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Acrimat: o preço da carne nas gôndolas extrapolou

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat não existe justificativa para alta exorbitante nos preços da carne nas gôndolas dos supermercados, mesmo com
a alta no preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso. "A recuperação de preço
da arroba também refletiu no atacado, que fez o repasse para o varejo, só que o
preço das gôndolas e açougues extrapolaram", disse o superintendente da
Acrimat, Luciano Vacari.

Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat não existe justificativa para alta exorbitante nos preços da carne nas gôndolas dos supermercados, mesmo com a alta no preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso. “A recuperação de preço da arroba também refletiu no atacado, que fez o repasse para o varejo, só que o preço das gôndolas e açougues extrapolaram”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele ressalta que “o grande vilão dessa alta no preço da carne vem sendo o varejo nos últimos anos, um desrespeito com o consumidor, pois não existe justificativa técnica para todo esse repasse”.

Segundo levantamento feito pelo Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária no mês de setembro, é notável a evolução da variação do preço no varejo, atacado e da arroba, tendo como base o mês de fevereiro de 2005. O levantamento mostra uma alta para todos os preços, porém em intensidades diferentes. Enquanto o preço no atacado e da arroba obtiveram uma variação positiva de 70%, em relação a base (fev/2005), o preço no varejo alcançou um incremento de 106,64%, com uma diferença de mais de 30 pontos percentuais. Com esta variação, o preço no varejo atingiu sua maior variação dessa série histórica de quase seis anos.

Os números do Imea mostram que por mais uma vez se notou que a variação do preço do varejo ficou bem distante da variação dos demais elos da cadeia, demonstrando que a alta no preço da arroba foi repassada rapidamente para o mercado consumidor com uma intensidade maior. Esta situação ocorre desde junho de 2008, quando a variação do varejo se distanciou das demais. “As margens da arroba e do atacado veem trabalhando juntas, já no varejo isso não acontece. O consumidor acaba pagando o preço de uma carne que poderia estar mais barata”, concluiu Vacari.

A reportagem é da Acrimat, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. vinicius paulino disse:

    Caro Sr. Vacari, venho atraves desta manifestar minha insatisfação com a reportagem do senhor. Primeiramente é um absurdo o senhor acusar o varejo como o grande vilão desse mercado, pois quem determina os preços são os frigoríficos com tabelas abusivas de preços, como por exemplo um flié mignon que tem um aumento de R$ 15,00 em quinze dias no seu preço de custo. Que culpa um varejo tem nessa situação? Sem contar que quem paga pelas aparas não são os firgorífico, os produtores nem os consumidores e sim O VAREJO.
    Gostaria de aproveitar o espaço e pedir alguma explicação sobre esse aumento abusivo no preço do file mignon, afinal quem escuta as reclamações de balcão também somos nós varejistas.
    Grato Vinicius.

  2. Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

    Senhores,

    Para esclarecimento, a crítica da Acrimat não do aumento do carne no varejo, mas de um aumento com percentual muito mais alto no varejo do que no preço do boi e da carne no atacado. Ou seja, a Acrimat reclama que o varejo está aproveitando a oportunidade para aumentar suas margens.

    Abs, Miguel

  3. Renato Silva De carvalho disse:

    Sr:Vacari á reportagem acima está completamente equivocada, no mercado atual O VAREJO é o maior prejudicado, pois temos plena consiciência do que é um preço justo para consumidor e acabamos em diversos momentos protelando aumentos de preços visando venda e abrindo mão da margem%, acredito sim que todos:varejo, produtores,frigorificos e consumidores são refem da falta de uma politica comercial, cooperativas organizadas e instabilidade de mercado, não podemos em alguns momentos ter arroba R$78,00 em outros R$105, no fritar dos ovos ninguém esta ganhando “estamos correndo atrás do rabo”.

  4. Francisco Victer disse:

    É lamentável que diante da realidade de baixa oferta e valorização do preço do boi cada parte de uma cadeia como a nossa queira responsabilizar a outra pelo aumento do preço da carne.
    Ora, devemos ser sinceros e pacientes com o mercado. O processo de valorização do boi nos últimos quatro anos é consequência da redução do rebanho, decorrente de um ciclo de baixa rentabilidade da pecuária, ao tempo que vimos aumentarem as exportações e a demanda interna, mesmo considerando os tropeços com a Europa (2008) e com a crise financeira internacional (2008-2009). Apesar de sabermos que temos hoje a arroba do boi entre as mais valorizadas do mundo, que as margens das indústrias continuam muito apertadas e que a carne brasileira no varejo é uma das mais baratas do planeta, também sabendo que da indústria para o varejo, a carne tem seu valor aumentado na média em 80%, não é correto nos digladiarmos. É fundamental olharmos melhor para dentro do nosso negócio, agregando qualidade e reduzindo custos. Não dá para ficar atirando contra os outros desta maneira. A cadeia produtiva da carne bovina brasileira já deveria ser madura o suficiente para entender que produtores, indústrias, distribuidores e varejistas são igualmente importantes e cada qual deve buscar seu melhor resultado, visando a maior satisfação do consumidor

  5. Heitor Navarro disse:

    Srs,

    Realmente, num momento como este, o que se vê é toda uma cadeia produtiva, industrial e distribuidora sem muita noção de sua real necessidade, importância e limites. Especulação total em todos os lados sem “pudor” para tirar de quem sempre pagou a conta, nós mesmos, consumidores que também somos! A cadeia bovina tem muito que aprender com a de aves e suino, que possuem uma maior ligação e planejamento com seus parceiros frigorificos, que por sua vez fazem suas contas corretamente, vendem bem e possuem planejamento a medio e longo prazo, mesmo passando dificuldades, poucos frigorificos de aves ou suinos quebraram nos ultimos anos e a maioria esta em bom crescimento, ja os de bovinos, quantos restam!?!?! Na verdade, esta discução tinha que ter outro titulo: Quem paga a conta?
    Att, Heitor.

  6. Marcelo Antonio Carvalho disse:

    Chega a ser cômico!!! Um aponta o dedo pro outro. E o consumidor? Culpa quem?

  7. Pedro Henrique L. de Amorim disse:

    No portal DBO hoje: Dados do Imea mostram que nos últimos 6 anos a cotação da arroba e do atacado subiram 70%. No varejo,o aumento chegou a 106%.

    “Enquanto o preço no atacado e da arroba obtiveram uma variação positiva de 70%, em relação a base (fev/2005), o preço no varejo alcançou um incremento de 106,64%, com um diferença de mais de 30 pontos percentuais. Com este resultado, o preço no varejo atingiu sua maior variação dessa série histórica de quase seis anos.

    Os números do Imea mostram que por mais de uma vez a variação do preço do varejo ficou bem distante da variação dos demais elos da cadeia, demonstrando que a alta no preço da arroba foi repassada rapidamente para o mercado consumidor com uma intensidade maior. Esta situação ocorre desde junho de 2008, quando a variação do varejo se distanciou das demais.”

    Agora só falta desqualificarem os dados do IMEA, o varejo tem sim responsabilidade maior nessa alta, afinal de contas qual a explicação para essa diferença de 36% no preço da arroba entre o atacado e o varejo?

  8. Renato Silva De carvalho disse:

    Não estamos analisando todos os elos da cadeia, o nºs IMEA mostram o percentual de repasse dos produtores p/ frigorificos, e o repasses dos frigorificos p/ varejo alguém têm conhecimento? vou esclarecer, o varejo trabalhar com margens pré-fixadas embora em alguns momentos tenha a mesma sacrificada como esta ocorre no momento atual, o repasse dos frigorificos estão superiores aos valores adicionais pagos ao produtores, este é o motivo da variação de 36%.