A abertura do mercado norte-americano é uma boa notícia para a Argentina, mas somente poderá ser “usufruída” no dia que modificar a política macroeconômica desse país, segundo o último relatório da Câmara da Indústria e Comércio de Carnes da Argentina (CICCRA).
O relatório considerou que o ministro da Economia, Axel Kicillof, recaiu sobre “imprecisões” já que “falou sobre perda das vendas ao exterior, que implicou a tardia reabertura do mercado dos Estados Unidos. Esses conceitos seriam certos se nossas exportações tivessem se mantido em torno de 760.000 toneladas, alcançadas em 2005, e se a porcentagem das mesmas tivesse rondado o 20% do total de carne produzida”.
Por outro lado, o relatório disse que houve aumentos nos preços da carne entre 5 e 10 pesos argentinos (US$ 0,54 e US$ 1,09) por quilo devido à queda do preço do couro e de miúdos.
No entanto, ele destacou que os abates de bovinos subiram para quase 8% anual. “Com esse número no primeiro semestre do ano houve aumento de 3,1% com relação à primeira metade de 2014”.
“A participação das fêmeas nos abates totais se manteve em 42,2%, ficando 2,5 pontos percentuais abaixo do nível observado em junho do ano passado”.
“Com uma visão mais otimista, pode-se interpretar que estamos no início de uma fase de retenção de ventres. Dá a sensação de que a próxima mudança de administração nacional está gerando expectativas positivas nos produtores”.
Além disso, no mercado interno foram comercializados 92,78% do total de carne bovina produzida em janeiro a junho.
O consumo per capita de carne bovina ficou em 59,9 quilos por ano, 2,9% a menos que no mesmo mês de 2014.
Fonte: Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.