Subprocuradores da República e a Associação Brasileira de Supermercados assinaram na manhã desta segunda-feira (25) um termo de cooperação técnica para evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina proveniente de áreas desmatadas na Amazônia ou onde tenham sido constatadas outras irregularidades ambientais e sociais, como invasão de terras públicas e trabalho escravo.
Subprocuradores da República e a Associação Brasileira de Supermercados assinaram na manhã desta segunda-feira (25) um termo de cooperação técnica para evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina proveniente de áreas desmatadas na Amazônia ou onde tenham sido constatadas outras irregularidades ambientais e sociais, como invasão de terras públicas e trabalho escravo.
A Abras terá a partir de agora papel de orientar, fiscalizar e propor medidas educativas aos supermercados e outros estabelecimentos do mercado de carnes que estão sob o seu comando. De acordo com o presidente da associação, Fernando Yamada, a assinatura do texto é um marco na luta contra o comércio e abate ilegal de carnes no setor.
Agora, o supermercadista deverá exigir do seu fornecedor um produto legal e de qualidade.O termo também tem o objetivo de prevenir o abate em locais de proteção ambiental e em regiões ocupadas por comunidades indígenas ou quilombolas. O texto ainda objetiva acabar com a mão de obra ilegal, incluindo o trabalho escravo infantil.
Para o subprocurador do Ministério Público Federal no Pará, Daniel Cesar Aseredo, o abate ilegal é uma prática que preocupa, principalmente quando se refere às áreas desmatadas como a região da Amazônia. De acordo com Aseredo, o MPF pretende fazer parcerias com outros ministérios e com os MPs estaduais para eliminar essa prática. Até 2012, o Pará era considerado maior consumidor de carne bovina a partir do desmatamento na Amazônia.
Fonte: G1, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
1 Comment
Por favor não misturemos os assuntos. Abate ilegal é o abate de animai feito de maneira clandestina, sem qualquer tipo de inspeção sanitária e normalmente com uma higiene abaixo da necessária. O comércio de carne oriunda de abate ilegal é, como o nome já diz, ilegal. Ponto final. Não cabe acordo do ABRAS simplesmente para cumprir a lei. Um outro tipo de problema é a qualidade da inspeção feita. Aqui há uma discussão muito grande e antiga entre a equivalência ou não dos serviços de inspeção. Como regra a inspeção federal atualmente é, na maioria das vezes, mais criteriosa que a Estadual e Municipal. Mas há questões importantes de viabilidade econômica dos diferentes tipos de serviços de inspeção de acordo com a escala do frigorífico. E um terceiro assunto é a questão da origem dos animais. Se são oriundos ou não de propriedades que cumprem integralmente com a legislação vigente e como comprova-lo. Lembrem-se que quem vende carne aos varejistas são os frigoríficos e não os pecuaristas. Mas o que se quer com o acordo feito é que os supermercados passem a exigir garantias a respeito da origem dos animais dos seus fornecedores frigoríficos, todos eles com serviços de inspeção sanitária operando normalmente. Mas se misturarmos tudo, abate ilegal com garantia de origem dos animais, como fez o subprocurador do MPF no Pará, Dr Daniel Cesar Aseredo, não entenderemos absolutamente nada.