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ABCZ: exportações não garantem renda ao pecuarista

As exportações de bovinos, neste ano, ainda não foram afetadas pela valorização do real frente ao dólar. Mas, apesar da estimativa de superar os US$ 3 bilhões em exportação de carne neste ano, contra os US$ 2,457 bilhões acumulados no ano passado, os aumentos crescentes dos insumos não devem gerar lucro superior ao alcançado em 2004.

De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), desde 2003 há uma tendência de redução dos preços pagos aos criadores e elevação dos custos de produção.

Em Minas Gerais, a situação dos criadores é ainda mais grave que a do resto do país, com redução de 14,11% nos valores ofertados ao criador pelo boi gordo nos cinco primeiros meses do ano, contra 11,3% da média nacional registrada em igual período.

Em contrapartida, os custos aumentaram, em todo o Brasil, 15,2% no período entre janeiro de 2004 a maio de 2005. Segundo o presidente da ABCZ, Orestes Prata Tiberi Júnior, o lucro com a carne bovina exportada fica com os frigoríficos exportadores. “O frigorífico compra o boi barato do criador e negocia a exportação. O invernista não vê a cor do dinheiro”, afirma.

Ainda segundo ele, para garantir a lucratividade o pecuarista tem que investir na adubação do pasto, encarecendo ainda mais o negócio. O dirigente acrescenta que, com a situação favorável da cana-de-açúcar e da soja, muitos produtores têm arrendado as terras para as culturas. “A estimativa para 2006 é de redução de três milhões de cabeças de gado em relação a este ano e que o preço suba a um patamar maior para o criador”, afirma.

Fonte: Diário do Comércio/MG (por Flávia Gianini), adaptado por Equipe BeefPoint

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