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ABPO: pecuaristas orgânicos do Pantanal ampliam portfólio

Os sete anos de vendas de bois orgânicos à JBS foram muito além do retorno financeiro imaginado pelos pecuaristas do Pantanal. A parceria comercial com a maior processadora de carnes do mundo serviu para a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) se profissionalizar e aprender os meandros dos negócios que levam à diversificação do portfólio.

Os sete anos de vendas de bois orgânicos à JBS foram muito além do retorno financeiro imaginado pelos pecuaristas do Pantanal. A parceria comercial com a maior processadora de carnes do mundo serviu para a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO) se profissionalizar e aprender os meandros dos negócios que levam à diversificação do portfólio. E eis o resultado: a partir deste mês, os pecuaristas pantaneiros passarão a entregar polpa de maracujá orgânico com exclusividade à Native, gigante do segmento de alimentos ecológicos sediada em Sertãozinho (SP). Desde 2005, a ABPO é fornecedora exclusiva de 500 cabeças de bois orgânicos por mês à empresa.

A reviravolta era estudada há algum tempo. “Nas feiras sempre nos perguntavam: mas vocês vendem só carne?”, lembra Leonardo Leite de Barros, presidente da ABPO, referindo-se à dispersão da cadeia de suprimentos de orgânicos e à demanda crescente por esse tipo de alimentação no Brasil. “A gente sabia que precisava de um planejamento estratégico para saber para onde ir”.

O primeiro passo foi atrair produtores familiares e assentados da região de Campo Grande (MS), onde está localizada a associação. Dos 14 pecuaristas iniciais, a ABPO pulou para 41 associados com a chegada dos agricultores. Com um leque maior de opções no campo, o próximo passo foi sair atrás de potenciais clientes para ver o que faltava no mercado.

Barros deparou-se na Native (Grupo Balbo), que lançará sua linha de sucos orgânicos, geleias, achocolatados e cereais e tinha uma demanda específica: maracujá, um das frutas mais requisitadas pelo mercado brasileiro de sucos, mas incomum no Estado de Mato Grosso do Sul.

“Partimos do que o mercado queria e não do que os agricultores tinham, porque não havia mercado para o que eles possuíam”, diz o pecuarista. A parceria com o Sebrae ajudou no treinamento e capacitação para a produção certificada pelo IBD.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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