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Acrimat critica suspensão de fornecedores

Três dos maiores frigoríficos do país anunciaram essa semana que suspenderam as relações comerciais com mais de 200 fornecedores de gado que atuam supostamente com alguma irregularidade, social ou ambiental, na Amazônia. A decisão atinge quatro estados: Pará, Rondônia, Acre e Mato Grosso. Vacari alerta para o perigo de que empresas se tornem polícia e juiz e condenem produtores inocentes. "Se eles suspenderem a relação com proprietários julgados e condenados em última instância, tudo bem. Mas caso contrário, corre-se o risco de julgar sem ter provas das irregularidades".

Três dos maiores frigoríficos do país anunciaram essa semana que suspenderam as relações comerciais com mais de 200 fornecedores de gado que atuam com alguma irregularidade, social ou ambiental, na Amazônia. A decisão atinge quatro estados: Pará, Rondônia, Acre e Mato Grosso.

De acordo com informações publicadas ontem no site Globo Amazônia, o cerco aos pecuaristas que atuam na ilegalidade tende a se intensificar ainda mais. Seguindo um acordo firmado com o Ministério Público do Pará, o Marfrig afirmou que, a partir de 13 de novembro, só comprará gado de quem tiver o Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado.

O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, disse que posicionamentos como estes – feitos pelos frigoríficos – colocam toda a atividade na vala-comum. “Quem não está condenado legalmente não pode sofrer este tipo de sanção, mas o tratamento dado pela indústria é tal como se dá a bandidos”.

Vacari alerta para o perigo de que empresas se tornem polícia e juiz e condenem produtores inocentes. “Se eles suspenderem a relação com proprietários julgados e condenados em última instância, tudo bem. Mas caso contrário, corre-se o risco de julgar sem ter provas das irregularidades”.

O superintendente de Sustentabilidade do Marfrig, Ocimar Villela, explica que as 170 propriedades suspensas, sendo 7 mato-grossenses não estão por definitivo extintas do rol de vendedores. Segundo Villela, a partir de agora, representantes do Marfrig vão percorrer as propriedades junto com entidades responsáveis pelo monitoramento e controle ambiental dos Estado para checar as irregularidades. “Fizemos uma análise a partir de mapas, cruzando os dados das propriedades com os de áreas de desmatamento, de Unidade de Conservação e Terras Indígenas. Agora temos que nos certificar se há ou não irregularidades”. Ocimar Villela diz que os proprietários serão informados da suspensão e que, se autorizado pelos mesmos, as fazendas serão vistoriadas.

Villela confirma que a atitude do frigorífico foi em decorrência de pressões comerciais, principalmente estrangeira e de entidades que defendem a preservação ambiental. “Não fizemos isso em decorrência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que assinamos com o Ministério Público Federal de Mato Grosso, até porque o TAC se refere ao Cadastro Rural (CAR). Fizemos isso para não sermos enquadrados em listas de empresas ambientalmente incorretas”.

“O Ministério Público fez o TAC justamente antevendo a prorrogação das datas, que acontece sempre que se muda de governo. Mas neste caso, em virtude do novo Código Florestal, talvez fosse coerente prorrogar o prazo”. Ocimar Villela diz que em breve fará uma visita ao Mato Grosso para checar as informações sobre prorrogações, mas ressalta que o Estado está bem no cenário, já que tem um pequeno número de propriedades irregulares.

As informações são do Diário de Cuiabá e A Gazeta, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. vacir P Oliveira disse:

    Estamos todos dominados por imposicoes desta avalanche de ong´s que assola nosso Brasil. Por onde anda nosso governo?
    Temos que acabar com essa praga que assola nosso pais.
    E muito triste ver nosso pais sendo destruido ao poucos.

  2. celio jose de andrade disse:

    Enquanto o BNDES prepara-se para injetar mais R$2.5 bilhões no Marfrig, deixando pequenos frigoríficos fecharem suas portas, agora os gigantes vem para acabar com os pecuaristas. Esta chegando a hora de acabarmos com esse desgoverno petista comandado por corruptos e ex-terroristas. Temos uma chance,basta saber aproveitar. Chega de ONG´s e eco-terrorismo em cima dos pequenos que trabalham por nosso país.

  3. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Algo tem que ocorrer, porém com profissionalismo e sem bandidismo social que vem acomtecendo á séculos no meio rural.

  4. IVAN MARCELO SCHMIDT disse:

    o nosso governo esta preocupado somente consigo mesmo , fechado para si e somente para os seus proprios interesses , que sao lesar a ordem publica e a nós pobres pagadores de impostos e sutentadores dessa leva de cidadaos inescrupulosos , precisamos fazer valer nosso voto e nao vende-lo por promessas podres .

  5. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    É uma situação bastante complexa….produtores e frigoríficos sendo pressionados sem contar com um “manual” do que é ou não permitido. Não acho que frigoríficos excluam fornecedores por vontade própria, mas concordo que é polêmico e perigoso ser polícia e juiz ao mesmo tempo.

    Att,