As exportações de carne bovina devem ter um 2009 positivo, apesar da crise. A estimativa é que, no próximo ano, o volume chegue a 2,5 milhões de toneladas e atinja receita de US$ 7 bilhões, contra 2,2 milhões de toneladas e US$ 5,7 bilhões 2008. "A expectativa é de recuperação", afirma o diretor executivo da Abiec, Luiz Carlos de Oliveira.
As exportações de carne bovina devem ter um 2009 positivo, apesar da crise. A estimativa é que, no próximo ano, o volume chegue a 2,5 milhões de toneladas e atinja receita de US$ 7 bilhões, contra 2,2 milhões de toneladas e US$ 5,7 bilhões 2008. “A expectativa é de recuperação”, afirma o diretor executivo da Abiec, Luiz Carlos de Oliveira. A aposta tem como base a ampliação do número de propriedades habilitadas a exportar carne bovina in natura para a União Européia (UE) e a reformulação do Sisbov, que devem contribuir para o crescimento dos embarques.
Em 2007, as vendas para a UE foram de 380 mil toneladas, volume que caiu para 90 mil toneladas neste ano. “Faltam mais áreas habilitadas para a UE”, diz. A quantidade, no entanto, tem aumentado nos últimos meses. Na sexta-feira, 34 novas fazendas foram habilitadas, somando 608 estabelecimentos. Em 2007, eram 10 mil. Para 2009, a meta é recuperação rápida do mercado europeu. “Ano que vem, a venda deve continuar aquecida e as exportações crescentes, porque ficou atrativo economicamente.”
No momento, Oliveira acredita que o cenário, embora cauteloso em função da crise de crédito e da alta do preço internacional, não chegou a prejudicar os embarques do país. “A dificuldade de crédito afetou os setores exportadores, teve certo impacto negativo. Mas os contratos já firmados não foram alterados.” Para ele, a crise é mais severa para quem já passava por problemas ou dependia de crédito de bancos menores.
Segundo Oliveira, outros fatores podem contribuir para um 2009 favorável, como a negociação de questões sanitárias com o Chile. Ele também destaca o aumento dos abates nas indústrias, que operam com 60% da capacidade. “Se voltar a ter oferta e recuperar a capacidade instalada da indústria, podemos passar de 25 milhões de toneladas inspecionadas para 40 milhões de toneladas.”
A matéria foi publicada no jornal Correio do Povo/RS, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.