Responsáveis por uma demanda de US$ 30 bilhões ao ano, os 12 principais países árabes absorveram 4% de todas as bebidas e os alimentos vendidos no mundo em 2007. Mesmo com uma participação de 16% na demanda global dessas nações, o Brasil busca reposicionar sua "marca" nestes mercados de alta renda per capita e forte expansão demográfica na última década. O mundo árabe entrou de vez no radar dos exportadores brasileiros.
Responsáveis por uma demanda de US$ 30 bilhões ao ano, os 12 principais países árabes absorveram 4% de todas as bebidas e os alimentos vendidos no mundo em 2007. Mesmo com uma participação de 16% na demanda global dessas nações, o Brasil busca reposicionar sua “marca” nestes mercados de alta renda per capita e forte expansão demográfica na última década. O mundo árabe entrou de vez no radar dos exportadores brasileiros.
Bastante vinculados a preços competitivos, os produtos brasileiros devem agora ter sua imagem associada à “sofisticação”. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) realizará uma rodada de negócios em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no fim deste mês, batizada como “Flavours from Brazil”. O evento conta com a participação de 40 empresas exportadoras brasileiras de diversos produtos alimentícios, entre eles café, carne bovina, aves, biscoitos, doces, chocolates, frutas, sucos, lácteos, vinhos finos e produtos orgânicos.
Segundo o coordenador de Imagem e Acesso a Mercados da Apex, Juarez Leal, a idéia é melhorar a “marca Brasil”, direcionando para a qualidade superior do produto, e não apenas para o preço. Depois do evento, a Apex trará cerca de 50 importadores dos países árabes para uma visita de dois dias ao Brasil. O roteiro inclui visitas a indústrias, fábricas, portos e distribuidores dos produtos brasileiros. “Vamos mostrar os processos de produção e mudar a estratégia de feiras para os pontos de venda”, afirma Leal.
Até o momento, foram identificadas algumas tendências de mercado dos países árabes. No café, há uma alta de consumo, mas exigência cada vez maior por marcas específicas. O consumo de sucos de frutas cresce, mas o Brasil está centrado apenas na laranja, cuja demanda está em queda. O consumo por frutas frescas, produtos lácteos e alimentos processados avança, mas os brasileiros têm ficado para trás na concorrência.
Entre os importadores árabes estão representantes da Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e Iêmen. A matéria, de Mauro Zanatta, foi publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.