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Abrafrigo: falta de crédito mantêm crise no setor

"A ausência de políticas de financiamento do BNDES, destinadas ao atendimento do setor de pequenos e médios frigoríficos, continua deixando o setor fragilizado e pessimista sobre o seu futuro. O pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Frialto, empresa tradicional e bem conceituada no mercado de carnes, com 2.500 funcionários e composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos, Agropecuária Ponto Alto Ltda. e Urupá Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, é mais um exemplo de como o BNDES se mostra insensível para as necessidades das pequenas e médias empresas. O problema do Frialto estende a desconfiança para os produtores e o sistema financeiro, levando mais dificuldades para toda a cadeia produtiva. Temos conhecimento que o próprio Frialto requereu financiamento do BNDES e não foi atendido. Assim como esta empresa, outras de igual porte têm sido barradas, inexplicavelmente."

“A ausência de políticas de financiamento do BNDES, destinadas ao atendimento do setor de pequenos e médios frigoríficos, continua deixando o setor fragilizado e pessimista sobre o seu futuro. O pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Frialto, empresa tradicional e bem conceituada no mercado de carnes, com 2.500 funcionários e composto pelas sociedades Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos, Agropecuária Ponto Alto Ltda. e Urupá Indústria e Comércio de Alimentos Ltda, é mais um exemplo de como o BNDES se mostra insensível para as necessidades das pequenas e médias empresas. O problema do Frialto estende a desconfiança para os produtores e o sistema financeiro, levando mais dificuldades para toda a cadeia produtiva. Temos conhecimento que o próprio Frialto requereu financiamento do BNDES e não foi atendido. Assim como esta empresa, outras de igual porte têm sido barradas, inexplicavelmente.” A observação é do presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar.

Segundo ele, já há os casos dos frigoríficos Quatro Marcos e o Independência que estão em processo de recuperação judicial porque não conseguiram crédito no BNDES para continuar atuando normalmente.

As dívidas do grupo estão estimadas em R$ 400 milhões. O grupo possui uma receita anual de R$ 1,2 bilhão e, em 2009, já havia reestruturado parte de suas dívidas com credores financeiros ao redor de R$ 360 milhões, não conseguindo, no entanto, novas linhas de crédito. Conforme comunicado publicado no site da empresa, o Frialto pediu recuperação judicial “para assegurar a continuidade operacional das unidades frigoríficas em atividade” e tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação à Justiça. O prazo para aprovação do plano pela Justiça é de 180 dias, período em que a empresa fica protegida contra ações e execuções.

“A ABRAFRIGO apela para as autoridades no sentido de que o BNDES também apóie as pequenas e médias empresas, porque entende que ajudá-los a se recuperar e permanecer no mercado significa amparar milhares de pecuaristas fornecedores e todo o conjunto de atividades que orbitam ao redor destes frigoríficos”, finaliza o seu Presidente Péricles Pessoa Salazar.

As informações são da Abrafrigo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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