A crise mundial dos alimentos chegou também às carnes. A forte aceleração dos preços nos últimos meses está fazendo com que muitos países pisem no freio das importações. É o que apontam os dados mais recentes da Abiec. O embargo europeu e os preços elevados deverão derrubar as exportações de carne neste ano. A estimativa é que os embarques reduzam pelo menos 20%. Com isso, o total deverá ficar em 2 milhões de toneladas.
A crise mundial dos alimentos chegou também às carnes. A forte aceleração dos preços nos últimos meses está fazendo com que muitos países pisem no freio das importações. É o que apontam os dados mais recentes da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), divulgados ontem pelo novo presidente da entidade, Roberto Giannetti da Fonseca.
O embargo europeu e os preços elevados deverão derrubar as exportações de carne neste ano, segundo a Abiec. A estimativa é que os embarques reduzam pelo menos 20%. Com isso, o total deverá ficar em 2 milhões de toneladas, contra cerca de 2,5 milhões de toneladas em 2007. Entretanto, o faturamento deve ser 10% maior, impulsionado pela alta dos preços, chegando a US$ 5 bilhões.
Com menos boi e demanda acelerada, valorizando a arroba, o único caminho é ampliar a produção. “A solução para a crise de alimentos virá com o aumento da produção”, apontou Roberto Gianetti da Fonseca em sua primeira entrevista como presidente da Abiec. Para ele, são necessários preços remuneradores e novos investimentos no setor, incluindo a rastreabilidade.
Segundo o diretor executivo da Abiec, Luiz Carlos de Oliveira, o redirecionamento das vendas para outros mercados desmotivou os produtores a se adequarem às regras de rastreabilidade.
Reportagem de Roberto Tenório, da Gazeta Mercantil, informou que em maio o total embarcado fechou em queda de 25,7%, marcando 197,5 mil toneladas vendidas. O valor arrecadado ficou em US$ 478 milhões, alta de 7,7% em relação ao exercício anterior.
Em virtude do embargo da UE, os embarques de carne in natura, no acumulado até maio, caíram para os principais compradores da carne brasileira: Itália (81%), Reino Unido (68%) e Países Baixos (54%), respectivamente.
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É, não adianta espernear, dizendo que vai exportar menos, isso todos nós já sabemos a muito tempo.
A única coisa que o sr. Roberto Giannetti da Fonseca, esqueceu, ou talvez não saiba, é que não tem boi. Em plena safra, com a chegada do inverno, e nem assim os frigoríficos conseguem fazer escala para uma semana.
Motivo, não existe boi.
Portanto vai continuar subindo o preço da carne e dos alimentos no mundo, pois as pessoas no mundo inteiro melhoraram sua renda, e querem comer melhor. Alem disso o Sr. Roberto deveria se preocupar em abrir novos mercados, por. ex. a China, que tem 10% da sua população de novos ricos, pessoas com dinheiro, estão comprando desde carros de alto luxo, apartamentos, até alimentos, inclusive carnes nobres.
Sr. Roberto, o sr. tem a grande chance de mostrar sua capacidade de empreendedor, conquistando novos mercados para nossa carne. Seja melhor que seu diretor anterior, venda mais e melhor do que ele. É isso que o Brasil espera do Senhor, que leve o nosso nome cada vez mais aos quatro cantos do mundo, que ajude a balança brasileira de exportação, e acima de tudo dos seus associados, ajudando eles a venderem carnes, com uma boa margem de lucro. Pois no mercado internacional, a lei da oferta e procura é quem manda.
Lincoln, ex presidente do EEUU, no começo da vida era um homem pobre, tanto quando foi eleito pela primeira vez teve que emprestar dinheiro para fazer um terno digno do Congresso Americano, iniciou a Libertação dos Escravos no mundo, criador do voto as mulheres, e nos ensinou como fazer democracia, e ele já dizia em 1834 “Não devemos nos Enriquecer Esmagando os Miseráveis”.
Então ai fica minha opinião: R$ 40,00/R$ 50,00/ R$60,00 realmente é inviavél, mas agora R$ 90,00/100,00 é pior que o inviável, é esmagar o processo pecuário, só um ganha. A ganância é a pior maldição que as pessoas possam ter.
Com este novo cenário de mercado da arroba disparando, o preço da carne cada dia mais caro, comer carne será privilégio de poucos, o consumidor não vai demorar para buscar novas alternativas alimentares como o frango, peixe, ovo, etc. o que me assusta é uma pergunta que não quer calar, até aonde vai esta situação?
Será que a pecuária nacional nunca mais será a mesma? Será que conseguiremos produzir matrizes e bezerros suficientes para abastecer o mercado e as coisas voltarem a ser como antes? Ou será o surgimento de uma nova era no comércio mundial de carnes em que só os ricos terão acesso a este produto e mais uma vez os pobres ficarão de fora.