A Acerta (Associação Brasileira das Empresas de Rastreabilidade e Certificação Agropecuária) divulgou na tarde de ontem um comunicado. Leia abaixo o comunicado na íntegra:
A respeito da movimentação em Brasília/DF, observada pela realização da reunião da Câmara Setorial da Carne, em 02/12, convocada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e respondendo a uma série de questionamentos e interpretações divulgadas pela imprensa, a ACERTA Associação Brasileira das Empresas de Rastreabilidade e Certificação Agropecuária informa que:
1. O SISBOV, sistema instituído pelo Governo Federal através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a rastreabilidade de nosso rebanho bovino, nunca foi obrigatório e mantém o caráter voluntário de sempre.
2. Diversos setores da cadeia produtiva da carne apóiam a manutenção do SISBOV e da rastreabilidade, porquanto o Sistema tem o potencial de gerar um bônus de valor agregado para o animal rastreado pago pelos frigoríficos.
3. As exportações brasileiras ganharam impulso em função de mercado e câmbio favoráveis, mas também pela existência de um mecanismo de regulação e controle unificado o SISBOV. Com a inserção de exigências sanitárias mais rigorosas nos protocolos de comércio exterior e a implantação da General Food Law (Norma 178), não haverá saída do produto brasileiro se não houver rastreabilidade garantida, neste caso pelo SISBOV.
4. O SISBOV, é um sistema relativamente novo e deve passar por uma revisão abrangente para ajustar procedimentos atuais que são geradores de conflitos com a realidade do campo (tais como registros de movimentações, emissão de DIAs, embarques etc).
5. Para tanto, o MAPA sugeriu a criação de um Grupo de Trabalho do qual a ACERTA participa com prazo de 60 dias para analisar conceitos e modificações consistentes do SISBOV. Esse Grupo de Trabalho deverá reunir-se no próximo dia 14/12, em Brasília/DF, para escolher seu coordenador e analisar regulamentos, normas e regras atuais.
6. A contribuição da ACERTA no Grupo de Trabalho será de caráter rigorosamente técnico, posicionando os demais participantes quanto às inconsistências nas propostas, normatização brasileira e internacional, discrepâncias conceituais (identificação animal, rastreabilidade, certificação etc), especificações diversas e aspectos éticos.
Em janeiro de 2003, 27 empresas de rastreabilidade e certificação uniram-se em torno da ACERTA para promover a melhoria dos serviços. Neste período foram investidos cerca de R$ 23 milhões em infra-estrutura e capacitação profissional. A ACERTA estima que o segmento incorporou um verdadeiro batalhão de técnicos, onde mais de 3.400 profissionais estão envolvidos no processo de extensão rural. Até o momento, o setor responde por mais de 90 mil propriedades inscritas no SISBOV e pelo cadastro nacional de 36 milhões de cabeças e outras 11 milhões em processamento.
Fonte: Assessoria de imprensa da Acerta