Acordo sanitário pode facilitar negócios com o Egito

A missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ao Egito, resultou na elaboração de um protocolo bilateral com regras e exigências básicas de cada uma das partes para o comércio animal e vegetal.

O acordo nas áreas sanitária e fitossanitária deve ser assinado em breve pelos ministros da Agricultura do Brasil, Reinhold Stephanes, e da Indústria e Comércio do Egito, Rachid Mohamed Rachid. “Não sabemos ainda se isso ocorrerá aqui no Egito, caso nosso ministro da Agricultura passe por aqui, em outubro, ou se isso será feito durante a visita do ministro Rachid ao Brasil”, informou o secretário de Relações Internacionais do ministério, Célio Porto. O ministro egípcio deve liderar uma missão ao Brasil entre os meses de agosto e outubro.

De acordo com Porto, o protocolo tem como objetivo evitar que qualquer contencioso sobre produtos brasileiros chegue ao Egito ou vice-versa. “Ele estipula que os parâmetros da OMC (Organização Mundial do Comércio) sejam usados como referência e isso facilitará o diálogo e a solução de qualquer problema que eventualmente venha a ocorrer entre importadores e exportadores”, explicou.

Na área comercial há possibilidade de aumentar significativamente o volume de fertilizantes egípcios vendidos ao Brasil. “Eles já são grandes exportadores de fertilizantes para os Estados Unidos e Europa, mas nos disseram que estão ampliando a produção aqui no Egito para atender as demandas internacionais e que pretendem aumentar suas exportações para o Brasil de fertilizantes como o fosfato e o ácido sulfúrico, que ainda são pequenas”, destacou o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby.

Durante a missão, da qual também participaram empresas brasileiras, foram feitos cerca de 150 contatos promissores. Foram encaminhados vários negócios na área de laticínios. “Além da carne bovina e dos frangos congelados, área na qual nossas exportações para o Egito já estão consolidadas, houve durante a missão um grande interesse dos compradores egípcios por diversos produtos lácteos brasileiros”, ressaltou Porto.

As informações são da Agência de Notícias Brasil-Árabe.