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Acrimat: aumento da produtividade evitou o desmatamento de 16,8 milhões de ha

A Acrimat fez um levantamento para medir o impacto dos investimentos feitos pelos pecuaristas na produção de gado em Mato Grosso nos últimos 15 anos usando como base o abate de gado de Mato Grosso e a área de pastagem utilizada para pecuária no Estado. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o desmatamento evitado foi de 16,8 milhões de hectares em Mato Grosso de 1996 a 2010. "Avanços tecnológicos na cadeia produtiva de bovinos foram fundamentais para esse processo", avalia o diretor da Acrimat, Mauricio Campiolo.

A Acrimat fez um levantamento para medir o impacto dos investimentos feitos pelos pecuaristas na produção de gado em Mato Grosso nos últimos 15 anos usando como base o abate de gado de Mato Grosso e a área de pastagem utilizada para pecuária no Estado. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o desmatamento evitado foi de 16,8 milhões de hectares em Mato Grosso de 1996 a 2010. “Avanços tecnológicos na cadeia produtiva de bovinos foram fundamentais para esse processo”, avalia o diretor da Acrimat, Mauricio Campiolo.

O avanço da tecnologia através da melhoria da pastagem e da genética do rebanho, acrescentando a utilização do sistema de confinamentos, melhoraram a capacidade de suporte em Mato Grosso. Em 1996 o indicador era de 0,72 cabeças por hectare e em 2010 passou a ser 1,12 cabeças, um aumento de 56%. Em 1996 Mato Grosso tinha 21,74 milhões de hectares de pastagem para um rebanho de 15,57 milhões de cabeças, em 2010 a área de pastagem é 18% maior, com 25,8 milhões de hectares, para um rebanho de 28,7 milhões de cabeças de gado. O crescimento do rebanho foi de 85%. “Se continuássemos produzindo 0,72 animais por hectare precisaríamos hoje de 42 milhões de hectares de pastagem”.

Nesse período de 15 anos muitos números cresceram em Mato Grosso. A população segundo dados do IBGE, em 1996 era de 2,24 milhões de pessoas e em 2010 passou para 3,03 milhões. Mais gente, mais consumo. O abate também aumentou consideravelmente. Em 1997 foram abatidas 1,09 milhões de cabeças e em 2010 esses números saltaram 297% e foram registrados 4,33 milhões de animais abatidos. “Há 15 anos o boi gordo era abatido com 60 meses e 16 arrobas, hoje o boi está pronto para o abate com 36 meses, ou menos, com 17 arrobas, esse fator é preponderante”, disse o diretor da Acrimat, Mauricio Campiolo.

A taxa de desfrute também cresceu 126%, saindo de 6,7% para 15,1% em 2010. Em 2007 essa taxa chegou a 20,8%, quando ocorreu o maior abate de fêmeas. Num ritmo ainda maior estão as exportações. A saída da carne mato-grossense saltou 1.068%, e de 21,40 mil toneladas equivalentes carcaça exportadas, subiu para 249,87 mil toneladas em 2010.

“Toda a melhoria no setor pecuário foi consequência de investimentos feitos pelo produtor, sem crédito oficial, já que não existe uma linha de financiamento compatível com a necessidade do setor”, ressaltou Luciano Vacari, superintendente da Acrimat. Ele ainda pondera que o pecuarista é o maior interessado em produzir de forma sustentável com melhores resultados, “mas poderíamos ter uma situação ainda mais relevante se houvesse uma contrapartida de políticas públicas para o campo”.

As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. SILVIA LAYSE MENDES MACHADO disse:

    Com a melhoria dos indices zootecnicos e principalmente da taxa de lotação das nossas pastagens, a pecuária do brasil deixará de ser a vilã do desmatamento e se tornará uma atividade cada vez mais produtiva e sustentável.

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Grande verdade. A intensificação da atividade tem permitido produzir cada vez mais numa mesma área e assim reduzir a pressão sobre ocupação de novas áreas. Mas não podemos esquecer que a população brasileira ainda cresce. E muita gente que vem obtendo ganhos em seus rendimentos tem alterado seus habitos alimentares, incorporando cada vez mais proteina animal na dieta. Com os avanços tecnologicos temos conciliado preservação com aumento de produção.

  3. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Dados bastante promissores, porém exodo rural e tecnologias de intesificação irracionais com enormes custos ambientais e sociais (ex. adubações nitrogenas detonando nosso lençol freático) nestes dez anos não há o que comemorar aqui no MT. Temos de mudar alguns conceitos principalmente o da quantidadeXqualidade e ter noção que estamos ingatinhando em preservação, conservação e outros!