Mas, não, o que vemos é uma quantidade enorme de bois inteiros sendo abatidos…..
    Enfim, concordo outra vez com você. Temos que diferenciar nossa carne cada vez mais. Apesar de estarmos nos trópicos temos condições de produzir produtos de muita qualidade, como você mesmo, pessoalmente, já atestou. Produto de alta qualidade sempre vende. E nas época de vento a favor, é mais valorizado.
    Forte abraço.
    limão

  4. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Caro Puoli, parabéns pelo artigo.

    Meu ponto de vista diverge do seu em alguns aspectos. Eu acho que a produção de carne brasileira vai estagnar e depois regredir.

    Não há como fazer carne sem bezerros e bezerras, e o número de vacas no Brasil vai diminuir inexoravelmente. Não adianta aumentar a velocidade de engorda se não há reposição.

    Forças de aumento de produção de bezerros/as:

    a) aumento de fertilidade graças à IATF e à assistência técnica especializada em reprodução animal.

    b) importaçao de animais produzidos por nossos vizinhos de continente sempre que haja vantagem econômica.

    c) abertura de novas áreas por agentes econômicos agindo com tática de guerrilha para fugir à repressão (basicamente micro-produtores na Amazônia).

    Forças de recuo na disponibilidade de animais de engorda:

    a) aumento da pressão da sociedade contra a produção comercial em áreas já consolidadas do Pantanal e assemelhadas (Cocalinho no MT é um exemplo).

    b) virtual impossibilidade de novos desmatamentos, também por pressão da sociedade.

    c) expansão das áreas de lavoura de cana-de-açucar, soja, milho e eucalipto quando, como na atualidade, os agentes econômicos entenderem que há vantagem. A subida da carne a níveis estratosféricos pode frear esta tendência, mas quem cruza a linha e elimina cercas, pastos e benfeitorias dificilmente retoma o negócio antigo.

    d) exportação de gado vivo.

    As forças de recuo, a meu ver, são muito mais poderosas no nosso Brasil do século 21.

  5. Sonia Denise Fernandes Mondadori disse:

    Bom dia colega Puoli. Sou também Engenheira Agronoma e já que citou a Australia, gostaria de acrescentar que poderíamos e deveríamos literalmente copiar o sistema de comercialização que lá eles realizam.
    Estive lá e coincidentemente na fazenda de um pecuarista que ficou um ano aqui no Brasil. Sua fazenda se localiza em Belah Valley e é a principal atividade da família. Ele disse não entender nosso sistema de comercialização. Em primeiro lugar, os prazos dilatados (que agora já diminuiram), a falta de segurança (voce liga ao banco para perguntar se a empresa está “firme” e depois reza os 30 dias subsequentes para que ela assim continue até saldar o valor da compra); finalmente, quem dita os preços são os compradores e enfim, a prática do calote é uma constante em nosso mercado. Lá eles tem a poderosa Associação de Criadores, e quando querem saber o preço, é lá que os pecuaristas ligam. Disse ele que não se tem notícia de que algum pecuarista tenha sofrido calote algum. Enfim, um sonho!
    Aqui, como sabemos, é tudo diferente, desanimador. Deveríamos aproveitar a alta dos preços para repensarmos o sistema de comercialização,fortalecer a classe produtora com a união da mesma. De nada adianta altos investimentos, se o elo final é a incerteza ou a dúvida quanto à continuidade da atividade por fatores alheios à eficiência do produtor.
    Talvez seja uma questão cultural, mas, com a globalização, deveríamos nos atentar para copiar ideias que dão certo e que, como sabemos, fazem da Australia um País símbolo na exportação de carne de qualidade e onde os pecuaristas não tem o desejo de mudar de atividade, ao contrario, profissionalizam cada vez mais, usando a melhor tecnologia que há.

  6. mauricio araujo disse:

    Concordo com seu artigo, acredito que é necessário um investimento maior tanto na qualidade de rebanhos quanto na melhoria das pastagens, não cabe mais ao país sair desmatando imensas áreas. Temos sim que trabalhar na melhoria dos pastos.

  7. José Roberto Puoli disse:

    Prezado Humberto,
    Me parece que não existem tantas diferenças assim em nossos pontos de vista. A principal diferença, me parece, é na cronologia das coisas. Pois, quando você fala que o rebanho vai encolher, na minha opinião, como tentei mostrar no texto, o rebanho já encolheu faz tempo. Pelo gráfico de abate de vacas, seguramente neste período de 2003 a 2007, ele encolheu. Portanto, parto todo o meu raciocínio de um rebanho já encolhido e que mudoou de estrutura, pois em um rebanho estável a quantidade de fêmeas que temos que abater para não crescer é grande. E, outra vez, acredito que seja esse o estágio que estamos entrando.
    Abraço
    limão

  8. José Roberto Puoli disse:

    Prezada Sra Sonia,
    Estive na Austrália algumas veses, sempre com o intuito de aprender com a pecuária deles. Sou fã incondicional do Meat and Livestock Australia. Se a Sra verificar o evento sobre associação de produtores que o Beefpoint organizou este ano, verá que dei uma palestra exatamente mostrando o que é o MLA.
    Sim, ter uma entidade como o MLA aqui no Brasil seria simplesmente o máximo.
    Obrigado pelo comentário.
    Abraço
    limão

  9. Antenor Luiz Braga Netto disse:

    Ola Puoli, Parabens pelo artigo… De grande proveito sua analise e interpretacao dos dados, entretanto discordo em um ponto com sua analise, quanto a questao de estarmos matando machos jovens, se e pelo meu modo de ver, acredito que nao seja um fato que esteja diminuindo o rebanho, animal velho e animal jovem, e um so, troca 6 por meia duzia….Acredito que o abate de animais jovens simboliza Intensificacao Tecnologica da Bovinocultura de corte…

    att.

  10. aldo rezende telles junior disse:

    Caro Puoli, belissimo artigo e muito ilustrativo o que mostra claramente o que esta por vir em um futuro bem proximo. Discordo dá sua opniao qto ao abate de bois inteiros, pois esta é uma grande oportunidade do pecuarista vender os bois mais pesados e mais jovens e o que minha experiencia mostra e que qdo tratados estes animais inteiros apresentam um rendimento melhor de carcaça no frigorifico em relação aos animais castrados. E na minha opnião a questao da integraçao lavoura pecuaria é viavel ao contrario pecuaria agricultura é inviavel pois o pecuarista nao despoe de recursos proprios e muito menos de recursos govenamentais suficientes para tal investimento. Acho também que a recuperação de pastagens será um programa muito dificil ser executado pois a maioria das propriedades degradadas esta nas mãos dos herdeiros (reforma agraria familiar), que já não tem condição nem financeira muito menos administrativas de realizar tal feito, pois estes jovens herdeiros já fizeram o exodo para as grandes cidades e não tem mais vocação para fazer o inverso. E esta é a maior procuapação aqui onde eu vivo pois a pressão é tão grande que os filhos dos pecuaristas e agricultores não querem mais saber desse negocio. Eu vejo que em um futuro proximo no maximo em 10 anos o governo vai entrar de fazenda em fazenda oferecendo dinheiro para produzir e autorizando a abertura de novas areas aqui no bioma amazonico.

  11. José Roberto Puoli disse:

    Caro Antenor,
    Obrigado pelo comentário.
    Lembre-se que quando vc abate os animais mais jovens, aquela era que continuava no pasto, por exemplo, por mais um ano, ela continua constando no total do reanho, e quando vc a tira ela mais cedo, o rebanho total fica menor.
    Abraço
    limão

  12. Márcio Silva Maluf disse:

    Excelente artigo! Acredito que a expansão horizontal de novas áreas, hoje, é quase impossível e verticalizar custa caro. Tenho visto que a remuneração pela preservação de áreas de florestas nativas já não está tão distante e, tão logo chegue, o desmatamento chegará perto de zero. Se houver a preservação da alta da carne bovina, até mesmo como política ambiental, os investimentos nas áreas consolidadas de pecuária certamente virão, tirando o foco dos”bois piratas”, “carne legal”, etc, brigas que só atrapalham e direcionando o esforço para qualidade e confiabilidade de nossa carne. Confesso a você que, morador e produtor há mais de 40 anos na Amazônia, estou vislumbrando uma nova pecuária no Brasil, mais forte e responsável. Produziremos lavouras de capim, bem estar animal e estruturas sólidas no campo. Basta somente sobrar dinheiro….simples assim!

  13. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Acho que a produção de carne aindo pode crescer um pouco por elevação de produtividade, mas creio que estamos perto da estabilização da area de pastagem e do rebanho bovino.

    A estabilização da área de pastagem é decorrente das pressões sociais sobre o uso do solo.

    E vacas ainda parem uma vez ao ano um único bezerro.

    Implantar a adubação de pastagens em larga escala, elevando seu suporte, ou adotar uma suplementação alimentar continuada e pesada para produzir bezerros só será factível com preços elevados.

    Acho mais provavel elevarmos o ganho de peso dos machos, por genética e manejo, porém é um movimento com limites claros.

  14. Wagner Alexandre Gava disse:

    Concordo com a Sra. Sonia quanto a necessidade, assim acredito eu, de termos um similar a MLA australiana, mas sabemos que toda forma de organização de classe no Brasil acaba virando palanque e trampolim politico, é só o responsavel aparecer um pouco mais na midia e pronto: candidato a deputado federal ou senador ou até a presidente. Infelizmente este é o Brasil.

  15. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Saudoso de seu avô Vito em Descalvado e seu admirador de sempre, só agora li seu ótimo artigo com previsões sobre a produção de bois para corte. Estive ausente. È certo que podemos recuperar pastagens degradadas corrigindo trilhas e valas, despraguejando, terraceando, adubando, replantando e esperando. So que feitas as contas é melhor plantar soja, milho ou cana. Será sempre uma forragem bem mais cara que a obtida em pasto novo de mata alta. Segundo a Revista Produtor Rural de agosto, entre 1996 e 2008 formaram-se 342.000 ha por ano de pasto novo em terra férti recem aberta. Hoje é proibido e devemos aceitar que o desmate zero tem seu custo. A fase de cria do rebanho de corte está em contração e dificilmente essa tendência será substituida a curto prazo. Estive em Alta Floresta em fins de maio e contaram-me que pasto novo alimenta 4 UA/ha e que, após 10 anos, apenas 1 a 1,5. Daí já está faltando bezerro e continuará a faltar por bom tempo. Forragem de custo comparável só no intervalo de 2 culturas de verão,-onde viável-,mas o sistema não se adapta bem à criação. Estou convencido de que nos próximos 10 anos teremos poucos bezerros e, conseqüentenmente pouco boi gordo. Gostaria de submeter algumas considerações sobre o valor da floresta, mas não tenho seu e.mail. Se houver interesse me informe seu endereço digital. Grande abraço do colega sênior da USP-ESALQ 1936.

  16. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Esclarecendo: a estatística citada é do estado de MT e férti=fértil.

  17. José Roberto Puoli disse:

    Estimado Sr. Fernando, boa tarde.
    Que prazer incrível ver que o Sr continua na ativa e mais afiado do que nunca.
    Mostrei o comentário do Sr ao papai e ele se emocionou muito, ele está com 80 anos e firme como o Sr.

    Vejo nossa situação de forragem exatamente com o Sr. Estamos produzindo muita forragem e de qualidade integrada com soja. Mas gostaria de fazer uma ressalva neste ponto: Muitos técnicos têm dito que a cria não se enquadra na integração, e eu discordo disso, pois estou fazendo cria na integração. Tenho uma premiça somente para isso funcionar, no inverno temos que fazer bastante safrinha de capim para alocar as vacas. No verão elas ficam nos pastos da integração e no inverno uma parte fica nestes pastos e o restante vai para os pastos de safrinha. Tem funcionado muito bem.

    Ainda tenho um sonho, pode ser utópico, mas em outros países já está acontecendo. Recuperar uma área enorme de nossas pastagens via adubação de cobertura, principalmente a fosfatada (fiz no Campanário, se lembra). Acredito que isso deva resolver o problema de 50% das pastagens em mau estado. Isso não é caro e, para o patamar que acredito que vamos ficar na pecuária, poderíamos fazer tranquilamente.

    Tenho muito interesse sobre o valor das florestas. Estou vivenciando no Paraguai o mesmo dilema sobre florestas que estamos aqui no Brasil.

    Um carinhoso abraço do “bicho” Limão. Esalq 1987

    Aqui está meu email: jrpuoli@uol.com.br

  18. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Realmente,como o abate de femeas se generalizou,ié,abateram todas sem distinção de descarte ou não,para acudirem suas prováveis finanças, o nascimento de novos bezerros apenas estacionou. Mas aí ainda vem o motivo de terras que já não conseguem mais produzir sem alguma melhoria,como pelo menos colocar algo de melhoria nestas terras já quase improdutivas. Tudo caminha para uma diminuição na produção de carne por este imenso país.Cadê aquela gestao para melhorar para o produtor conseguir produzir?
    Aonde estão nossos defensores políticos para a AGROPECUÁRIA do Brasil?

  19. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Caro José Roberto:
    Obrigado pelo retorno e amáveis palavras.
    Disse que pasto entre duas culturas de verão não se adpata bem à fase da cria pensando no produtor que não tem pasto de verão e aluga o pasto de inverno na época em que falta forragem. Vejo mum grande futuro no sistema. Vide anexo sobre validação durante 5 anos para vacas de leite, com grande sucesso.
    Quanto à recuperação de pastagem degradada tenho dúvidas que o fósforo seja suficiente, apesar de indispensável. Estabelecidas as bases da fertilidade, -adaptadas a cada espécie,- o capim vai crescer mesmo é com nitrogênio. Vide relato de ILP de sucesso em Maracajú/MS na fazenda do Chico Holandês.
    Com prazeer estou enviando minha crônica sobre o Valor da Floresta juntamente com as matérias mencionadas acima.
    Grande abraço extensivo a seu pai.-F.Cardoso

  20. Evándro d. Sàmtos. disse:

    Artigo muito bom,parabéns!

    Saudações,

    EVÁNDRO D. SÀMTOS.

  21. Murilo A F de Andrade disse:

    Caros José Roberto e Fernando, excelente artigo e discussão! Venho aqui corroborar a hipótese do Dr Fernando sobre a recuperação da pastagem. Temos feito ILP a alguns anos e conheço outras experiências como a do Sr. Ake em Maracajú. É possivel sim fazer a cria em ILP e garanto que com ótimos resultados. Sobre a recuperação de pastagem é fato que o nitrogênio resultante da lavoura de soja é suficiente para no máximo um ano. A produção de carne cai praticamente pela metade a cada ano do pós lavoura. Desta forma temos trabalhado com dois anos de pasto (brizantha) e seis de lavoura. No inverno usamos Ruziziensis nas áreas de lavoura como cobertura de solo e para pastejo do gado de final de maio a final de setembro, obtendo uns 200kg/ha de carcaça, considerando a área total.
    A meu ver, a integração é o caminho para a pecuária de sucesso, porém afirmo que sendo pecuarista ou agricultor a lavoura não deixa de ser uma atividade de risco e a ILP ou ILPF extremamente técnicas e trabalhosas, é um aprendizado constante.
    Como este novo patamar da pecuária remunera a eficácia, dificuldades não serão empecilho para uma imensidão de brasileiros capazes. A ILP irá produzir muito boi neste Brasil.