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Abatedouro em Cascavel/PR não impede carne clandestina

A iniciativa da prefeitura de Cascavel (PR) de assinar convênio para um frigorífico funcionar como abatedouro municipal não está sendo suficiente para acabar com o comércio clandestino de carne. Nos primeiros 30 dias de funcionamento do abatedouro, somente 30 cabeças de gado foram abatidas no local. Com isso, a Vigilância Sanitária estuda implantar um esquema de fiscalização mais rigoroso.

O veterinário responsável pela inspeção no abatedouro, Ilair Dettoni, calcula que aproximadamente 300 cabeças de gado são abatidas clandestinamente todos os meses em Cascavel e 60 toneladas de carne comercializadas sem nenhum tipo de inspeção. Ele ressalta que a inspeção é importante porque o consumo de carne contaminada pode causar doenças graves como brucelose, tuberculose, cisticircose e infecção intestinal.

Para ele, o combate ao abate clandestino depende de ações enérgicas e efetivas de fiscalização, como a montagem de barreiras nas estradas e fechamento dos estabelecimentos que vendem carne sem origem. Ele cita o exemplo do município de Nova Aurora (61 Km ao norte de Cascavel), onde a Vigilância Sanitária, em parceria com a Promotoria de Defesa do Consumidor, conseguiu acabar com o abate clandestino em seis meses.

Dettoni apresentou um projeto de criação de uma equipe específica para fiscalizar a comercialização da carne clandestina por um período mínimo de seis meses. ”O abate clandestino virou esporte radical. O cara sai de madrugada, com um galão de água, abate sem nenhuma higiene e volta correndo antes do dia amanhecer para evitar qualquer fiscalização”, denuncia.

Para entregar a carne resfriada e pronta para venda, o frigorífico credenciado pelo Município cobra taxa de R$ 47,00 por animal, ou o couro e miúdos em troca.

Fonte: Folha de Londrina (por Gilmar Agassi), adaptado por Equipe BeefPoint

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