O aumento de 17% no preço da carne bovina no mercado internacional alavancou o crescimento das exportações brasileiras do produto em 2010. Com a alta da carne, apesar da redução da quantidade vendida, o valor das exportações do produto deve crescer 18% neste ano ante o resultado de 2009. A projeção foi feita ontem (13), em São Paulo, pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli. Ele afirmou também que, para o ano que vem, o valor das exportações deve ficar entre US$ 5,3 bilhões e US$ 5,5 bilhões.
O aumento de 17% no preço da carne bovina no mercado internacional alavancou o crescimento das exportações brasileiras do produto em 2010. Com a alta da carne, apesar da redução da quantidade vendida, o valor das exportações do produto deve crescer 18% neste ano ante o resultado de 2009. A projeção foi feita ontem (13), em São Paulo, pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli. Ele afirmou que as exportações de carne brasileira devem fechar o ano perto dos US$ 5 bilhões (cerca de R$ 8,5 bilhões). Em 2009, a exportação foi de US$ 4,1 bilhões (R$ 6,95 bilhões atualmente).
A previsão de Camardelli tem como base os últimos números sobre exportações contabilizados pela Abiec. Esses dados já apontam a tendência de redução do volume de exportações. Porém, indicam o aumento no preço da carne e, em consequência, os ganhos dos exportadores brasileiros.
Segundo a Abiec, no acumulado janeiro a novembro, o valor das exportações cresceu 19% na comparação entre 2009 e 2010. Passou de US$ 3,7 bilhões para US$ 4,4 bilhões. Já o preço médio da carne passou de US$ 3,2 mil por tonelada para US$ 3,8 mil durante o mesmo período.
“Quem faz o preço é o mercado”, disse Camardelli sobre a alta da carne. “A demanda aumentou e a oferta diminuiu. A alta foi natural.”
Esse aumento no preço acabou compensando a queda de 2% da quantidade de carne exportada pelo país. Nesses 11 meses, as vendas para fora caíram de 1,61 milhão de toneladas para 1,59 milhão de toneladas de acordo com a Abiec.
“O que mais interessa é a receita”, ressaltou Camardelli. “O mais importante é que o valor das exportações continue crescendo. Este ano, conseguimos recuperar alguns mercados perdidos na crise de 2008.”
Camardelli disse ainda que o mercado para a carne do país ainda tem muito a se expandir. A Abiec confia no fim das restrições às exportações brasileiras para a Europa e Estados Unidos. Também trabalha para crescimento em países da África, Oriente Médio, além de China e Cuba.
Camardelli afirmou também que, para o ano que vem, o valor das exportações deve ficar entre US$ 5,3 bilhões e US$ 5,5 bilhões.
A matéria é de Vinicius Konchinski, da Agência Brasil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Realmente o otimismo do Dr Camardelli chega a ser quase que contagiante – pena que nao reflita a realidade – é certo e temos que entender que a entidade tem que falar o que os bancos querem e necessitam ouvir mesmo que nao seja a pura expressao da verdade – mas dai a falar que o aumento de 17% no preco da carne alavancou o crescimento das exportacoes em 2010 (que crescimento??) é querer fugir da realidade – o aumento do preco da carne no mercado local e nas exportacoes simplesmente refletiu o grandioso aumento do preco do boi (hoje apesar da pequena queda ainda um dos mais caros (se nao o mais) do mundo!!) -e notem que mesmo este aumento de preco da carne nao acompanhou absolutamente o tamanho do aumento do preco do boi significando em ultima analise grandes prejuizos para os exportadores –
dizer que o aumento dos precos da carne indicam aumento de ganho (que ganho???) dos exportadores brasileiros é quase um pecado mortal – inaceitavel vindo de uma pessoa experiente e conhecedora do mercado como o presidente da abiec –
gracas aos tais aumentos de precos da carne , o Brasil vem continuamente perdendo o market share no mercado internacional – em 2007 exportamos 1.285.000 tons em 2008 1.022.000 -em 2009 926.000 – em 2010 devemos chegar no maximo a 950.000 tons – ou seja em 3 anos perdemos quase 30% em volume de carne in natura –
e acreditar no fim das restricoes na Europa e Estados Unidos (mercados em tremenda crise economica!) é ser otimista demais ou acreditar em Papai Noel…
é mais de que chegada a hora de passar ao mercado a realidade e a verdade das coisas – ja passou o tempo do ufanismo -pois se pelo menos a realidade for passada ao mercado os outros elos – principalmente os pecuaristas – poderiam entender melhor o porque acontecem as coisas (tipo recuperacoes judiciais etc) e nao chegar as conclusoes de que os frigorificos nadam em dinheiro e que as dolorosas recuperacoes judiciais que temos visto acontecer sao nada mais que golpes como muitos pensam….
Donos de frigorificos que batalharam a vida toda estao agora sofrendo injusticas perseguicoes e problemas familiares por terem sido forcados a pedir uma protecao legal para nao ir a falencia e prejudicar ainda mais o combalido setor –
Mas enquanto os frigorificos sofrem , os dirigentes das entidades ficam anunciando aos 4 cantos que tudo está maravilhoso…qundo na realidade todos os frigorificos sem excecao operam perdendo dinheiro!!! como pode ser isto??
Esta forma de se comunicar com o mercado tem que ser repensada pelos formadores de opiniao – caso contrario nunca vamos poder mudar esta conflituosa relacao pecuaristaxfrigorificos.
Tem se que falar a verdade nua e crua -e a verdade nao é absolutamente o que alguns estao tentando induzir -claro erros (muitos!) aconteceram por parte dos frigorificos – e estao pagando muito caro por isto – mas nao é falando inverdades ou com otimismo exagerado e utopico é que vamos consertar isto!