Os presidentes do Brasil e da Polônia, Fernando Henrique Cardoso e Aleksander Kwasniewski, assinam hoje, em Foz do Iguaçu, acordos zoo e fitossanitários que deverão permitir aumento no intercâmbio comercial de carnes. Empresas brasileiras exportadoras de carne suína, bovina e de aves terão, a partir da vigência do acordo, a possibilidade de vender não só para a Polônia, mas para outros mercados da Europa Central e do Leste sem restrições, disse ontem o embaixador Marcelo Jardim, diretor geral do Departamento de Europa do Itamaraty. O conselheiro comercial da embaixada polonesa no Brasil, Krystof Gieranczyk, revelou o interesse de seu país na exportação de presunto conservado, que já é vendido para os EUA.
Os acordos vão contribuir para a cooperação no setor agropecuário, afirmou. A Polônia, que exporta leite em pó e importa farelo de soja, poderá intercambiar outros produtos com o Brasil.
A Polônia quer elevar suas exportações para o Brasil, que no ano passado somaram US$ 105,2 milhões, basicamente de trilhos para ferrovias (cerca de US$ 50 milhões) e sulfato de amônia. O presidente polonês informou que seu país abriu seguro de crédito às exportações para o Brasil, o que deverá ampliar as vendas polonesas.
Kwasniewski lembrou que há vinte anos o intercâmbio comercial era de US$ 800 milhões. Em 2001 as trocas entre o Brasil e a Polônia foram de US$ 273,5 milhões, com vendas brasileiras de US$ 168,2 milhões, de acordo com estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O presidente polonês, que visitará outros países sul-americanos, disse que a União Européia terá de mudar rapidamente a situação dos subsídios agrícolas e baixá-los em todos os países comunitários.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Maria Helena Tachinardi), adaptado por Equipe BeefPoint