Abatedouros da Bélgica aprimoram rastreabilidade

Os esforços do governo da Bélgica para melhorar a qualidade da carne do país estão levando ao aumento do interesse pelo sistema de rastreabilidade Beltrace (sistema belga de rastreabilidade), para os abatedouros de carne bovina e suína do país.

“A habilidade do Beltrace em obter sucesso depende da cooperação da indústria de carnes”, disse o gerente geral da Adriaens, um abatedouro de carne suína e bovina que pertence ao Grupo Covavee, Germain Deprez. “A indústria terá que alocar a equipe necessária e integrar os módulos do Beltrace em seus abatedouros”.

“Além disso, nós precisamos nos prevenir com relação à crescente complexidade das demandas de nossos consumidores. Será, então, de vital importância que nós automatizemos nossa produção de forma que nos tornemos mais flexíveis para lidar com os novos conceitos, desenvolvimentos e outros fatores”.

Deprez está convencido de que a estrutura na qual a produção de carne se baseia precisa consistir de um sistema sólido e confiável de gerenciamento da produção que aumente a produtividade de toda a empresa.

“Como um abatedouro de exportação, nós temos que ajustar nosso gerenciamento da produção levando diferentes fatores em consideração. Tudo isso faz parte do sistema Beltrace, como estipulado pelo governo da Bélgica. De acordo com Deprez, os três módulos mais importantes estão relacionados com a recepção e classificação da carne, bem como com os aspectos veterinários”.

“Este sistema nos permite reagir muito rapidamente a novas situações assim que elas surgem. Se os supermercados nos confrontarem amanhã com um novo tipo de código de barras, por exemplo, alguns pequenos ajustes no sistema nos capacitarão a lidar com esta situação quase imediatamente”.

Todos os dados relevantes relativos aos animais vivos, incluindo a documentação que os acompanha, são registrados por um operador no abatedouro. Quando os detalhes dos animais abatidos aparecem subseqüentemente, os dados individuais são revelados no computador do produtor, evitando, desta forma, erros.

O operador mostra em detalhes onde o animal nasceu e onde ele foi criado e engordado. Para este modulo, foi desenvolvido uma interface do Beltrace de forma que, após o exame da documentação que acompanha os animais, a Sanitel – base de dados do governo da Bélgica que contém os movimentos de todos os bovinos e suínos – pode ser acessada via sistema padrão do Beltrace.

Fonte: FoodProductionDaily.com, adaptado por Equipe BeefPoint