Abates nos EUA devem pressionar boi na Nova Zelândia
7 de agosto de 2012
Mercado físico da vaca gorda – 06-08-2012
7 de agosto de 2012

ABIEC afirma que não há risco de restrição de embarques para a UE

O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, disse que não há risco de suspensão dos embarques de carne bovina à União Europeia devido às preocupações da região com o uso de aditivos, promotores de crescimento, na alimentação do gado de corte.

Segundo ele, enquanto a proposta de sistema de segregação da produção sem o uso de tais substâncias beta-agonistas for elaborada e certificada pelas autoridades brasileiras e europeias, as fabricantes dos aditivos concordaram em não comercializar os produtos. “Na verdade, na prática, os produtores já conseguem fazer essa segregação na produção. Mas estamos, juntamente com a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e os produtores, elaborando esse sistema o mais rápido possível para entregarmos ao Ministério da Agricultura para repassar às autoridades da região”, disse o diretor.

Sampaio explicou que o uso desse produto é liberado somente para animais que são produzidos em regime de confinamento. “A União Europeia pode nos auditar quando quiser”, declarou. Ele comentou ainda que a Abiec recebeu mensagens de associações de importadores da União Europeia manifestando preocupação de uma ação mais concreta das autoridades da região e que uma reunião entre as autoridades brasileiras e europeias deve ser marcada para até o final deste mês.

No primeiro semestre do ano, os embarques de carne bovina à região somaram 51,027 mil toneladas, leve queda de 0,03% ante o mesmo período de 2011. Em receita, as exportações à União Europeia somaram US$ 364,509 milhões, recuo de 1,62%, com preços 1,60% menores na mesma base de comparação.

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

1 Comment

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    É possível sim segregar a produção para atender a diferentes nichos de mercado. Já existe tecnologia e mão-de-obra capacitada para isto. O importante agora é apenas definir como serão dadas as garantias para os clientes de que a segregação é efetiva. O usual nestes casos é a cadeia produtiva definir um protocolo de produção que garanta a segregação de forma segura e um processo de certificação de terceira parte que ateste seu cumprimento.