O plano de emergência sanitária em cinco municípios na região sul de Mato Grosso do Sul (Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Itaquiraí e Iguatemi) inicia hoje uma fase importante. Depois dos abates nas fazendas Vezozzo e Jangada, onde o sacrifício sanitário deve ser retomado, após a liminar que vetava sacrifícios ter sido cassada pelo Tribunal de Justiça do Estado, a Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal (Iagro) terá de promover abates em vários assentamentos onde há focos de febre aftosa. O Estado quer concluir em até 100 dias o trabalho de eliminação dos animais, criação do vazio sanitário, introdução dos animais fracos (para checar a presença do vírus) e o repovoamento da área.
O primeiro gado de área de assentamento que tombou foi o de Floresta Branca, entre os municípios de Eldorado e Iguatemi. Vinte e seis animais foram mortos e enterrados. A propriedade é de Jaime Delevati, irmão da veterinária da Iagro em Eldorado, Cássia Delevati. A agência garante que fará abates de todo o gado de qualquer propriedade que tenha pelo menos um animal doente.
A questão dos assentamentos foi e será o grande desafio dos técnicos. Há muita desconfiança entre os sitiantes sobre a ação da Iagro, não apenas em relação ao sacrifício de gado das propriedades do entorno do foco, mas principalmente em quais bases se dará a indenização.
Além de impedir a comercialização de produtos da pecuária de corte e de leite, os produtores devem nesta semana voltar a exigir mais clareza sobre os cálculos que definirão o valor da indenização. A comissão formada com essa finalidade tem a participação do governo, mas também do setor produtivo.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Agnaldo Brito), adaptado por Equipe BeefPoint