Mercado Físico da Vaca – 26/02/10
26 de fevereiro de 2010
Mercados Futuros – 01/03/10
2 de março de 2010

Acompanhamento de abate: você já usou esse serviço?

Como ainda não há um padrão brasileiro de toalete e até pesagem, um serviço que vem sendo utilizado por alguns pecuarsitas é o acompanhamento técnico e profissional de abates. Você contrata serviços de acompanhamento de abate? Quais os motivos para usar ou não usar esse tipo de serviço?

Como ainda não há um padrão brasileiro de toalete e até pesagem, um serviço que vem sendo utilizado por alguns pecuarsitas é o acompanhamento técnico e profissional de abates. A ideia é ter a supervisão de profissionais especializados durante a matança, pois apenas presença física na planta frigorífica durante o abate não melhora ou garante nada. As empresas que atuam nesta área sugerem que só uma pessoa capacitada será capaz de avaliar e principalmente discutir os critérios a serem adotados.

Esse acompanhamento também pode ajudar a medir os resultados do pecuarista: por exemplo, o rendimento de carcaça desse lote (ou desse ano) foi melhor ou pior que o anterior. O que influenciou nesse resultado? O que pode ser mudado/melhorado?

Gostaríamos de saber o que os usuários do BeefPoint pensam sobre este assunto. Você contrata serviços de acompanhamento de abate? Se sim, que empresa/profissional você utiliza? Quais os motivos para usar ou não usar esse tipo de serviço?

Utilize o box de cartas do leitor, abaixo, para nos enviar sua opinião e comentários sobre o tema.

30 Comments

  1. ABIO JUNQUEIRA disse:

    Eu contrato este serviço pago R$1,00 por cabeça no Bertim de Mozarlandia/GO e fico mais tranquilo, pois o pessoal é especializado, tem até ex funcionários aposentados do frigorífico, que cobram uma sangria menos agressiva. Já estive na sala de desossa e tem muita irregularidade, talvez pela inexperiência ou pelo cansaço dos funcionários.

  2. Wilhelm Leidemmann Voss disse:

    Custa caro? Quanto custa? Puxa, dá prá fazer um precinho melhor? Não quero entrar no mérito da questão dos honorários dos nobres colegas que realizam este tipo de serviço. Quero comentar o importante trabalho que estes realizam. Produtor, pense como um investimento, pois como foi brilhantemente levantada a questão pela Beef Point, você usando destes profissionais, você estará melhorando seus resultados ao começar a comparar os rendimentos de terminação, comparar o investimento feito na engorda e o real retorno do mesmo, enfim, você terá a correta terminação do seu investimento e terá nortes claros de onde terá que melhorar ou não. O profissional altamente gabaritado para tal, chega ao ponto de, supondo que uma matança esteja sendo “limpa” demais, ele mandar parar a matança e ir discutir de igual para igual o rendimento e onde estão limpando “a mais”, fazendo total resguardo do patrimônio do pecuarista. Eu, dou assessoria em frigoríficos e já fiz alguns trabalhos para pecuaristas e vejo profissionais desta envergadura e aplaudo o trabalho dos mesmos, pois como em todos os ramos, existem “frigoríficos” e frigoríficos. Começe a sopesar na sua balança monetária o quanto lhe retornará ter um “olho” seu dentro da matança e um cérebro para defender o seu bolso! Pense nisto como investimento e não como gasto! Bom trabalho a todos!!!

  3. Gustavo Costa Tiveron disse:

    O acompanhamento de matança pode ser uma boa ferramenta para o pecuarista e também para o frigorífico. Frigoríficos idoneos não tem nada a perder, pelo contrário, só a ganhar, afirmando cada vez mais a sua seriedade e comprometimento com o pecuarista-fornecedor.
    Vale a pena lembrar que para se ter um rendimento real é preciso pesar os animais corretamente na fazenda respeitando o jejum, pois sem isso, tem-se um falso rendimento e a culpa é sempre do frigorífico. Instruir o funcionário responsável pelo gado é fundamental, pois se ele “querendo ajudar” pode atrapalhar o seu próprio tabalho e comprometer o trabalho de outros.

  4. Renildo Marques Teixeira disse:

    Olá, gostaria de receber mais informações sobre “acompanhamento de abate”.
    É realmente viável?
    Obrigado!

  5. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Taí um bom tema de seminário a ser patrocinado pelo BeefPoint.

    Acompanhamento se faz para evitar roubos na toalete e na balança, este último bem mais difícil de coibir.

    Coibir roubo na toalete é mais fácil, embora isso exija inspetores com amplo conhecimento PRÁTICO do serviço de limpeza de uma carcaça. Pecuarista que não tomar suas precauções pode sofrer com uma sangria mal feita (que acarreta maior perda de carne), ficar sem muita gordura de cobertura numa esfola começada por faqueiros preguiçosos, e receber nas carcaças de seu gado a chamada “toalete padrão”, com a remoção em excesso da nobre gordura de cobertura. Pode ainda ficar sem peças como pacuzinho, matambre, fitão, aranha, e (pasmem) até mesmo sem cupim.

    Só isso já paga amplamente os honorários de grupos como a Abate Consultoria, de Goiânia, e o Escritório do Fausto, de Rio Verde (GO). Uma vez tive o desprazer de pagar uma outra empresa, cujo inspetor (eu depois soube) foi uma pessoa que eu conhecia e sabia ser um total ignorante da arte de acompanhamento de abates.

    Tenho notado uma elevação no padrão ético das pesagens. Vacada Nelore de 14,5 arrobas tem dado mais de 51% de rendimento, peso antes de beber, mas de bucho cheio. Isso eu nunca havia visto.

    Este é um ponto ao qual os pequenos frigoríficos precisam dar muita atenção, ao invés de ficarem se deblaterando contra empréstimos do BNDES. A moralização desta questão da balança (mas não necessariamente da toalete num abate desassistido) tem partido dos médios e dos grandões, que sabem que não podem vacilar na manutenção de uma boa imagem pública. Afinal — pensará o consumidor –, quem é ladrão vai manter bons padrões de higiene, qualidade de matéria prima e de ética nas relações de trabalho e proteção do meio ambiente?

    Se é mais fácil coibir roubo na toalete, bem difícil é evitar pagar mico quando se reclama de pesagem. O pecuarista precisa fazer sua lição de casa muito bem feita e construir seu banco de dados. Precisa ter noção muito precisa da variação do rendimento com o acabamento e raça. Mais pesado, mais rende. Mais anelorado, mais rende, com exceção das cruzas com raças de musculatura dupla.

    É surpreendente que a CNA não patrocine estudos tão baratos e economicamente tão impactantes quanto estes de rendimento no abate em função de horário de pesagem, tempo de caminhão, tempo de descanso no curral de abate, raça, sexo. A Kátia Abreu bem que podia dar atenção a esta questão, tão básica e tão “esquecida”.

  6. Neilor Consentino Fontoura disse:

    Seria de extrema importância a conscientização na necessidade de nós produtores acompanharmos o abate, ja que estamos a mercê de uma série de industrias que impõem seus padrões e no intuíto de maximizar seus lucros lesam de maneira “criminosa” o produtor que por boa fé ou ignorância entrega o fruto do seu trabalho nas mãos da industria que deveria zelar pelo patrimônio de seu maior parceiro o produtor.

  7. Lauro Klas Junior disse:

    Por muito tempo contratei pessoas para acompanhamento.Nunca encontrei alguém que justificasse o custo.
    Hoje procuro vender somente para frigorífico que considero mais confiável e faço o acompanhamento de rendimento de carcaça pesando os bois na fazenda e comparando com o peso do frigorífico.
    O que se nota que todos os frigoríficos passaram a “limpar” mais as carcaças, derrubando o rendimento que era de 54% para algo em torno de 52%.

  8. luiz ricardo lacerda disse:

    Infelizmente, como em todo negocio, existem os picaretas. Funcionarios destas empresas, tambem aceitam uma propinazinha dos frigorificos para fazerem corpo mole e ai o prejuizo e ainda maior. Temos FAEG com o pese bem mas nem assim o peso e correto. Roubam dos produtores na maior cara dura. Os sindicatos rurais que recebem um mundareo de dinheiro deveriam fazer este servico pra nos. nao adianta ir somente uma pessoa, e tem que retirar um programinha(software) que existe dentro dos computadores que controlam a balanca que diminui o peso real conforme ELES querem. Infelizmente nos pecuaristas estamos fadados a trabalharem para Laticinios e Frigorificos pois nao temos representatividade e nem uniao.

  9. Wilhelm Leidemmann Voss disse:

    Sr Renildo, se quiser, passe um e-mail para wilhelmvoss@bol.com.br que eu posso te indicar, no mínimo duas empresas especializadas e idôneas, aí eles entrarão em contato com o sr. Abraços.

  10. Antonio Davoli disse:

    Alem do acompanhamento no abate pode-se direcionar o acompanhamento total desde a fazenda ate a venda direta para os compradores da CARNE , sitema que ja desenvolvemos e com isto se agregar valores na hora da venda.
    Este projeto ja foi utilizado por varios pecuaristas e os resultados sempre fizeram e proporcionaram um valor agregado muito satisfatorio.

  11. Rafael Henrique Ruzzon Scarpetta disse:

    Nunca utilizei serviço de terçeiros, porém não deixo de assistir nenhum abate. É importantíssimo que alguém acompanhe o abate, muitas vezes apenas o fato de estar lá olhando já faz diferença no rendimento.

  12. Bruno Reis disse:

    boa noite, gostaria de receber mais informações a respeito do acompanhamento de abate e o que é necessario para ser um acompanhante de abate, um curso ou treinamento.obrigado.

  13. salmo diogenes antonio de souza disse:

    gostaria de ter informaçoes mais detalhadas sobre acompanhamento de abate.obrigado

  14. Cleomar Schuch disse:

    Nós ainda não utilizamos mas há bastante pecuaristas aderindo a este acompanhamento e todos dizem que dá diferença. Acho que seria importante se os pecuaristas tivessem acesso a algum tipo de curso para saberem melhor onde é realizada a limpeza e onde pode ser tirado e onde não pode, fica essa sugestão a todos.

  15. Fernando de Oliveira Nunes disse:

    O termo ASSESSORIA gera um significado maior na questão de acompanhamento de abate, temos a função de corrigir os chamados GARGALOS por onde saem os lucros dos pecuaristas. Produzimos juntamente com nossos parceiros ferramentas a nossos clientes para que os mesmos possam saber exatamente o que estão vendendo aos frigoríficos, fazemos os chamados FEED-BACKS, voltando o processo no início para descobrir-mos onde estão os erros. Existem dezenas de fatores ligados diretamente a um bom rendimento de carcaça, animais bem apartados, bem pesados, bem manejados, abolindo gritos, choques e pancadaria dentro ou fora dos currais de embarque, a dieta de embarque, a caracterização dos animais, ao acabamento de gordura ,o transporte e principalmente ao descanso e a dieta hídrica nos currais de abate. Os frigoríficos não tem interesse em adquirir animais machucados ou até mesmo mal vacinados, que é onde mora um dos vilões, animais vacinados em locais errados gerando hematomas e caroços que chegam a pesar kilos. Deve-se sim corrigir o processo dentro da propriedade porque no frigorífico fica então mais difícil. Aos assessores em abate resta cuidar com carinho , com ética e principalmente com capacitação absorvendo todos os dados possíveis dos animais e também do próprio frigorífico e repassando as pecuaristas. Melhores animais, melhores processos, melhores medicamentos, melhores funcionários, melhores currais, melhores manejos, tudo acompanhado de assessores em abate pode trazer excelentes resultados em abate. Fernando Nunes – Diretor Comercial

  16. Rubens Mendes Veloso Júnior disse:

    Como alguns amigos disseram, também acompanho todos os abates da nossa fazenda, seja de uma carrada apenas, seja de trinta ou mais. Alguns vizinhos e conhecidos nossos dizem que isso é bobeira, pois a presença do produtor ao invés de intimidar faz com que eles limpem mais excessivamente ainda a carcaça, talvez por incômodo pela presença do proprietário delas. Porém, incomodando ou não, acompanho a todas elas. Gostaria de propor, como alguém já citou, a possibilidade de disponibilizarem para nós material sobre acompanhamento de abate, ou, ainda melhor, cursos sobre acompanhamento de abate em frigoríficos. Afinal de contas temos que cuidar muito melhor do que é nosso…

    Abraços.

    Júnior.

  17. Francisco Assis Xavier disse:

    Não vi aqui nenhum comentário ao contrário, isto devido a ser realmente primordial o acompanhamento e a devida fiscalização ao ABATE, que o diga os Pecuaristas que já tiveram largos prejuizos neste assunto. Claro que, precisa-se de melhores profissionais e cursos de capacitação, Digo isto como Ex-Funcionário de Frigorifico, e hoje atuando neste segmento e mais, Rastreamento SISBOV, Compra e Venda de Bovinos para Abate e Reposição. fica ai a oferta e opção.. Grato.

    Abraços

    Francisco

  18. Osmar Pereira da Fe disse:

    esta questão, de responsabilidade,deveria ser indereçada à inspeção federal,que juntamente com o controle de qualidade,deverá monitorar os padrões de carcaças obtidas no abate.se, em alguns frigorificos tiram até o cupim,é porque o sif local está permitindo,porque ao tirar da carcaça,dentro da sala de abate, a peça deverá ser direcionada por meios proprios de condução à algum setor para ser elaborado,menos para o setor de miúdos,pois não se trata de carnes industriais.e se porventura esta peça for retirada da carcaça,está sendo feita em local inadequado e que não consta no projeto das instalações aprovadas no sif.portanto o orgão fiscalizador-sif-deverá coibir estas práticas,pois entendemos que o orgão federal deverá,neste caso, fazer cumprir a portaria nº 612 que trata do sistema nacional de tipificação de carcaças,iten -2.1 – portaria do próprio serviço de inspeção.Pensamos que todo produto retirado da carcaça,fora da lesgislação acima,e fora do local preconizado em projeto anteriormente aprovado, deverá ser proibido pelo sif,e se em caso de continuidade,o estabelecimento punido.

  19. luiz ricardo lacerda disse:

    caro francisco assis xavier, voce deveria ler melhor os comentarios. tiveram dois contrarios contando com o meu. se fosse possivel utilizar estes servicos com o acompanhamento dos donos das assessorias seria bom, mas quando eh enviado algum funcionario ai nao funciona pois a maioria eh comprada. abraco.

  20. MARIO OLIVEIRA MACEDO disse:

    Gostaria de saber se alguem, seja firma de consultoria ou particular, tem acesso ao programa da balança eletrônica dos frigoríficos? O fato é que no que já pude costatar, quando se compara um abate feito na propriedade com o rendimento do frigorífico há uma diferença em torno de 4%. Já houvi comentário que a carcaça perde 3% em pêso no processo de resfriamento e que esse desconto cai nas costas do pecuarista, mas isto não é assumido nem formalizado pelos frigoríficos. Vejo sempre muita preocupação com a limpeza da carcaça, mas nunca vi ninguem falar que verificou o programa da balança e que não há desconto.

  21. Carlos Magno Pereira disse:

    Acho válida a idéia do acompanhamento/abate por profissional capacitado; outro ponto a ser discutido é se o mesmo irá questionar ou não sobre o softwere utilizado pelo frigorífico durante às pesagens.

  22. Mario Wolf Filho disse:

    O acompanhamento do abate é muito importante, tanto por um profissional e o proprio Pecuarista, agora oque realmente nos precisariamos é através do legislativo federal criarmos uma lei de padronização do TOALETE, e o mesmo Fiscal do MAPA faria a fescalização, e quando o abate fosse acompanhado por um profissiona de abate ou o proprio pecuarista este estaria ali para arbitrar qualquer duvida. E assim o programa das balanças dos produtores realmente seria eficaz.

  23. Cleziomar A. V. Egidio disse:

    Sr. Mario de Oliveira Macedo, trabalho em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás-FAEG através do Pesebem que hoje está presente nos maiores frigoríficos aqui do estado como é o caso do JBS Friboi e Bertim, Marfrig, Minerva, MataBoi com planos de instalar em mais três e anteriormente, quando estava ativo, no Independência.

    Tive a oportunidade de criar o software que o Pesebem-FAEG utiliza para realizar a pesagem dos animais dentro do frigorífico. Uma forma de ter uma segunda pesagem IMPARCIAL mais concreta em relação ao peso do animal/lote e não meramente se basear no cálculo de rendimento de carcaça, algumas vezes falho ou por falta de conhecimento de quem o realiza ou até pelo fato de realizar sem padrões definidos, utilizando de balanças não aferidas para pesar o animal vivo na fazendao e até mesmo não fornecendo um regime ideal aos animais para se obter um peso “aproximado” e não concreto do real conforme foi sinalizado pelos colegas aí acima.

    Neste período pude constatar alguns percalços e entrei em discussões, algumas um tanto mais acaloradas com a indústria a respeito da forma de captura do peso pelo sistema de pesagem (Software) que eles utilizam, que ao meu ver é o estêio principal tanto por parte do frigorífico que paga baseado neste peso tanto para o produtor que recebe.

    Confirmei que alguns frigoríficos utilizam uma forma equivocada para registrar/gravar os pesos enviados ao computador pelas balanças tendais, levando em consideração o tempo de entrada da carcaça na balança e não a estabilidade informada pela mesma. Foi observado que independente da marca da balança e mesmo ela estando corretamente aferida e calibrada o peso registrado nem sempre é o peso estável que a balança informa.

    Para tentar explicar sendo mais didático e um pouco mais técnico funciona da seguinte maneira:
    A partir do momento que a carcaça entra na balança, a mesma é acionada pesos são enviados continuamente ao software de pesagem. Estes pesos são em sua maioria pesos errados do peso real da carcaça, por influências externas como funcionários que esbarram na carcaça ou solavancos ocorridos na nora, etc. Desta forma, em determinado momento que se tem uma certa estabilidade, sem influências externas, ou seja não há interferência de movimento na carcaça a própria balança envia dentre todos estes pesos errados alguns pesos estáveis sendo estes o peso correto da carcaça.

    O que vi em alguns frigoríficos foi a falta de conhecimento da equipe que cuida do software de pesagem, onde nem ao menos sabiam que existiam este momento de estabilidade que a própria balança informa e quando sabiam ignorava.

    Foi o caso da unidade do Independência Senador Canedo-Go. Após dias discussões sobre diferenças de pesos e de aferimentos junto com o fabricante das balanças, averiguações nos dois softwares de pesagem foi constatado o erro por parte do frigorífico na forma de captura destes pesos. Este por se mostrar um frigorífico sério responsável logo corrigiu.

  24. Henrique de Freitas Tavares disse:

    Eu faço da seguinte forma:

    1) Peso os animais do abate na véspera, em jejum de 12 horas, na fazenda;
    2) Numero-os de 1 a 18, p. ex.;
    3) Faço uma tabela no programa excel, no computador com colunas e linhas indicando os números dos animais, pesos em jejum, arrobas e bandas;
    4) No dia do abate, fico posicionado em local em que posso ver e identificar o animal a ser erguido após o abate e vejo o numero que marquei na anca, marco no mesmo papel que fiz no excel a posição dele de entrada (p.ex. animal número 5 entrando em primeiro lugar) e assim até o ultimo animal;
    5) Acabando o 18o. animal, corro até a limpeza para acompanhar de perto e fica na balança outra pessoa de confiança.

    Certa vez, isto fez diferença, pois entrou um animal pesado em segundo lugar e o mesmo havia pesado 5 arrobas a menos, contestei e logo “acharam aquele animal” posicionado em ultimo lugar.

  25. Almir Barbosa Tomaz Sobrinho disse:

    Bom dia, achei muito interessante o tema discutido e gostaria de receber mais informações a respeito.

  26. Cleziomar A. V. Egidio disse:

    Sr. Mario de Oliveira Macedo, trabalho em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás-FAEG através do Pesebem que hoje está presente nos maiores frigoríficos aqui do estado como é o caso do JBS Friboi e Bertim, Marfrig, Minerva, MataBoi com planos de instalar em mais três e anteriormente, quando estava ativo, no Independência.

    Tive a oportunidade de criar o software que o Pesebem-FAEG utiliza para realizar a pesagem dos animais dentro do frigorífico. Uma forma de ter uma segunda pesagem IMPARCIAL mais concreta em relação ao peso do animal/lote e não meramente se basear no cálculo de rendimento de carcaça, algumas vezes falho ou por falta de conhecimento de quem o realiza ou até pelo fato de realizar sem padrões definidos, utilizando de balanças não aferidas para pesar o animal vivo na fazendao e até mesmo não fornecendo um regime ideal aos animais para se obter um peso “aproximado” e não concreto do real conforme foi sinalizado pelos colegas aí acima.

    Neste período pude constatar alguns percalços e entrei em discussões, algumas um tanto mais acaloradas com a indústria a respeito da forma de captura do peso pelo sistema de pesagem (Software) que eles utilizam, que ao meu ver é o estêio principal tanto por parte do frigorífico que paga baseado neste peso tanto para o produtor que recebe.

    Confirmei que ALGUNS frigoríficos utilizam uma forma equivocada para registrar/gravar os pesos enviados ao computador pelas balanças tendais, levando em consideração o tempo de entrada da carcaça na balança e não a estabilidade informada pela mesma. Foi observado que independente da marca da balança e mesmo ela estando corretamente aferida e calibrada o peso registrado nem sempre é o peso estável que a balança informa.

    Para tentar explicar sendo mais didático e um pouco mais técnico funciona da seguinte maneira:
    A partir do momento que a carcaça entra na balança, a mesma é acionada pesos são enviados continuamente ao software de pesagem. Estes pesos são em sua maioria pesos errados do peso real da carcaça, por influências externas como funcionários que esbarram na carcaça ou solavancos ocorridos na nora, etc. Desta forma, em determinado momento que se tem uma certa estabilidade, sem influências externas, ou seja não há interferência de movimento na carcaça a própria balança envia dentre todos estes pesos errados alguns pesos estáveis sendo estes o peso correto da carcaça.

    O que vi foi a falta de conhecimento da equipe que cuida do software de pesagem, onde nem ao menos sabiam que existiam este momento de estabilidade que a própria balança informa e quando sabiam ignorava.

    Foi o caso da unidade do Independência Senador Canedo-Go. Após dias discussões sobre diferenças de pesos e de aferimentos junto com o fabricante das balanças, averiguações nos dois softwares de pesagem foi constatado o erro por parte do frigorífico na forma de captura destes pesos. Este por demonstrar certa responsabilidade logo corrigiu!

  27. Walker Diogenes Ricarte disse:

    Faço este trabalho para vários pecuaristas no Mato Grosso, uma vez que trabalhei em plantas frigorificas pela Bertin S/A, como Consultor Interno Dep. Abate – que responde pelos rendimentos do mesmo.

    Hoje uso as técnicas aprendidas dentro da industria para auxiliar os pecuaristas a obterem bons resultados em seus abates, bem como poder estar cobrando procedimentos operacionais de matança, mais próximos do padrão. Evitando principalmante as contaminações de carcaças.

    Em Diamantino – MT onde fazemos este serviço com mais intensidade, acabamos que “prestando uma assessoria gratuita” para o frigorifico, uma vez que enviamos relatorios aos Compradores informando os pontos que devem ser melhorados para maior satisfação de seus clientes – fornecedores.

    Walker Ricarte – Consultor de Abates – walker.ricarte@yahoo.com.br

  28. Mauricio F O Cunha disse:

    A função da assessoria de abate dentro da planta frigorífica, não é brigar com ninguém, mas observar o trabalho e se necessário sugerir pequenas correções, que possam resguardar o ganho do produtor e garantir a qualidade final da carne.
    Assessoria de abate tem como objetivo fornecer informações confiáveis ao pecuarista sobre o resultado da sua produção. Pois ele leva de dois a três anos investindo em um boi e depois não sabe onde acertou ou errou. Quando não temos dados consistentes, decidimos com base em meras suposições
    M@NEJO Assessoria em Abate de Bovinos Tangara da Serra MT (065) 9976 2616
    Qualquer duvidas estou a disposição referente e abate de bovinos.
    Todo o trabalho tem embasamento técnico de informação via gráficos.

  29. Edson Nilo Padilha Freitas disse:

    Srs, bom dia! Muito interessante a abertura deste debate. Sou médico veterinário, trabalho em uma empresa de assessoria ao produtor rural e a maioria de nossos clientes trabalha com ciclo completo (Cria, recria e engorda). Além disto, também realizamos acompanhamentos de abate, o que nos levou a conclusão que o simples acompanhamento não trará maiores benefícios, senão o fato de ter uma presença física no frigorífico quase como a de um fiscal. Estes acompanhamentos devem servir também para trazermos informações aos nossos clientes sobre como está a engorda de seus animais. O que precisa ser incrementado em cobertura de gordura, como está a conformação das carcaças, o que pode ser feito para incrementar os rendimentos. Essas são as informações realmente importantes e que podem auxiliar o produtor a melhorar os ganhos. Ficar discutindo a preguiça de quem faz o toalete não vai auxiliar em nada. Os frigoríficos geram planilhas que trazem informações extremamente precisas e que podem auxiliar muito o produtor principalmente em regiões onde já existam programas de pagamento de bônus para animais de determinadas raças (No RS é o caso das associações de Hereford e Braford e Carne Angus), que em alguns casos podem chegar até o patamar de 8% de bonificação. Portanto, por experiência, acreditamos que o acomapanhamento de abate é apenas mais uma importante ferramenta a ser utilizada.

  30. Raimundo Ribeiro Ferreira disse:

    Bom dia a todos! Olha na minha opnião o acompanhamento de abates de animais por técnicos, profissionais é muito importante, pois esse processo implica bastante na qualidade do produto(carne), como também no aproveitamento da carcaça, pois se realizado de maneira incorreta, tem-se perdas em partes da carcaça devido a maus manejos e técnicas utilizadas incorretamente. Espero que essa ideia continue.