Mercado Físico da Vaca – 19/04/10
19 de abril de 2010
Mercados Futuros – 20/04/10
22 de abril de 2010

Abertura da importação de SC não preocupa americanos

A queda da barreira sanitária à importação de carne suína e bovina de Santa Catarina não deverá ter impactos econômicos relevantes para os produtores americanos, afirma relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Não são esperadas importações de bovinos, já que Santa Catarina não é grande produtor de animais para corte, segundo a avaliação das autoridades americanas.

A queda da barreira sanitária à importação de carne suína e bovina de Santa Catarina não deverá ter impactos econômicos relevantes para os produtores americanos, afirma relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).

Não são esperadas importações de bovinos, já que Santa Catarina não é grande produtor de animais para corte, segundo a avaliação das autoridades americanas. As projeções indicam que os embarques de produtos suínos aos EUA devem equivaler a 3% das importações americanas no segmento.

Há alguns dias, o USDA abriu para consulta pública uma regulação que declara Santa Catarina como região livre de febre aftosa e outras doenças que afetam rebanhos bovinos e suínos. Os americanos dizem que a derrubada da barreira sanitária é uma das compensações para evitar que o Brasil imponha retaliações no caso do algodão, disputa sobre subsídios que foi arbitrada na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“A regra proposta não deverá ter um impacto econômico significativo para pequenos produtores, porque não se espera que vá resultar em exportações de carne bovina ou outras para os Estados Unidos”, afirma o relatório econômico preparado pelo USDA. “Santa Catarina tem menos de 3% do rebanho bovino brasileiro, a maioria gado leiteiro.”

O relatório do USDA cita estimativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), que calcula em 10 mil toneladas as exportações anuais brasileiras de carne suína para os Estados Unidos, caso a barreira sanitária seja derrubada. “Seria equivalente a 2% das exportações brasileiras de suínos e 3% das importações de suínos dos Estados Unidos”, diz o relatório da USDA.

Embora as exportações projetadas do Brasil para os Estados Unidos não sejam relevantes, a queda da barreira sanitária é considerada importante. A aprovação pelo rigoroso USDA deverá derrubar barreiras sanitárias em outros países e abrir novos mercados para a carne suína brasileira.

A matéria é de Alex Ribeiro, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.