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ABCZ defende que pecuarista deve ser remunerado por rastrear

Os pecuaristas estão com o pasto cheio de animais de alta qualidade, prontos para o abate, mas que não possuem chips ou brincos de identificação. Como resultado, o frigorífico não pode adquiri-los para a União Européia e o volume de exportações tende a cair.

Este é o primeiro efeito da implantação da rastreabilidade bovina no Brasil, na avaliação do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), José Olavo Borges Mendes. “Nos primeiros meses do ano montamos fórum de discussão na ABCZ a respeito da rastreabilidade. Percebemos que, da maneira como as coisas estavam sendo encaminhadas, o pecuarista iria pagar a conta. Manifestamos nossa opinião favorável a uma rastreabilidade mais clara e menos onerosa para o produtor, mas fomos alijados do processo”, salientou.

Como conseqüência, explica o presidente da ABCZ, na segunda-feira (02), quando passou a vigorar a exigência da comunidade européia por animais rastreados, a indústria frigorífica não teve o que comprar. Segundo estatísticas disponíveis, das 160 milhões de cabeças de bovinos no Brasil, apenas cerca de 830 mil estão certificadas e aptas à exportação para o mercado europeu. Trata-se de volume ainda pequeno, pois a demanda de importação desses países é estimada em 1,3 milhão de cabeças ao ano. “Estamos insistindo em duas questões. Primeiro, é preciso que haja entendimento maior entre toda a cadeia produtiva a respeito do sistema, segundo, o pecuarista deve ser remunerado por rastrear”.

Fonte: Diário Popular/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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