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Abate de bovinos atinge recorde na série histórica

Os resultados da produção animal no 2º trimestre de 2024 apontam que o abate de bovinos subiu 17,5% ante o mesmo período de 2023 e 6,7% em comparação ao trimestre anterior, atingindo recorde na série histórica.

No 2º trimestre de 2024, foram abatidas 9,96 milhões de cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Um recorde, considerando toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1997.

Maio foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,38 milhões de cabeças, variação positiva de 11,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O abate de fêmeas teve alta de 20,8% em relação ao 2º período de 2023, influenciado pela queda do preço dos bezerros no comparativo anual. Na mesma comparação, o abate de machos subiu 14,8%. As exportações do trimestre atingiram o marco inédito de 612,44 mil toneladas, representando um aumento de 30,0% na comparação anual, com recordes para abril e maio.

O abate de 1,48 milhão de cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 26 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação nacional a partir de 1,0%, os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+350,35 mil cabeças), Minas Gerais (+189,77 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+182,97 mil cabeças), Pará (+152,67 mil cabeças), Goiás (+131,75 mil cabeças), Rondônia (+102,56 mil cabeças), São Paulo (+98,47 mil cabeças) e Bahia (+50,32 mil cabeças).

Em contrapartida, a cheia do Rio Guaíba, iniciada no fim do mês de abril, ocasionou prejuízos para as atividades agropecuárias e infraestrutura do Rio Grande do Sul. Com isso, houve redução de 40,45 mil cabeças abatidas no Estado. No comparativo anual, abril apresentou alta de 6,1%, porém maio e junho apresentaram retrações de, respectivamente, 19,8% e 16,8% no volume de cabeças abatidas nesse Estado.

Com 18,4% da participação nacional, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, seguido por Goiás (10,5%) e Minas Gerais (10,1%).

Aquisição de couro cresce 16,9% em relação ao 2º trimestre de 2023

No 2º trimestre de 2024, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 10,08 milhões de peças de couro. Esse total representa aumentos de 16,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e alta de 8,1% em comparação com o 1º trimestre de 2024.

O comparativo entre os 2°s trimestres de 2023 e 2024 indica uma variação positiva de 1,46 milhão de peças no total adquirido pelos estabelecimentos. Foram verificados aumentos em 10 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações positivas mais expressivas, em estados com mais de 5,0% de participação na aquisição nacional ocorreram em Goiás (+675,86 mil peças), Mato Grosso (+198,44 mil peças), Mato Grosso do Sul (+185,53 mil peças), Paraná (+167,04 mil peças), Rondônia (+82,89 mil peças) e São Paulo (+81,76 mil peças). As cheias ocorridas no Rio Grande Sul refletiram na queda de 71,29 mil peças adquiridas (-5,6%) nesse Estado.

Goiás passou a liderar a relação de UF’s que recebem peças de couro cru para processamento, com 18,0% da participação nacional. Seguido por Mato Grosso (16,6%) e Mato Grosso do Sul (12,5%).

Fonte: IBGE – Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas  Agropecuárias – Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Pesquisa da Produção de Ovos de Galinha.        
Nota: Os dados relativos ao ano de 2024 são preliminares.       

Fonte: IBGE.

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