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ABCZ prevê exportar US$ 10 milhões em material genético em 2003

Pecuaristas, empresários do agronegócio e representantes de centrais de inseminação artificial acabam de criar o Consórcio de Exportações de Material Genético Bovino. A proposta é uma iniciativa da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em parceria com a Agência de Promoção das Exportações (Apex), com a finalidade de estimular as vendas brasileiras de sêmen, embriões e animais vivos no mercado externo. “Existe um potencial de vendas de aproximadamente US$ 500 milhões por ano”, avaliou o diretor de relações internacionais da ABCZ, Silvio de Castro Cunha Júnior.

Este valor, no entanto, é infinitamente maior que as vendas realizadas pelo Brasil no ano passado, de US$ 6 milhões. “Estamos trabalhando para elevar as exportações de material genético já neste ano”, disse. A expectativa é de que sejam exportados US$ 10 milhões em 2003.

Os trabalhos iniciais do consórcio serão de identificar possíveis compradores dos produtos brasileiros e investir em ações de marketing internacional. “Já detectamos grande potencial de negócios com treze mercados, dos quais três serão trabalhados ao longo deste ano”.

Entre os países já apontados como importantes compradores de genética bovina produzida no Brasil estão Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, México, África do Sul, Egito, China, Líbia e Mauritânia.

As exportações se referem exclusivamente às raças de animais zebuínos, que são razoavelmente conhecidas no mercado internacional, mas que necessitam de divulgação. Inicialmente o consórcio vai atuar em países onde não existem entraves sanitários e que têm alguma proximidade (geográfica ou boas relações comerciais bilaterais) com o Brasil.

A divulgação no mercado internacional deverá custar ao Brasil entre US$ 100 mil e US$ 120 mil este ano, recursos que serão aplicados na participação em exposições agropecuárias internacionais.

O Brasil vai ingressar num mercado disputado atualmente pela Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá e França.

A inclusão de sêmen, embrião e animais vivos no Programa de Assessoria em Comércio Exterior (Proex) é fundamental para alavancar as vendas externas. “Esses produtos ainda não estão inclusos e por este motivo somente podem ser comercializados com pagamento à vista”, disse o diretor da ABCZ. Outro aspecto importante é a garantia sanitária do rebanho brasileiro.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Luciana Franco), adaptado por Equipe BeefPoint

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