Análise Semanal – 23/03/2005
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Abiec promove carne brasileira em novos mercados

O sucesso crescente da carne brasileira no Exterior, comprovado em números: de 1,36 milhão de toneladas em equivalente carcaça exportadas em 2003 para 1,93 milhão de t no ano passado, deve-se muito ao trabalho de promoção desenvolvido desde 2001 pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Para a gerente de marketing da Abiec, Andréa Veríssimo, a comprovação efetiva do sabor e da maciez da carne produzida no Brasil se dá durante a degustação, quando o churrasco é servido no padrão tradicional: calor e sal grosso na medida. “Dentro da nossa ótica, para vender carne brasileira temos de vender a nossa cultura gastronômica”.

Assim como os franceses provaram e aprovaram o churrasco brasileiro na Sial Paris, em outubro de 2004, em abril será a vez dos portugueses, que destinaram ao Brasil 108 metros quadrados na Feira Alimentária Lisboa 2005.

Em maio, quando a Sial marcará a primeira feira similar na China após a abertura do mercado, a carne brasileira estará presente. Também a partir do mês de maio, o convênio Abiec/Apex Brasil leva pela primeira vez o selo Brazilian Beef a embaixadas, começando por Bulgária e Egito.

Os egípcios foram os maiores compradores de carne brasileira este ano e a Bulgária ampliou em 1.500% suas importações de carne do Brasil. Segundo a Abiec, o volume total de negócios realizados até o momento é de US$ 57,47 milhões e a expectativa para os próximos 12 meses é movimentar US$ 345,4 milhões. “O mundo precisa do Brasil para comer”, aponta o presidente da Abiec, Pratini de Moraes.

Produto de rebanho alimentado a pasto, a carne brasileira tem diferencial de qualidade divulgado no mundo inteiro pela marca Brazilian Beef, criada pela Abiec que, a fim de ampliar o volume exportado e de abrir mercados, firmou em 2004 convênio com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações do Brasil (Apex).

Com um aporte de R$ 3,56 milhões, indústrias e exportadores brasileiros prospectam mercados em feiras e embaixadas de diversos países, além de trazerem ao Brasil possíveis compradores e divulgadores para que conheçam in loco os processos de criação, abate e industrialização dos cortes.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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