Abates de bovinos na Austrália aumentam por causa da seca

Os abates de bovinos adultos da Austrália aumentaram em 10% no primeiro trimestre de 2003 à medida que os produtores precisaram se livrar de seus estoques por causa da severa seca que acomete o país, de acordo com o Meat and Livestock Australia (MLA).

Os abates aumentaram para pouco menos de 1,9 milhão de cabeças, com o abate de fêmeas aumentando 14% com relação ao ano passado, para 950 mil cabeças, e o abate de machos aumentando 6%, para 941 mil cabeças.

“O aumento foi principalmente devido às condições de seca que acomete grande parte do continente, com os produtores sendo forçados a abater um grande número de bovinos, à medida que há redução de pastagem e de água”, disse o MLA.

Em seu relatório semanal, o MLA disse que o peso médio das carcaças abatidas no primeiro trimestre de 2002 caiu em 5% com relação ao ano anterior, para 250 quilos, à medida que a escassez de pastagem e os altos preços dos suplementos alimentares dificultaram a situação para que os produtores terminassem seus animais. A maior proporção de vacas sendo abatidas também reduziu o preço médio.

Com os menores pesos equilibrando parcialmente os maiores abates, a produção de carne bovina para o primeiro quarto de 2003 aumentou em 5% com relação ao ano passado, para um total de 473 mil toneladas, segundo o MLA.

As exportações para os Estados Unidos em abril caíram em 20%, com relação ao ano passado, para 29,86 mil toneladas, à medida que a demanda por carne bovina, particularmente no setor de foodservice, permaneceu fraca.

Até agora neste ano as exportações australianas caíram 17% com relação ao mesmo período do ano passado, para 101 mil toneladas.

A demanda por carne bovina australiana no Japão continua se recuperando lentamente após a redução ocorrida em 2002 causada pela descoberta de casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, em rebanhos domésticos.

As exportações australianas ao Japão em abril, de 23,037 mil toneladas, foram 26% maiores do que no ano anterior, mas ainda 22% menores do que os níveis de abril de 2001, antes da crise da EEB.

Fonte: Reuters, adaptado por EquipeBeefPoint