Acrimat: campanha ao pecuarista ocorre até o dia 24

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat) lançou ontem (18) uma campanha com o objetivo de mostrar a importância da pecuária para a economia do Estado, ressaltando o trabalho do pecuarista e o impacto da atividade no desenvolvimento socioeconômico regional. "A campanha que acabamos de lançar é para dizer aos pecuaristas que eles não estão sozinhos e que existe uma instituição que os representa e busca soluções para os diversos assuntos que afligem o setor", explica o presidente da Acrimat, Mario Candia Figueiredo.

A Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat) lançou ontem (18) uma campanha com o objetivo de mostrar a importância da pecuária para a economia do Estado, ressaltando o trabalho do pecuarista e o impacto da atividade no desenvolvimento socioeconômico regional.

Com o slogan “Nossa união produz grandes resultados”, a campanha – a ser desenvolvida até o próximo dia 24 – vai mostrar as ações realizadas pela Acrimat para apoiar o produtor neste momento em que se discute a importância socioeconômica e ambiental do setor pecuário para o Estado.

“A campanha que acabamos de lançar é para dizer aos pecuaristas que eles não estão sozinhos e que existe uma instituição que os representa e busca soluções para os diversos assuntos que afligem o setor”, explica o presidente da Acrimat, Mario Candia Figueiredo. A campanha contará com reuniões do setor nas oito regiões-polos da Acrimat: centro sul, nordeste, oeste, norte, médio norte, sudeste, Arinos e noroeste.

“Não queremos polemizar, mas apenas mostrar a realidade, o que estamos fazendo no sentido de defender os interesses do produtor”, afirmou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, ao lembrar que o pecuarista enfrenta desafios que afetam a atividade, como as campanhas publicitárias do Ministério Público Federal e das ONGs contra o setor. “O pecuarista se dedica em demasia aos assuntos da porteira para fora de sua propriedade, pois são muitas as questões jurídicas, tanto ambientais como comerciais e a quebradeira generalizada dos frigoríficos que tiraram muito capital de giro do produtor”, disse ele.

Para isso, o segmento expõe números referentes à atividade. Levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT) mostram que Mato Grosso possuiu mais de 110 mil propriedades rurais voltadas à produção de gado, gerando em torno de 40 mil empregos diretos. Só em 2009 foram abatidas mais de 4 milhões de cabeças de gado, representando um faturamento R$ 4,20 bilhões, segundo informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

“Muitas cidades de Mato Grosso nasceram das patas do boi, como as da região do Pantanal, por exemplo. Não são poucos os produtores que dedicaram grande parte da sua vida à criação de novos municípios, atendendo a um chamado do governo federal que pedia a integração nacional com a ocupação de novas fronteiras econômicas e eles aceitaram o desafio. Mas, hoje esse mesmo governo e outras instituições públicas tratam o produtor como um grande vilão, o que não é justo”, diz Mário Candia.

“O maior rebanho bovino foi formado pelo pecuarista com responsabilidade social e ambiental, pois os números demonstram que o produtor investiu pesado em genética, obtendo resultados na produtividade que evitaram a abertura de mais de 6 milhões de hectares de novas áreas de pastagem”, disse Vacari.

A reportagem é do Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. carlos massotti disse:

    0s pecuaristas uma hora vao ter que entender que sao apenas uma parte da cadeia e que sem os frigorificos para abater seus animais e comercializar o resultado do abate ,de nada vai adiantar as campanhas – os frigorificos estao morrendo e vai chegar a hora (em alguns lugares esta hora jã chegou infelizmente!) que nao vao ter para quem vender seus animais- ou nao vao ter opcoes para vender os animais, sendo praticamente forcados a entregar os bois para um so frigorifico que milagrosamente tenha sobrevivido na regiao.

    eh certo e evidente que foram os proprios frigorificos, que alavancados pelos bancos, aumentaram a capacidade de abate enquanto nao se davam conta que diminuia a oferta de bois nos ultimos anos pelas razoes sobejamente conhecidas – como resultado tivemos estas diversas quebras e concordatas de empresas frigorificas que acreditavamos fossem super solidas -e claro sobrou boa parte dos prejuizos para os pecuaristas que estao sofrendo e vao sofrer muito para receber o que lhes eh devido (se eh que vao receber!!) –

    mas o mal ja estã feito e agora nao temos outra alternativa a nao ser aguardar o mercado com a velha lei da oferta e procura ditar o futuro – mas isto deve tomar ainda um bom tempo e ate lah todo a cadeia -pecuaristas-frigorificos -consumidores domesticos e externos – vao continuar sofrendo as consequencias.

    Temos que ter isto bem claro em mente e nao acreditar em sonhos pois a realidade eh esta!

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Sr. Carlos Massotti,

    Sem dúvida alguma, todos os elos da cadeia deveriam receber o justo por seu trabalho…

    O fechamento sistemático dos abatedouros municipais e pequenos frigoríficos, foi o 1º passo para a surgir o tal gigante “muito-nacional”… não sei se planejado pelos que dominam agora o setor, ou por incompetência gerencial dos gestores dos que fecharam suas portas, ou ainda pela não expansão dos setores como o SIF…

    Noticias diárias de que muitos frigoríficos estão em situação difícil… alguns acusam o tal gigante de “prática de preços desleais”… criadores reclamam ainda da mesma política aplicada a eles, afinal com a quebra dos outros, o tal gigante ficou só… e como tal, segue seu destino de predador…

    A cartada maior, foi iniciada com vultosos recursos do BNDES sendo canalizado inicialmente para um único Frigorífico… Se tornou um gigante, e como todo gigante, obrigou o mercado a seguir sua cartilha… Deu no que deu… capitalizou a antipatia de grande parte da cadeia…

    Não sei exatamente como o setor sobreviverá, mas tenho certeza de que, a solução justa para a cadeia não será ter o tal gigante como único sobrevivente…

    Melhor que quebrem todos, assim um novo modelo será criado, em bases mais justas… muitos sofrerão, mas sobreviverão, o ser humano e o sistema possuem um alto poder de adaptação… ademais, o povo necessita comer proteína, e os pastos continuarão a crescer e servir de alimentos aos animais que aí estão…

    Se todos quebrarem, renascerão os pequenos frigoríficos e abatedouros municipais, a concorrência aumentará, os custos serão proporcionais a todos, um novo modelo de negócio e gestão encontrará espaço para crescer, sem precisar parasitar os recursos do estado para sobreviver ou exercer seu poder monopolista.

    Assim é a vida… a quebra do tal gigante não será o “caos”, como muitos nos querem fazer acreditar…

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